Nedo Fiano, foi um dos últimos sobreviventes italianos do campo de concentração nazista de Auschwitz, pai do deputado do Partido Democrata, Emanuele Fiano

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Foi um dos últimos sobreviventes italianos de Auschwitz

 

Nedo Fiano (Florença, 22 de abril de 1925 – Milão, 19 de dezembro de 2020), foi um dos últimos sobreviventes italianos do campo de concentração nazista de Auschwitz, pai do deputado do Partido Democrata, Emanuele Fiano.

 

Nascido em Florença em abril de 1925, Nedo foi preso em 6 de fevereiro de 1944 pela polícia fascista enquanto passava pela via Cavour, no centro da capital toscana, e levado para o campo de Fossoli, povoado de Carpi, na Emilia-Romagna. Em 16 de maio do mesmo ano, ele foi deportado para Auschwitz junto com toda sua família. De todos os parentes, Nedo foi o único sobrevivente. Ele foi libertado no campo de Buchenwald.

Órfão aos 18 anos, ficou profundamente marcado pela experiência do campo de concentração. Apesar disso, o italiano tentou seguir em frente e se formou na Universidade de Bocconi, aos 43 anos, cumprindo uma promessa que havia feito à sua mãe. A sua intensa atividade como escritor e testemunha do Holocausto o garantiu diversas homenagens e honrarias, entre elas o “Ambrogino d’Oro”, concedido pela Câmara Municipal de Milão, a mais alta distinção da cidade. Protagonista de diversos documentários para a TV, Nedo foi também um dos consultores do ator italiano Roberto Benigni no filme “A vida é bela”. “O meu coração chora. Ele teve a força de contar o horror a gerações inteiras. Um exemplo de vida para todos nós.

 

Nedo Fiano faleceu em Milão, em 19 de dezembro de 2020, aos 95 anos.

Um abraço a Emanuele Fiano e à família da comunidade Judeu de Roma”, lamentou a presidente da comunidade judaica de Roma, Ruth Dureghello. Diversos políticos italianos também prestaram homenagem ao sobrevivente de Auschwitz, incluindo o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte. “Com a morte de Nedo Fiano perdemos um dos últimos sobreviventes do horror do Holocausto, uma testemunha apaixonada e preciosa de uma das páginas mais negras da história da humanidade. Um pensamento comovente e uma proximidade compartilhada com seu filho Emanuele e seus entes queridos”, escreveu o premiê no Twitter. Já o governador da região do Lazio e secretário do Partido Democrata, Nicola Zingaretti, afirmou que “a partir de hoje o mundo está mais pobre”.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – NOTÍCIAS  / BRASIL / por ANSA – 20/12/2020)

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