Nicolai Gedda, foi uma das grandes vozes do século XX, grande figura dos palcos líricos internacionais

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Intérprete sueco poliglota teve uma carreira invulgarmente longa, e foi especialmente adulado em França

 

Um dos tenores mais respeitados do mundo, Nicolai Gedda (Foto: RTS un/ Divulgação)

Um dos tenores mais respeitados do mundo, Nicolai Gedda (Foto: RTS un/ Divulgação)

 

 

Nicolai Harry Gustav Harry Gustav Gedda (Estocolmo, 11 de julho de 1925 – Tolochenaz, Suíça, 8 de janeiro de 2017), tenor sueco, grande figura dos palcos líricos internacionais durante meio século

Ele foi uma das grandes vozes do século XX, ao lado Maria Callas, Elisabeth Schwarzkopf e o barítono Dietrich Fischer-Dieskau, com uma longevidade extraordinária e um repertório de grande diversidade.

Nascido em Estocolmo em julho de 1925, Nicolai Gedda descobriu aos 17 anos que tinha sido abandonado pelos seus pais e adotado pela tia, uma sueca de origem russa, e seu marido, que era cantor.  Estreou em 1952 na Ópera Real em Estocolmo, após ter estudado com seu padastro e um grande tenor sueco, Carl Martin Oehmann, antes de passar pela Academia Real de Música. No mesmo ano, gravou seu primeiro disco, Boris Godunov.

Nicolai Gedda, um cantor para todas as estações  (Foto: DR/ Divulgação)

Nicolai Gedda, um cantor para todas as estações
(Foto: DR/ Divulgação)

Um ano depois cantou na Ópera de Paris, em Covent Garden e no festival de Aix-en-Provence.  Em 1957, se apresentou no festival de Salzburgo, com “O Rapto do Serralho”, assim como no Met de Nova York, com “Fausto”. Sua carreira prosperou tanto a partir de então que ele cantou mais de 350 vezes no Met entre 1957 e 1983, percorrendo todo o repertório das óperas francesa, italiana, russa e tcheca. O teatro de Manhattan seria aquele onde viria a atuar mais vezes, somando mais de 350 atuações, até 1983, percorrendo todo o repertório operático, indo da tradição alemã à ópera italiana, passando pelos compositores franceses e russos.

O nome do tenor é incluído nas “notáveis gerações de cantores” do pós-guerra que passaram pelo principais palcos do mundo. Gedda manteve-se ativo até meados da década de 1990, sobretudo em recital e em estúdio. A sua última gravação foi “Idomeneo”, de Mozart, em 2003, num papel secundário, na versão do maestro David Parry, com a Opera North Orchestra, depois de ter protagonizado o drama do rei de Creta, ao longo da carreira, com regentes como Hans Schmidt-Isserstedt e Colin Davis. Sua discografia também é impressionante e extensa, já que gravou obras até seus 78 anos, na companhia de grandes diretores (Otto Klemperer, Georges Prêtre, Herbert von Karajan) e de estrelas (“Carmen” com Maria Callas, “Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk” com Galina Vichnevskaia).

Nicolai Gedda faleceu no dia 8 de janeiro perto de Lausana, na Suíça. Na quinta-feira à noite, mais de um mês depois do fato, Tania Gedda anunciou a morte do pai, de 91 anos, no site especializado em música erudita Forum Opera, uma notícia confirmada pela Ópera Real da Suécia e pelo prefeito de Tolochenaz, onde morava.

 

Nicolai Gedda posa para foto em sua casa, em Estocolmo, em 2001 -  (Foto: Janerik Henriksson/AFP/TT News Agency)

Nicolai Gedda posa para foto em sua casa, em Estocolmo, em 2001 – (Foto: Janerik Henriksson/AFP/TT News Agency)

 

(Fonte: Correio do Povo – ANO 122 – Nº 133 – Arte & Agenda – Variedades – Gente – 10/02/2017)

(Fonte: http://musica.uol.com.br/noticias/afp/2017/02/10 – ENTRETÊ – MÚSICA – De Genebra (Suíça) – AFP – 10.02.2017)

(Fonte: https://www.publico.pt/2017/02/10/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPISOLON – NOTÍCIA/Por SÉRGIO C. ANDRADE – 10 de Fevereiro de 2017)

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