Presidente da Tunísia por três décadas
Habib Bourguiba (Monastir, 3 de agosto de 1903 – Monastir, 6 de abril de 2000
Bourguiba foi presidente de 1957, ano em que a Tunísia tornou-se independente da França, a 1987, quando uma junta médica o considerou incapaz de continuar a governar.
A Tunísia, berço das revoltas da chamada Primavera Árabe, está mergulhada em tensão por causa das disputas entre grupos islamistas, que têm maioria, e seus oponentes seculares, bem como pela frustração com a falta de progresso social e econômico desde a deposição do presidente Zine al-Abidine Ben Ali foi deposto, em janeiro de 2011.
O então primeiro-ministro Zine al-Abidine Ben Ali assumiu o poder e acabou com a lei da presidência vitalícia. Ben Ali está no poder até hoje (foi eleito diretamente em 1989 e reeleito em 1994).
Líder do movimento de libertação nacional, Bourguiba, que era advogado, mudou as leis de país em favor das mulheres: deu a elas a possibilidade de votar e ter direitos iguais aos dos homens no divórcio, obrigando-os a pagar pensões alimentícias. O ex-presidente também proibiu a poligamia e o casamento antes dos 17 anos.
A política de direitos das mulheres instituída por Bourguiba ainda é uma das mais progressivas entre os países islâmicos.
No início de seu governo Bourguiba adotou políticas socialistas, que fracassaram. Na década de 70, ele abriu a economia ao capital estrangeiro, o que acelerou o desenvolvimento do setor privado na Tunísia.
Bourguiba faleceu em 6 de abril de 2000, aos 97 anos, em sua casa na cidade de Monastir (ao sul de Túnis), onde nasceu.
Bourguiba vivia nos últimos anos recluso em Monastir e só recebia a visita de parentes e alguns amigos.
Em março, ele esteve durante oito dias em um hospital militar em Túnis, para tratar uma inflamação no sistema respiratório.
O ex-presidente da Tunísia se casou e se divorciou duas vezes e teve um filho.
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano / FOLHA DE S.PAULO / COTIDIANO / da agências internacionais – São Paulo, 7 de abril de 2000)
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