Helmut Kohl, ex-chanceler alemão, foi um dos grandes nomes da história contemporânea e pai da reunificação alemã

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Helmut Kohl, o homem que uniu a Alemanha

Tinha uma visão e acreditava que só a união (de um país, de um continente) evitaria uma nova guerra. George Bush chamou-lhe o “maior líder europeu” da segunda metade do século XX.

 

(Foto: REUTERS/WOLFGANG RATTAY)
Helmut Kohl e o político alemão do partido União Democrata-Cristã (CDU) Wolfgang Schaeuble durante um plenário do partido, em Karlsruhe, 1995

 

Helmut Kohl com o antigo general alemão da Força Aérea Johannes Steinhoff (1913-1994) no cemitério alemão para militares, em Bitburg, 1985 (Foto: REUTERS/LARRY RUBENSTEIN)

 

Bill Clinton, Jacques Chirac e Helmut Kohl durante a assinatura do acordo de Dayton para a Paz na Bósnia e Herzegovina, em Paris, 1995 (Foto: CHARLES PLATIAU)

 

Era uma ideia antiga, na verdade uma obsessão desde que começou a carreira política, aos 16 anos, quando se filiou no Partido Democrata Cristão e começou a construir um percurso marcado por dois acontecimentos da sua vida. O primeiro, a morte do irmão mais velho, durante a II Guerra (Kohl queria encontrar uma forma de impedir novos conflitos no continente). O segundo, a memória do padre que, no bairro modesto de Ludwigshafen onde os Kohl moravam, falava aos miúdos das maravilhas da democracia. “A paz não pode ser apenas o oposto da guerra”, considerava Kohl.

 

(Foto: REUTERS) Helmut Kohl com o Presidente francês Jacques Chirac e o primeiro-ministro francês Alain Juppe durante um passeio de barco no final da cimeira franco-alemã

 

Dizem os biógrafos que, no partido, o rapaz se tornou exímio a resolver disputas e a apagar rivalidades entre os jovens democratas-cristãos. Também criou amizades, acumulou contatos, ligações, montou uma rede que lhe permitia antecipar cenários. Transpôs o método para a política mundial — só não conseguiu quebrar a frieza que a britânica Margaret Thatcher lhe votava.

 

Helmut Kohl com a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher durante a sua visita à Alemanha (Foto: REUTERS/STRINGER)

 

Kohl foi subindo na hierarquia do partido, preferindo apostar primeiro numa carreira interna antes de avançar para os cargos públicos, o primeiro deles o de chefe do governo da Renânia-Palatinado, uma região atrasada por comparação a outras da República Federal mas que mudou com as ambiciosas e bem-sucedidas reformas de Kohl. Em 1976, chegou à liderança da CDU e a elite de Bona não gostou de se ver mandada por este político de província sobre quem se contavam anedotas. “Não menosprezem Helmut Kohl”, avisou na altura o sofisticado, social-democrata e ex-chanceler Willy Brandt.

 

(Foto: REUTERS/REINHARD KRAUSE) Helmut Kohl no meio de apoiantes do partido durante uma campanha, em 1990

 

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