Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU e laureado com o prêmio Nobel da Paz

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Kofi Annan, secretário-geral da ONU por uma década

 

O ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan. – Leonhard Foeger/Reuters

 

Primeiro negro a liderar as Nações Unidas, o ganense ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2001

Bill Clinton, ex-presidente americano, posa com Kofi Annan em 2005 (Foto: AP Photo/Richard Drew)

Kofi Atta Annan (8 de abril de 1938 – Berna, Suíça, 18 de agosto de 2018), mediador da paz em alguns dos conflitos mais importantes na virada do século 20, e o primeiro africano negro a ser secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e Prêmio Nobel da Paz.
Economista, educado nos Estados Unidos e na Suíça, no comando da ONU tratou de temas até então considerados periféricos: a pobreza, o drama dos refugiados, o subdesenvolvimento e a aids.
Kofi Atta Annan, nasceu em 8 de abril de 1938, em uma família de elite em Kumasi (Gana), filho de um governador da província e neto de dois chefes tribais. Fluente em inglês, francês e várias línguas africanas, passou quase toda a carreira nas Nações Unidas, onde ingressou em 1962 como  funcionário do departamento de orçamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Sua trajetória na (ONU) inclui passagens por postos na África e na Europa e em quase todas as áreas da organização, da administração do orçamento à manutenção da paz. Como secretário-geral, cumpriu dois mandatos, máximo permitido, de 1° de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2006.
Kofi Annan, de nacionalidade ganense, foi o primeiro negro a assumir o cargo de chefe da ONU, onde ficou por dois mandatos, de 1997 a 2006.
Annan era casado com a sueca Nane, sobrinha de Raoul Wallenberg, o diplomata que salvou milhares de judeus dos nazistas na Segunda Guerra Mundial (1939-45).
Em 2001, ele e as Nações Unidas receberam em conjunto o Prêmio Nobel da Paz. Annan foi elogiado por ser “preeminente em trazer vida nova para a organização”.
Durante a sua gestão na ONU, o ex-secretário e seu departamento foram criticados por retirarem as tropas de manutenção da paz de Ruanda em pleno caos e violência étnica, em 1995. No ano seguinte, a organização também não conseguiu impedir que as forças sérvias matassem milhares de muçulmanos em Srebrenica, na Bósnia.
Anos depois, Annan reconheceu suas falhas. “Na época, acreditei que estava dando o melhor de mim. Mas eu percebi depois do genocídio que havia mais que eu poderia, e deveria ter feito, para soar o alarme e apoio. Essa memória junto com a da Bósnia, é dolorosa, influenciou muito do meu pensamento, e muito das minhas ações, como secretário-geral”, disse em 2004.
Em sua entrevista de despedida das Nações Unidas, ele contou que a invasão dos Estados Unidos ao Iraque em 2003 foi um de seus piores momentos no cargo.
“O pior momento foi a guerra do Iraque que, como organização, não pudemos deter embora tenhamos feito tudo para isto”, disse.

Legado pós ONU

No ano de 2007, ele criou a Fundação Kofi Annan, onde mobilizou a vontade política para superar as ameaças à paz, ao desenvolvimento e aos direitos humanos. No mesmo período, ele se juntou ao grupo de elite de ex-líderes fundados por Nelson Mandela, conhecido como The Elders, o objetivo era resolver a guerra civil na Síria.
Posteriormente, Annan serviu como enviado especial da ONU na Síria, e liderou esforços para encontrar uma solução pacífica para o conflito.
Annan voltou sua atenção para o futuro, estabelecendo os Objetivos do Milênio, um conjunto de metas a serem cumpridas até 2015, de reduzir à metade as taxas de pobreza extrema para deter a disseminação da aids.
Outra fase marcante na luta de Annan pelos diretos humanos foi o acordo do Quênia, em 2008. O país enfrentava uma grave crise política e social e o ex-secretário foi o mediador entre o governo e a oposição.
“Conhecimento é poder. A informação é libertadora. A educação é a premissa do progresso, em todas as sociedades, em todas as famílias”, disse Annan em conferência no Canadá.
Kofi Annan morreu em um hospital em Berna, na Suíça, aos 80 anos.
(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/18 – MUNDO / NOTÍCIA / Por G1 – 18/08/2018)
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08 – MUNDO /GENEBRA e ACCRA – 18.ago.2018)
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