Otavio Frias Filho, diretor de redação da Folha de S.Paulo, foi o responsável por consolidar o “Projeto Folha”, conjunto de medidas editoriais considerado como um dos marcos da imprensa brasileira

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Diretor de Redação do jornal Folha desde 1984, jornalista escreveu também livros e peças de teatro

 

 

 

Otavio Frias Filho em evento de comemoração dos 95 anos da Folha de São Paulo – (Foto: Valor Econômico / Agência O Globo)

 

Responsável pela modernização do jornal, se tornou uma das figuras mais importantes do meio.

 

O jornalista, dramaturgo e ensaísta comandou a Folha durante 34 anos e modernizou a imprensa brasileira

 

 

Otavio Frias Filho (São Paulo, 7 de junho de 1957 – 21 de agosto de 2018), advogado, jornalista e escritor, diretor de redação da Folha de S.Paulo, foi o responsável por consolidar o “Projeto Folha”, conjunto de medidas editoriais considerado como um dos marcos da imprensa brasileira. Mentor do Projeto Folha, que modernizou o jornalismo brasileiro na década de 1980.

 

 

 

O jornalista, escritor e dramaturgo foi diretor de Redação da “Folha de S.Paulo” nos últimos 34 anos. Otavio foi responsável por implementar um projeto de modernização inovador à época, engajou a Folha na campanha das Diretas Já e levou o jornal a se tornar um dos mais importantes do país a partir da década de 1980.

 

 

À frente do jornal por 34 anos, sob a direção de Otavio, a Folha se tornou o maior e mais influente jornal do Brasil, líder em circulação e em audiência, posições que veio mantendo desde então. O veículo consolidou-se como uma referência no jornalismo apartidário, pluralista, crítico e independente.

 

 

 

Mais velho dos três filhos de Octávio Frias de Oliveira e Dagmar de Arruda Camargo, Otavio começou a trabalhar no jornal da família em 1975, escrevendo editoriais e sob a orientação do então editor-chefe, Cláudio Abramo. Em 1978, tornou-se secretário do recém-criado conselho editorial da “Folha”, na época dirigida por Boris Casoy.

 

Já formado em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, assumiu a direção de Redação em 1984, aos 26 anos. Foi responsável pela introdução da linha editorial “crítica, apartidária e pluralista”, marca do jornal que ficou conhecida como o “Projeto Folha”. Nesse mesmo ano, criou o “Manual da Redação”, um compilado de medidas de normatização e de procedimentos, ainda em vigor.

 

Gostava de reproduzir frase que atribuía ao jornalista Luiz Alberto Bahia: “O grande jornal burguês tem que ser conservador em economia, liberal em política e revolucionário em cultura”.

 

Perfeccionista, sempre teve uma visão crítica do jornalismo. “Acho que nós, que trabalhamos com jornalismo, estamos sempre vivendo uma frustração diária, porque os jornais são feitos sob a égide da pressa. Há uma urgência muito grande, há uma premência muito grande, então, a quantidade de falhas, de incompletudes, de deficiências, é sempre muito grande”, disse, em entrevista ao programa Roda Viva, em 1996.

 

Preferia a mensuração objetiva ao impressionismo. Estimulou a criação do Datafolha e o uso das pesquisas como ferramentas jornalísticas, abraçou a quantificação e a avaliação da produção da Redação por meio de categorias como unidades informativas e centimetragem de produção. Por muitas vezes, começava a leitura do jornal pela seção Erramos, uma das marcas da “Folha”.

 

 

 

Sob o comando de Otavio, a “Folha de S.Paulo” chegou a publicar mais de 1 milhão de exemplares nas edições dominicais. Mesmo antes de assumir a Redação, foi um dos defensores da tese, vencedora, de que o jornal deveria se engajar com afinco na campanha das “Diretas Já”, pelo fim do regime militar.

 

 

“O êxito da tese das eleições diretas será tão menos improvável quanto mais firme e abertamente ela seja sustentada pelos setores da opinião pública que lhe são favoráveis”, afirmava editorial da “Folha”, em março de 1983. “Na atual situação de graves dificuldades econômicas e demandas sociais insatisfeitas, tal forma de escolha [eleições diretas] se apresenta como a mais apta a estabelecer vínculos sólidos e de confiança entre governo e sociedade”, sustentava o jornal.

 

 

Naquele período, a “Folha” já havia se afastado do apoio que, por dez anos, deu à ditadura militar. Nos 50 anos do golpe, o jornal abordou o tema em editorial: “Às vezes se cobra desta Folha ter apoiado a ditadura durante a primeira metade de sua vigência, tornando-se um dos veículos mais críticos na metade seguinte. Não há dúvida de que, aos olhos de hoje, aquele apoio foi um erro”.

 

 

Livros e teatro

 

 

 

Além da atividade como jornalista, Otavio escreveu seis peças de teatro e livros como “Queda Livre”, ensaios sobre suas experiências de vida, “De Ponta Cabeça”, compilação de colunas publicadas no jornal, e “Seleção Natural — Ensaios de Cultura e Política”, com textos sobre teatro, cinema e jornalismo.

 

No livro “Queda Livre”, quando descreveu sua atuação como ator, dizia que sua turma de verdade era a do teatro, apesar de ter passado 43 anos frequentando quase diariamente uma Redação. Atuou por uma noite na peça “Boca de Ouro”, dirigida por José Celso Martinez Corrêa.

 

Ingressou no curso de pós-graduação em Ciências Sociais na USP, como orientando da professora Ruth Cardoso, em 1980. Completou os créditos do mestrado na área de Antropologia, em 1983, mas não apresentou dissertação correspondente.

 

 

Em 1974, aos 17 anos, sob a gestão de seu pai, depois publisher da Folha, participou da decisão de abrir as páginas do jornal para diferentes correntes de opinião, incluindo os opositores da ditadura militar. Otavio participa de reunião em que seu pai e o jornalista Cláudio Abramo, que dirigia a Redação, detalham a estratégia de abrir as páginas do jornal a articulistas de oposição à ditadura.

 

 

Essa vocação para a abertura viria a se cristalizar na campanha pelas Diretas Já, em 1983, da qual o jornal foi protagonista na imprensa brasileira.

 

 

 

Primeiro filho de Dagmar Frias de Oliveira e de Octavio Frias de Oliveira, empresário que comprou em 1962 a “Folha de S.Paulo”, Frias Filho nasceu em São Paulo no dia 7 de junho de 1957. Ele estudou direito e ciências sociais. Assumiu a direção de redação aos 26 anos, criou o Projeto Folha, o Manual de Redação e a função de ombudsman, e em 1991 foi pioneiro no país em reunir correções na seção fixa Erramos, entre outros feitos.

Antes mesmo de assumir o principal cargo no jornal, o que aconteceria em maio de 1984, Otavio participou de momentos cruciais no processo que desaguaria no Projeto Editorial da Folha.

 

 

Paulistano, o diretor de redação da Folha de S.Paulo, Frias Filho foi o responsável por consolidar o “Projeto Folha”, conjunto de medidas editoriais que estabeleceu normas de escrita e conduta do jornal que é considerado como um dos marcos da imprensa brasileira. Esses princípios nortearam também o Manual da Redação, lançado em 1984, o primeiro livro do gênero colocado à disposição do público. “Ele criou na Folha um novo jornalismo, inovador e corajoso, que serviu de exemplo para várias empresas do setor. Uma grande perda para todos”, afirmou o diretor-presidente do Estado, Francisco Mesquita Neto.

 

 

 

Assumiu a chefia do jornal no início dos anos 1980 no período da campanha “Diretas Já”, quando teve papel crítico ao regime militar. Frias Filho defendia a tese de que cabia ao jornalismo ser sempre crítico ao governo, não importando quem estivesse no comando do País. Ele manteve essa posição em todos os governos democráticos após o fim da ditadura. Durante o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, chegou a ser processado pelo hoje senador pelo Estado de Alagoas. Entre 1994 e 1999, passou a escrever coluna semanal na página 2 da Folha, de opinião, em que discutiu a estabilização econômica do País e os desdobramentos políticos do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Herdeiro

 

 

 

Nascido em 7 de junho de 1957, o jornalista herdou o jornal do pai, Octavio Frias de Oliveira, que comprou a Folha com Carlos Caldeira Filho (1913-1993), em 1962. “Fui crescendo, e a ideia de trabalhar (no jornal) não me passava pela cabeça. Tanto que fui estudar Direito”, disse ele, em 1988, em entrevista à revista Playboy.

Em 1975, entra na Faculdade de Direito da USP e passa a frequentar diariamente o jornal, tornando-se assistente de Cláudio Abramo. Em 1977, passa a fazer parte da equipe de editorialistas e, em 1978, assume a função de secretário do recém-criado Conselho Editorial do jornal.

Por persistência do pai, Frias Filho passou a contribuir com a produção dos editoriais do diário em 1975, aos 18 anos, sob supervisão do editor Cláudio Abramo, enquanto ainda cursava a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Em 1978, o então estudante chegou a ser detido pela Polícia Militar enquanto fazia campanha para os candidatos a deputado Fernando Henrique Cardoso e Eduardo Suplicy. Dois anos depois, em 1980, passou a integrar o conselho editorial da Folha.

Do conselho, ele assumiu a direção de Redação do jornal em maio de 1984, substituindo Boris Casoy, e ficou responsável pelo conteúdo do jornal, enquanto o irmão Luiz Frias ficou com a gestão financeira da empresa. Coube a Frias Filho defender o “Projeto Folha”, que já estava em gestação e propunha mudanças no produto, divulgando os princípios editoriais do jornal enquanto abria espaço para colunistas de diversas correntes. Ao assumir a direção da Redação, disse que a Folha se caracterizava por ser “crítica”, “no sentido de fazer com que cada objeto de notícia seja, ao mesmo tempo, objeto de crítica, ainda que esta consista em analisar um fato”.

No início, a chegada de Frias Filho à chefia do jornal causou resistência por parte dos jornalistas antigos, especialmente os repórteres especiais, contrários à padronização de textos imposta pelo Manual da Redação e por avaliações periódicas que passaram a ser estabelecidas. Seguro de suas opções, o jornalista trocou peças-chave da Redação por jornalistas mais jovens, e a Folha passou a ser comandada por profissionais na casa dos 30 anos. Em entrevista à revista Imprensa, em 1987, afirmou que via a produção jornalística como uma indústria, ao defender a existência do manual, quando comemorava crescimento da tiragem do jornal que era associado às mudanças. Já em 2018, na quinta revisão do manual, voltou a defender o uso de critérios objetivos para qualificar o jornalismo, citando a seção “Erramos”, criada em 1991.

Nos anos 1990, Frias Filho e três jornalistas foram processados pelo então presidente Collor, que não gostou de duas notas econômicas publicadas pela Folha. A resposta do diretor editorial foi a publicação de uma carta aberta ao presidente da República na capa do jornal. “A intenção de Frias Filho era chamar a atenção da opinião pública para a dimensão política da ação do presidente: a de intimidar um órgão de imprensa”, escreveu, na própria Folha, no especial de 80 anos do jornal, o jornalista Mario Sergio Conti, autor de Notícias do Planalto. “Seu governo será tragado pelo turbilhão do tempo até que dele só reste uma pálida reminiscência, mas este jornal – desde que cultive seu compromisso com o direito dos leitores à verdade – continuará em pé”, dizia Frias Filho, em trecho da carta.

Teatro

 

 

 

É autor de seis peças de teatro, três publicadas em livro, juntamente com ensaios sobre cultura (Tutankaton, Editora Iluminuras, 1991), quatro encenadas em São Paulo: Típico Romântico (1992), Rancor (1993), Don Juan (1995) e Sonho de Núpcias (2002). Publicou também Queda Livre (Companhia das Letras, 2003), no qual reuniu o que chamou de “investigações participativas”: sete reportagens ensaísticas sobre experiências de risco psicológico. Em tom literário, com textos em primeira pessoa, ele contou experiências como saltar de paraquedas, experimentar ayahuasca no Acre, visitas a clube de trocas de casais e sadomasoquismo, e ainda sobre peregrinação em Santiago de Compostela, na Espanha.

Frias Filho foi vencedor do Prêmio Maria Moors Cabot de Jornalismo, da Universidade de Colúmbia (EUA), pela contribuição de seu jornal à liberdade de imprensa. Em seu discurso de agradecimento, em cerimônia em Nova York em 1991, defendeu que o sucesso das democracias no Terceiro Mundo era “decisivo” para o surgimento de uma era de convergência e cooperação internacional, e que o jornalismo é um instrumento para defender essas democracias. “Nos limites estreitos do jornalismo, a contribuição que está a nosso alcance é simples e difícil de se obter. Trata-se de cultivar a exatidão impessoal e o respeito à pluralidade de pontos de vista em meio a uma cultura onde é fraca a separação entre o público e o particular. De informar com competência técnica num País subdesenvolvido. De fomentar o espírito crítico numa sociedade de tradição autoritária.”.

Otavio Frias Filho, a trajetória de um jornalista transformador

 

 

 

Em um 24 de maio de 1984, a ‘Folha de S. Paulo’ estampava um passo importante na trajetória de Otavio Frias Filho e na sua própria: a primeira capa em que o jornalista aparecia como diretor de redação.

 

 

O começo não foi fácil. O jovem, de 26 anos, enfrentou resistência interna e externa. Especialmente porque era filho do dono, Octávio Frias de Oliveira.

“A memória do meu pai é um emblema muito importante na minha vida, na minha formação”, disse Otavio à GloboNews.

O início na Folha tinha sido bem antes.

“Aos 21 anos, por conta da conexão familiar”, disse Frias Filho. “Comecei muito cedo trabalhando com meu pai, trabalhei também com o Claudio Abramo, passei por diversas fases do jornal.”

Naquele período, a folha já tinha começado seu processo de modernização havia dez anos, buscando ser um veículo de imprensa independente das forças políticas.

Já tinha se afastado havia uma década do apoio que, por dez anos, deu à ditadura militar.

Nos 34 anos como diretor do jornal, passou por turbulências políticas e econômicas. E um período de profundas transformações no mundo e no Brasil, que ele dizia que foram acompanhadas também pela Folha e pelo jornalismo.

“Às vezes se cobra desta folha ter apoiado a ditadura durante a primeira metade de sua vigência, tornando-se um dos veículos mais críticos na metade seguinte. Não há dúvida de que, aos olhos de hoje, aquele apoio foi um erro.”

Mas foi sem dúvida nas mãos de Otavio que esse processo de modernização se radicalizou, se aprofundou e se consolidou.

A Folha de S. Paulo se tornou o que é hoje: um jornal radical na busca por independência e isenção.

Otavio Frias Filho, assim que assumiu o comando da redação, lançou o Projeto Folha, que transformou o jornal e foi referência para as outras mudanças.

E com esse espírito, criou um manual de redação.

O documento pregava um texto mais descritivo, rigoroso e impessoal — menos sujeito a impressões do autor e que influenciou toda uma geração de jornalistas, professores e estudantes da profissão.

“Nós estabelecemos alguns pressupostos em termos de projeto editorial. A gente costuma dizer que a gente está empenhado em praticar um jornalismo que seja crítico, apartidário e pluralista”, disse Frias Filho em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura.

Um momento que marcou o jornal logo no início da gestão de Otavio foi a decisão de encampar o movimento pelas Diretas-Já, em 1984, que pedia eleições diretas para presidente da república após o fim do mandato de João Figueiredo.

Em 1989, a Folha foi o primeiro jornal brasileiro a implantar a função de ombudsman – um jornalista cuja função é criticar com liberdade a forma e o conteúdo do jornal.

Paulistano, Otavio dizia que a Folha ficou conhecida como o jornal dos imigrantes.

“Voltou-se para as pessoas que nasciam ou chegavam a São Paulo dispostas a abrir seu próprio caminho e encontrar seu lugar ao sol. A Folha tornou-se um espelho dessas pessoas. Incorporou sua inquietude, seu arrojo e suas ambições”, disse Otavio à TV Folha.

Nos 34 anos como diretor do jornal, passou por turbulências políticas e econômicas. E um período de profundas transformações no mundo e no Brasil, que ele dizia que foram acompanhadas também pela Folha e pelo jornalismo.

“O jornalismo se desenvolveu muito, passou a contemplar áreas que não eram objeto da atenção dos jornalistas, acho que as coberturas se tornaram mais críticas, mais incisivas, acho que houve também um avanço também dos jornais e o jornalismo de um modo geral apresentarem visões mais plurais a respeito da realidade, diferentes pontos de vista”, disse Otavio à GloboNews.

Sobre o surgimento das novas mídias, era um entusiasta.

“Elas colocam dificuldades, problemas, desafios também, mas eu acho que quanto mais plataformas e veículos e possibilidades de comunicação jornalística houver, isso vai beneficiar a sociedade e o próprio jornalismo. Haverá mais competição e a competição em si é algo de bom.”

Em 2000, participou da criação do jornal Valor Econômico, uma parceria do Grupo Folha com o Grupo Globo (veja a nota do presidente do Conselho Editorial do Grupo Globo sobre a morte de Otavio Frias Filho).

Em 2016, o Grupo Globo passou a ser o único proprietário do jornal.

Frias Filho era apaixonado por teatro, cinema, literatura e dizia ser muito exigente com a própria produção.

Autor de peças de teatro e livros.

Entre eles, um infantil e uma coletânea de 25 ensaios escritos ao longo da carreira.

“Eu sempre gostei de escrever, sempre gostei de ler, sempre foi assim um tipo de atmosfera na qual eu me sentia à vontade. Existe de esquizofrenia, você acaba levando duas vidas, uma vida que é a sua atividade profissional, sua responsabilidade, seu dia a dia e uma outra vida que no meu caso eu desenvolvi esse lado autoral.”

Mas foi no jornalismo onde, sobretudo, deixou sua marca.

“Divulgar a verdade, estimular um exercício consciente da cidadania, iluminar o debate dos problemas coletivos – que outra atividade seria mais elogiável e necessária do que essa?”

 

Otavio Frias Filho morreu em 21 de agosto de 2018 em São Paulo aos 61 anos. Frias Filho morreu de câncer de pâncreas.

 

“O Brasil perdeu um grande brasileiro, um intelectual extraordinário e um jornalista revolucionário”, resumiu o ex-ministro da Fazenda, Delfim Netto.

(Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2018/08/21 – NOTÍCIA / Por TV Globo, São Paulo – 21/08/2018)

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades – NOTÍCIAS / BRASIL / CIDADES / Por Marianna Holanda – 21 AGO 2018)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil – BRASIL / Otavio Frias Filho, diretor de Redação da ‘Folha de S.Paulo’ / POR O GLOBO – 21/08/2018)

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