Primeiro vírus documentado da história da tecnologia

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SÃO PAULO – Eles não são populares, no sentido positivo da palavra, mas são comuns além da conta e vivem causando problemas aos usuários de computadores. E, ontem, completaram 20 de existência.
Em 10 de novembro de 1983, o então estudante americano Fred Cohen da Universidade do Sul da Califórnia criou o primeiro vírus documentado da história da tecnologia, como parte de uma experiência sobre segurança de computadores.
Hoje, lembra a BBC, existem quase 60 mil vírus e vermes – e a ameaça nunca pára de crescer.
A data é considerada a oficial porque Cohen foi o primeiro a demonstrar, na prática, como um vírus poderia prejudicar o funcionamento da máquina – antes, existiam apenas estudos sobre o potencial destes programas malignos. Nas palavras do PhD, “vírus é um programa capaz de infectar outros programas, modificando-os para uma incluir uma versão de si mesmo”.
Segundo a BBC, o vírus de Cohen foi inserido em um programa gráfico, o VD, que rodava em um minicomputador Vax. Uma vez dentro do VD, o vírus então usou as permissões de usuário para olhar outras coisas instaladas no Vax e se espalhar pelo sistema. Nos testes da época, o vírus levou o tempo mínimo de cinco minutos e o máximo de uma hora para completar a operação.
O estudo causou tanto espanto na comunidade acadêmica, diz a BBC, que novos testes semelhantes foram proibidos. Mesmo assim, Cohen conseguiu demonstrar como um vírus semelhante ao original atuava em outros sistemas. Na época, o cientista escreveu que estes programas “podem se espalhar pelas redes de computadores da mesma forma como se espalham por uma máquina, e representam assim uma ameaça freqüente e razoavelmente imediata para muitos dos sistemas atuais”.
O primeiro vírus a infectar os PCs ficou conhecido como Brain, que nasceu no Paquistão em 1986 e, aparentemente, servia para que seu criador monitorasse a pirataria dos programas de computador por ele desenvolvidos. Logo em seguida apareceram o Lehigh, o Jerusalém, o Cascade e o Miami – todos eram raros e se propagavam apenas via disquete, um processo que podia demorar anos. Hoje, graças à internet, em minutos os vírus e vermes são capazes de causar um bom estrago ao redor do mundo.
O Melissa, de março de 1999, foi outro marco da história virótica, por ter sido o primeiro a combinar um vírus de macro com um verme que se auto-espalhava, via Outlook, para as outras vítimas.

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