Ludwig von Mises, foi professor do principal guru do neoliberalismo, Frederich Hayek

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Foi o primeiro estudioso a reconhecer que a economia faz parte de uma ciência maior dentro da ação humana

 

 

Ludwig Von Mises em 1919 (Foto: www.mises.org.br/ Reprodução)

Ludwig Von Mises em 1919 (Foto: www.mises.org.br/ Reprodução)

 

 

Ludwig von Mises (29 de setembro de 1881 – Nova York, 10 de outubro de 1973), economista austríaco que viveu nos Estados Unidos.

 

Ludwig von Mises foi professor do principal guru do neoliberalismo o, também economista austríaco Frederich August von Hayek (1899-1992), laureado com o Prêmio Nobel de Economia em 1974 e autor do livro O Caminho da Servidão, dedicado “aos socialistas de todos os partidos”.

 

Mises, foi quem em 1938 previu o colapso do comunismo soviético pela sua ineficiência sistêmica. Como de hábito, o prefixo “neo” indica que as ideias neoliberais nada têm de novas.

 

Elas remontam à obra monumental de Adam Smith (1723-1790), a Investigação Sobre as Causas da Riqueza das Nações, publicada em 1776. Nesse livro, que lhe valeu a alcunha de “pai da economia política”, Smith demonstra como o interesse individual, assentado nas garantias do estado de direito, leva a economia de mercado a funcionar eficientemente pelos incentivos criados pelo sistema de preços. A condição fundamental para essa para essa eficiência é o livre acesso a concorrência na produção e no consumo, isto é, a ausência de reservas de mercado.

 

Ludwig von Mises foi o reconhecido líder da Escola Austríaca de pensamento econômico, um prodigioso originador na teoria econômica e um autor prolífico. Os escritos e palestras de Mises abarcavam teoria econômica, história, epistemologia, governo e filosofia política.  Suas contribuições à teoria econômica incluem elucidações importantes sobre a teoria quantitativa de moeda, a teoria dos ciclos econômicos, a integração da teoria monetária à teoria econômica geral, e uma demonstração de que o socialismo necessariamente é insustentável, pois é incapaz de resolver o problema do cálculo econômico.  Mises foi o primeiro estudioso a reconhecer que a economia faz parte de uma ciência maior dentro da ação humana, uma ciência que Mises chamou de “praxeologia”.

 

Entre os liberais das diferentes correntes há apenas um denominador comum: todos pregam o estado de direito, isto é, aquele organizado de forma a impedir a ação arbitrária dos governantes. No estado de direito, ao adquirir a cidadania, o indivíduo entra num jogo de regras perfeitamente conhecidas, a condição mínima necessária para exercício das liberdades individuais compatíveis com as de terceiros.

 

O estado de direito foi a grande concepção dos filósofos liberais do século XVIII, empiristas britânicos e iluministas franceses, como reação aos poderes absolutos da monarquia, tendo inspirado as duas maiores transformações políticas da época, a Independência Americana e a Revolução Francesa.

 

Onde os liberais divergem é na extensão das funções do Estado, A proposta dos neoliberais é a do Estado minimalista, limitado a três funções: policiamento, justiça e defesa nacional. Os social-liberais julgam que o Estado tem outras funções a desempenhar, no provimento de educação e saúde básicas, na assistência aos desamparados.

 

O liberalismo é uma doutrina política, e não econômica. Procura conciliar dois sentimentos humanos conflitantes, o desejo de ser livre e o de viver em sociedade. Quer na vertente neoliberal que tanto encanta a direita, quer na do social-liberalismo que inspira o centro-esquerda.

 

Liberais das diferentes correntes só têm em comum a defesa do estado de direito, a grande concepção dos filósofos liberais do século XVIII que inspirou as duas maiores transformações políticas da época, a Independência Americana e a Revolução Francesa.

 

A partir do conceito de eficiência orgânica, ou sistêmica, Hayek desenvolveu três proposições da maior importância. A primeira observou que a substituição do mecanismo de preços de mercado pela planificação central constituiu um retrocesso sistêmico.

 

Com efeito, é preciso introduzir no circuito ima plêiade de burocratas para desempenhar o papel que os preços de mercado representam gratuitamente. Além disso, os erros dos burocratas, ao contrário dos desajustes do sistema de preços, não tendem a corrigir-se automaticamente.

 

Essa observação resume a previsão de Ludwig von Mises sobre o colapso, por esclerose, da economia comunista.

 

Uma segunda proposição afirma que a democracia requer um Estado mais simples do que aquele que pode funcionar eficientemente na ditadura. A razão principal é que os representantes do povo não costumam ser preparados para votar sobre temas tecnicamente complexos. Em particular, nenhum parlamentar gosta de votar a favor de uma medida impopular, ainda que necessária. Se possível vota contra, torcendo para que outros votem a favor, levando ao frequente impasse dos jogos não cooperativos, o conflito entre racionalidade individual e racionalidade coletiva.

 

Uma terceira proposição sugere que o excesso de intervencionismo estatal acaba se mostrando incompatível com um jogo em que as ações do governo são perfeitamente previsíveis.

(Fonte: Veja, 20 de maio de 1992 – ANO 25 – Nº 21 – Edição 1235 – IDEIAS/ Por Mário Henrique Simonsen – Pág: 84/89)

(Fonte: http://www.mises.org.br – Instituto Ludwig von Mises Brasil)

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