Maria Schneider, ficou conhecida pelo seu papel de amante de Marlon Brando, em “O Último Tango em Paris”

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Maria Schneider, ficou conhecida pelo seu papel de amante de Marlon Brando, em "O Último Tango em Paris"

Maria Schneider, ficou conhecida pelo seu papel de amante de Marlon Brando, em “O Último Tango em Paris”

 

 

Maria Schneider (Paris, 27 de março de 1952 – Paris, 3 de fevereiro de 2011), atriz que ficou conhecida pelo seu papel de amante de Marlon Brando, em 1972, no filme “O Último Tango em Paris”, de Bernardo Bertolucci – um dos filmes mais controversos e marcantes da história do cinema.

A atriz foi alvo de polêmica no filme de Bertolucci porque aos 19 anos protagonizava cenas quentes com Brando, que já contava com 48. O filme conta a história de uma homem mais velho e de uma jovem que vivem uma paixão que é mostrada em crescendo na tela – um escândalo banido de muitos países na época, que o censuraram.

Ao longo da sua carreira, nenhum outro filme de Maria Schneider teve semelhante protagonismo. Mas este não foi um filme fácil para ela – mais tarde acusou Brando de a ter violado e Bertolucci de a tê-la enganado.

Numa entrevista de 2007 ao jornal “Daily Mail”, a atriz criticou o realizador, descrevendo-o como «gordo, transpirado e muito manipulador», tanto de Marlon Brando como dela própria. Confessou que Brando tinha uma atitude paternalista com ela nos bastidores e revelou que houve cenas que marcaram o filme – “a cena da manteiga” – que apenas lhe foi transmitida antes de começar a ser filmada.

Maria Schneider já levava dois filmes no currículo com esta idade, mas sentiu-se enganada em “O Último Tango em Paris”. «Devia ter chamado o meu agente ou mandado vir um advogado ao set de filmagens porque não se pode forçar ninguém a fazer uma coisa que não está no script, mas nessa altura, eu não sabia disso. O Marlon disse-me: “Maria, não te preocupes, é apenas um filme”, mas durante a cena, muito embora o que Marlon estava a fazer não era real, eu chorava lágrimas de verdade. Senti-me humilhada e, para ser honesta, senti-me também um tanto violada, tanto pelo Marlon como pelo Bertolucci. Depois da cena, o Marlon não me consolou nem pediu desculpa. Felizmente, houve apenas um take».

Outro filme mais marcante da sua carreira foi “The Passenger”, de Michelangelo Antonioni, onde contracenou com Jack Nicholson, em 1975. A partir daqui a sua carreira entrou em declínio, mas continuou sempre a a trabalhar. Participou em meia centena de filmes e séries televisivas. O seu último trabalho cinematográfico foi “Cliente”, em 2008.

Maria Schneider nasceu em Paris em 27 de março de 1952, cidade onde faleceu em 3 de fevereiro de 2011. Era filha do ator francês Daniel Gelin e da romena Maria-Christine Schneider. Foi criada pela mãe, mas aos 16 anos saiu de casa e tentou uma carreira como modelo e atriz. Teve a sorte de ser descoberta por uma das divas do cinema francês, Brigitte Bardot, quando participava no seu primeiro filme – «Les Femmes».

Fez vários filmes na França, mas o impacto de «O Último Tango em Paris» deu-lhe a fama e colocou-a numa espécie de status em que entram muitas vedetes precoces: lutou contra o uso de drogas, incluindo a heroína.

Em 1976 descobriu a sua bissexualidade e viu-se loucamente apaixonada por uma herdeira rica norte-americana. Abandonou as filmagens de “Caligula” e deu entrada pelo seu pé numa instituição de saúde mental, em Roma, juntamente com a sua amante. Este episódio marcou a sua vida, à época mais um escândalo. E tanto mais porque também rejeitou fazer cenas nuas no filme, acabando por ser substituída por Teresa Ann Savoy. Depois do filme de Bertolucci, não conseguiu mais despir-se frente às câmaras.

Maria Schneider nunca se casou, mas vivia com um companheiro pacatamente – muito longe dos escândalos da sua juventude.

Maria Schneider tinha 58 anos e faleceu em 3 de fevereiro de 2011, vítima de cancro, em Paris.

 

(Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/cinebox – CINEBOX – 3 de fevereiro de 2011)

 

 

 

 

 

 

 

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