João Alves Filho, político, engenheiro de formação, governou Sergipe em três momentos diferentes: entre 1983 e 1987; entre 1991 e 1995; e a última passagem entre os anos de 2003 a 2007

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Ex-governador de Sergipe João Alves Filho

 

Além de comandar o Estado por três vezes, foi prefeito de Aracaju e ministro do Interior no governo Sarney

 

João Alves Filho (Aracaju, 3 de julho de 1941 – Brasília, 24 de novembro de 2020), ex-governador de Sergipe (DEM), governou o estado em três momentos diferentes: entre 1983 e 1987; entre 1991 e 1995; e a última passagem entre os anos de 2003 a 2007.

 

Influente na política sergipana, João Alves também foi prefeito de Aracaju entre 1975 e 1979, e mais recentemente entre 2013 e 2017. O ex-governador João Alves sem dúvida alguma é uma das mais importantes referências políticas do Estado. Foi especial para Sergipe e realizou obras importantes para o povo sergipano.

 

Em Brasília, foi ministro do Interior durante o governo de José Sarney (1987-1990). Filiado primeiramente ao Arena e depois ao PDS até o fim da ditadura militar, João Alves era uma figura fundadora do Partido da Frente Liberal (PFL), permanecendo até 2020 no Democratas, que sucedeu a legenda.

 

João Alves Filho era filho do empresário da construção civil João Alves e de Maria de Lourdes Gomes. Ingressou na construtora da família em 1960 e cursou Engenharia Civil na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia.

 

A entrada definitiva na política aconteceu em 1975, quando assumiu a prefeitura de Aracaju por indicação do governo militar. Nessa época, era filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena). Depois do fim do mandato, se distanciou da política por alguns anos e viria a se candidatar novamente apenas em 1982, dessa vez para o governo de Sergipe. Foi eleito, naquela que foi a primeira eleição direta no Estado após 20 anos, filiado ao Partido Democrático Social (PDS).

 

Durante o seu primeiro mandato como governador, desenvolveu o programa Chapéu de Couro, que consistia em promover a perfuração de poços artesianos e a construção de cisternas na região do agreste, entre outras medidas, para combater a seca e desenvolver a região e desenvolver a região rural. Em 1987, foi nomeado ministro do Interior pelo então presidente, José Sarney. Deixou o ministério em 1990, quando o mesmo foi extinto pelo novo presidente Fernando Collor de Melo.

 

Alves voltou a ser governador de Sergipe em mais duas ocasiões: em 1990 e em 2002. Perdeu, porém, outras três disputas para o governo do Estado: em 1998, 2006 e 2010. Em 2012, voltou à prefeitura de Aracaju e lá permaneceu nos quatro anos seguintes. Estava filiado ao DEM desde 2007.

 

Carreira

João Alves Filho nasceu no dia 3 de julho de 1941, em Aracaju. Engenheiro civil, ele iniciou a trajetória política aos 20 anos, quando estudava na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e foi membro da Juventude Universitária Católica (JUC).

De volta a Sergipe, trabalhou com o pai em uma construtora da família. Assumiu a Prefeitura de Aracaju (1975-1979) como prefeito biônico, de forma indireta, apoiando a Ditadura Militar, durante o governo de José Rollemberg Leite no estado. Foi ministro do Interior do Brasil, entre os anos de 1987 a 1990. Governou o estado de Sergipe por três mandatos [1983 a 1986, 1991 a 1994 e 2003 a 2006]. Em 2012, foi eleito prefeito de Aracaju, exercendo a função de 2013 a 2016.

A formação em engenharia civil contribuiu para que obras relevantes fossem realizadas durante a sua administração pública. No governo do estado, construiu a Orla da Atalaia e a ponte Aracaju/Barra dos Coqueiros. Na prefeitura, revitalizou o Calçadão da Praia Formosa, na Treze de Julho.

João Alves também publicou vários livros, a maioria sobre causas ambientais, e desde 1993 era membro da Academia Sergipana. Durante sua carreira, ele foi reconhecido por ser um grande defensor da região Nordeste, e lutar contra a transposição do Rio São Francisco, tema de seu último livro. Na luta pelos sertanejos, ficou popularmente conhecido como ‘Chapéu de Couro’.

João Alves Filho faleceu no fim da noite de terça-feira (24), aos 79 anos. Ele estava internado em estado grave no Hospital Sírio Libanês, em Brasília, após sofrer uma parada cardíaca em casa no dia 18.

 

O atual governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), decretou luto oficial de 3 dias.

 

O governo de Sergipe, a prefeitura de Aracaju e a Assembleia Legislativa do Estado decretaram luto oficial de três dias.

 

Despedida

 

O governo do estado, a Prefeitura de Aracaju e a Assembleia Legislativa decretaram luto oficial de três dias pela morte do político. O governador Belivaldo Chagas (PSD) colocou o Palácio Museu Olímpio Campos à disposição da família.

“O ex-governador João Alves, sem dúvida alguma é uma das mais importantes referências políticas que temos no nosso estado. João Alves foi especial para Sergipe e realizou obras importantes para o povo sergipano. Estivemos em campos opostos ideológica e politicamente, mas sempre nos tratamos de maneira respeitosa. Tivemos uma relação institucional muito saudável. Seu legado será lembrado com apreço e respeito”, disse Chagas.

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), pra quem João Alves passou o cargo, escreveu em uma rede social a despedida ao político. “Sempre estivemos em lados diferentes, mas jamais deixei de ter respeito por ele e pelo imenso legado que edificou em nosso estado. João realizou importantes obras e contribuiu efetivamente para o progresso de Sergipe”.

(Fonte: https://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2020/11/25 – SERGIPE / NOTÍCIA / Por G1 SE – 25/11/2020)

(Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2020/11/25 – ESTADOS DE MINAS / NOTÍCIA / POLÍTICA / por Estadão Conteúdo – 25/11/2020)

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica – NOTÍCIAS / BRASIL / POLÍTICA – 25 NOV 2020)

(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.879 – 27 DE NOVEMBRO DE 2020 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 35)

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