Hermann Zapf, foi um dos pioneiros a trabalhar com a interação entre fontes e computadores

0
Powered by Rock Convert

Criador das famosas Palatino, Optima e Zapf Dingbats, estudioso foi um dos pioneiros a trabalhar com a interação entre fontes e computadores

Hermann Zapf, foi um dos pioneiros da tipografia computadorizada - (Foto: typographics.com/Divulgação)

Hermann Zapf, foi um dos pioneiros da tipografia computadorizada – (Foto: typographics.com/Divulgação)

Hermann Zapf (Nuremberg, em 8 de novembro de 1918 – Darmstadt, na Alemanha, 4 de junho de 2015)designer, calígrafo e tipógrafo

Um dos pioneiros da tipografia computadorizada, ele foi responsável por desenvolver mais de 200 fontes ao longo de sua carreira.

A mais célebre de suas criações foi, no entanto, uma série de símbolos. Em vez de letras e números, a Zapf Dingbats, criada em 1977, é composta por desenhos simples, como setas, estrelas e cruzes. Por ter sido incluída nos primeiros computadores, como o Apple LaserWriter Plus, ela se tornou extremamente popular.

Por sua obra, Zapf foi condecorado em 2010 com a Cruz de Mérito de Primeira Classe pelo governo alemão. Apesar de ter feito fama com a Zapf Dingbats, ele tinha a Optima como criação favorita. Ela foi escolhida pelos EUA para ser usada no Memorial dos Veteranos do Vietnã na capital, Washington, e foi eleita a 11ª melhor fonte de todos os tempos pelo site especializado “The 100 best typefaces of all time”.

Nascido em Nuremberg em novembro de 1918, Zapf se apaixonou pelo ofício ao visitar uma exposição do lendário tipógrafo Rudolf Koch. Lá, comprou dois livros sobre o assunto e aprendeu caligrafia sozinho. Em 1938, mudou-se para Frankfurt, onde projetou, pela primeira vez, uma fonte completa.

O fato de o pai, sindicalista, ter enfrentado problemas com a polícia política de Adolf Hitler não impediu que ele fosse recrutado pelo Reich. Zapf desempenhou trabalhos cartográficos durante a Segunda Guerra Mundial, desenhando mapas da Espanha. No fim, foi capturado por soldados franceses. Em suas memórias, escreveu que não foi maltratado por seus captores: “Eles tinham um grande respeito por mim como artista. Acho que a França preserva esse tipo de respeito até hoje”.

Nos anos que se sucederam ao conflito, o tipógrafo se firmou como um dos profissionais mais talentosos da Alemanha. Nessa época, desenvolveu algumas de suas obras mais conhecidas, como a Palatino e a Optima, amplamente utilizadas até hoje.

Zapf nunca foi apegado a tradicionalismos. Ele estava entre os poucos profissionais do mundo editorial que já suspeitavam que o grande desafio no século XXI para veículos impressos seria a distribuição e o acesso digital. Desde o início dos anos 1960, estudava a interação entre tipografia e os incipientes programas de computação.

Não encontrou amparo para suas ideias no país natal e, em 1976, passou a lecionar no Instituto de Tecnologia de Rochester, nos EUA. Na instituição, ele desenvolveu a Zapf Dingbats. Por ser uma das primeiras e mais completas fontes a utilizar símbolos, ela exerceu bastante influência entre profissionais da área.

Hermann Zapf morreu aos 96 anos, em 4 de junho de 2015, na cidade de Darmstadt, na Alemanha.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/designer- -16384805 – CULTURA – DESIGNER/ POR O GLOBO – 08/06/2015)

© 1996 – 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A.

Powered by Rock Convert
Share.