O MAIOR CINEASTA DE TODA A HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL

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O MAIOR CINEASTA DE TODA A HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO SUL

Jorge Furtado (1959- ), cineasta porto-alegrense. Diretor e maior cineasta de toda a história do Rio Grande do Sul. Ilha das Flores não deixa dúvidas: é marco no cinema brasileiro. No Festival de Berlim, foi aplaudido em pé e levou o Urso de Prata. Virou vídeo obrigatório em escolas do Rio Grande do Sul. Foi campeoníssimo no Festival de Gramado. Simplificando o enredo: o documentário mostra homens que só podem se alimentar depois de porcos.
Questiona não só por que alguns homens devem comer lixo, mas também por que os porcos têm preferência na hora de comer esse lixo. Ficção? Nem pensar. É a mais pura verdade. Jorge Furtado fora convidado a fazer um vídeo institucional sobre o lixo para a Prefeitura de Porto Alegre. Resolveu investigar e viu homens que comiam lixo apenas depois que os suínos tinham enchido a pança. Furtado decidiu abandonar o vídeo e passou oito meses preparando o roteiro do curta mais premiado por estas plagas.
Mas não só com Ilha das Flores que se fez o cineasta. Furtado começou muito antes. Em 1984, dividiu a direção do primeiro filme com Zé Pedro Goulart. Era O Temporal, adaptação de um conto de Luis Fernando Veríssimo. Em seguida, veio outra transposição da literatura para o cinema: O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, dessa vez levando um conto de Tabajara Ruas para as telas. A dupla ganhou prêmios em Gramado e Havana. Barbosa, Esta não é Sua Vida, Estrada (Que faz parte do longa Felicidade é …) e Ângelo Anda Sumido completam a filmografia de Furtado.
Também fez minisséries e especiais para a TV Globo. Agosto e o inédito Luna Caliente estão no currículo, além do memorável episódio Anchietanos, do extinto programa A Comédia da Vida Privada. Além disso, integra a Casa de Cinema de Porto Alegre e volta e meia edita o fanzine NÃO na internet. Em livro, lançou Um Astronauta no Chipre (Artes&Ofícios), que reúne artigos e roteiros. E se alguém questionar o porquê do título, é fácil de explicar: “Fazer cinema no Brasil é mais ou menos como ser violinista na Bolívia, dançarino no Paraguai ou astronauta no Chipre”.

(Fonte: Revista APLAUSO Cultura em Revista – ANO 1 – N.º 11 – 1999 – CINEMA – Pág. 28/29/30)

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