Konrad Adenauer, chanceler federal, um dos principais responsáveis pela consolidação da democracia na Alemanha do pós-guerra

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Konrad Adenauer (Colônia, 5 de janeiro de 1876 – Bad Honnef, 19 de abril de 1967), chanceler federal alemão

Nascido em 5 de janeiro de 1876 na cidade de Colônia, Konrad Adenauer é um dos principais responsáveis pela consolidação da democracia na Alemanha do pós-guerra.

1949: Konrad Adenauer eleito chanceler federal alemão

Em 15 de setembro de 1949, o democrata-cristão Konrad Adenauer é eleito, com apenas um voto de vantagem, o primeiro chefe de governo da República Federal da Alemanha, no pós-guerra.

Entre os marcos do seu governo estão o apaziguamento das relações com a França, a aproximação e integração da então jovem República Federal da Alemanha (RDA) à comunidade de países ocidentais, e a adoção da economia social de mercado.

Adenauer dava especial valor à cooperação com a França, tradicional arquirrival da Alemanha. A entrada da RDA na Otan, em 1954, e a criação da Comunidade Econômica Europeia, em 1957, não teriam sido possíveis sem a crescente confiança mútua entre os dois países.

O sucesso econômico da jovem república garantiu a adesão popular ao governo Adenauer. Já em 1953 a União Democrata Cristã (CDU), de que foi cofundador, e sua aliada bávara, a União Social Cristã (CSU), obtiveram a maioria no parlamento. Em 1957, ambos os partidos também conquistaram a maioria absoluta dos votos dos eleitores.

Por outro lado a visita de Adenauer a Moscou, em 1955, marcou o início das relações diplomáticas com a União Soviética.

Carreira política

Formado em Direito e Sociologia, a partir de 1917 Adenauer foi prefeito de Colônia, cargo que ocupou durante 16 anos. Com a ascensão dos nacional-socialistas ao poder, em 1933, sob a liderança de Adolf Hitler, passou a ser perseguido e acabou destituído do cargo. Várias iniciativas do democrata-cristão haviam angariado o desagrado dos nazistas, como a ordem de retirar bandeirolas com a suástica de uma ponte em Colônia, ou a recusa de apertar a mão do Führer, durante uma visita oficial.

Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, Adenauer voltou à vida política e à frente da prefeitura de Colônia, com o apoio dos Aliados. Meses depois, porém, foi deposto pela força de ocupação britânica, que o acusou de incompetência.

Em 1948 elegeu-se presidente do Conselho Parlamentar, em Bonn. No ano seguinte, foi eleito deputado federal, ingressando no Bundestag, a câmara baixa do Parlamento, onde se manteria até sua morte, em 1967.

Adenauer foi escolhido primeiro chefe de governo da República Federal da Alemanha em 15 de setembro de 1949, aos 73 anos de idade, como candidato do partido que ajudara a fundar. Adenauer pouco se importou com o fato de ter sido eleito com apenas um voto de vantagem, provavelmente o seu próprio voto. Reelegeu-se em 1953, 1957 e 1961.

Deixou a Chancelaria Federal em 1963, enfraquecido politicamente, tanto por não ter reagido à construção do Muro de Berlim em 1961, quanto devido o escândalo desencadeado por um artigo crítico da revista Der Spiegel, em 1962.

Konrad Adenauer morreu em Bad Honnef, em 19 de abril de 1967, aos 91 anos.

(Fonte: http://noticias.terra.com.br- 138360740cf27ac1393f986cc499e40dz36kRCRD – 1963: Tratado da amizade franco-alemã – NOTÍCIAS – 15 SET 2015)

Deutsche Welle

 

 

 

 

Konrad Adenauer (Foto: www.sport.diplo.de/Divulgação)

Konrad Adenauer (Foto: www.sport.diplo.de/Divulgação)

 

1963: Tratado da amizade franco-alemã 

No dia 22 de janeiro de 1963, o chanceler federal alemão Konrad Adenauer e o presidente francês Charles de Gaulle assinaram, em Paris, o tratado da amizade franco-alemã.

A surpresa foi enorme. Ao retornar a Bonn, o chanceler federal Konrad Adenauer dirigiu-se aos jornalistas alemães: “Tentamos mostrar aos franceses que também poderíamos ser bons vizinhos, e tentamos mostrar aos franceses que o interesse comum está em que seja criada uma permanente boa relação entre a França e a Alemanha.”

Adenauer tinha uma posição dúbia: ele sabia que estava no final da sua carreira política e desejava deixar aos seus sucessores uma política internacional alemã estável. Mas não se entusiasmava em ter, eventualmente, de afrouxar os laços com os Estados Unidos e a Otan, por causa da França.

Europa forte e independente dos EUA

Contudo, uma visão comum uniu os dois políticos: uma Europa poderosa deveria atuar no palco da política internacional de forma independente, mas não contra os Estados Unidos. A viagem triunfal de Adenauer à França, em junho de 1962, foi seguida da viagem igualmente bem-sucedida de Charles de Gaulle à Alemanha, em setembro do mesmo ano.

Em Ludwigsburg, o presidente francês dirigiu-se à juventude alemã: “Eu os felicito por serem jovens alemães, isto é, filhos de um grande povo. Sim, um grande povo que, no transcurso da sua história, cometeu às vezes grandes erros. Mas um povo que também deu ao mundo valores espirituais, científicos, artísticos, filosóficos”.

Uma semana depois que Paris rechaçou o ingresso da Grã-Bretanha na Comunidade Econômica Europeia, eram poucos os que acreditavam num tratado franco-alemão. Mas o chanceler alemão não se deixou convencer do fracasso: “Estamos tratando desta cooperação com a França há anos. E, após a sua visita à Alemanha, o presidente De Gaulle propôs que se aproveitassem estas questões para uma ação conjunta e para uma concepção comum, a fim de criarmos algo permanente e consolidado”.

Um preâmbulo antigaullista

O tratado, sem caráter de compromisso, foi aprovado com grande maioria pelo Parlamento Federal alemão, em 16 de maio de 1963. Ele foi complementado, no entanto, com um preâmbulo que poderia ser entendido como uma clara crítica à política gaullista. O chanceler alemão esforçou-se para evitar danos políticos.

Da mesma forma como De Gaulle, um ano antes, se dirigira ao povo vizinho em alemão, também Adenauer fez a sua avaliação pessoal da situação no idioma do país vizinho, o francês, afirmando: “Sou da opinião de que o acontecimento mais importante foi a assinatura deste tratado em 22 de janeiro de 1963. Sem este tratado, não há nenhuma união europeia. Os métodos podem mudar, mas o mais importante é nunca perder a confiança dos amigos”.

Os críticos da época afirmaram que os tratados raramente têm duração e alguns compararam os documentos de Paris com um buquê de rosas, que não dura muito. Adenauer, cuja paixão pessoal era o cultivo de roseiras, teve de responder a isso.

Sua resposta foi relembrada pelo seu sucessor Helmut Kohl, na comemoração do 20º aniversário do tratado: “Naturalmente, elas têm a sua época, mas as roseiras são as plantas mais duradouras que possuímos. Elas têm espinhos, aqui e ali, por isso é preciso pegá-las com cuidado, mas resistem a todo o inverno. A amizade entre a França e a Alemanha é como uma roseira, que sempre volta a florescer, que sempre dá botões e resiste inteiramente aos rigores do inverno”.

(Fonte: http://noticias.terra.com.br – 1963: Tratado da amizade franco-alemã – NOTÍCIAS – 22 JAN 2016)

Deutsche Welle

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