Primeiro filme em realidade virtual narra história de Jesus Cristo

Longa-metragem foi filmado com técnica que dá a espectadores uma visão de 360° dos acontecimentos, transportando-os para dentro da narrativa com a ajuda de óculos especiais. Prévia foi exibida no Festival de Veneza.

 

O filme Jesus VR – The Story of Christ (Jesus RV – A história de Cristo, em tradução livre) é o primeiro longa-metragem filmado em realidade virtual em 360°, uma técnica que permite aos espectadores tornarem-se parte dos acontecimentos.

Como diz o título, a película conta a vida de Jesus Cristo. Com a ajuda de óculos especiais, os espectadores são catapultados diretamente para os cenários do filme, desfrutando uma visão de 360°: eles podem ver o Menino Jesus na manjedoura ou voltar sua atenção para os pastores em volta.

Para se movimentar dentro da história, basta virar a cabeça, aponta Jette Jördis Wölk, do Instituto de Animação da Academia de Cinema de Baden-Württemberg, na Alemanha. “Mergulha-se assim numa realidade simulada sem a necessidade de um monitor externo.”

Compaixão por Jesus e seus discípulos

Por outro lado, para a produtora canadense Autumn VR, o conteúdo bíblico do filme desempenha um papel decisivo. Em sua página de internet, a empresa fala da vida de Cristo como a “história mais poderosa de todos os tempos”. Por meio do uso da realidade virtual, os espectadores podem sentir mais de perto Jesus e seus discípulos, compreendendo melhor as suas vivências, escreve o site.

Jesus VR foi filmado na Itália em outubro de 2015 e a previsão é que esteja disponível para aparelhos de realidade virtual como Google Cardboard, Samsung Gear ou Oculus Rift a partir do Natal em 2016. Uma versão mais curta do filme, com 40 minutos de duração, foi exibida no Festival de Veneza no início de setembro de 2016.

No papel principal está Tim Fellingham, ator até agora mais conhecido pelo público por meio do blockbuster Premonição 5.

Como no filme A paixão de Cristo, o assessor de assuntos religiosos da película em realidade virtual foi o padre americano William Fulco.

(Fonte: http://www.dw.com/pt – NOTÍCIAS – CULTURA – 12.09.2016)