Giovanni Battista Farina, fundador da Carrozzeria Pininfarina

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Battista Farina

Giovanni Battista Farina (Turim, 2 de novembro de 1893 – Lausanne, (Suíça), 3 de abril de 1966), fundador da Carrozzeria Pininfarina.

Existem algumas coisas que simplesmente fascinam homens e mulheres, não importa qual a idade, que profissões exerçam, por mais pobres ou ricos e que acreditem nesta ou naquela crença, independentemente de serem brancos, negros e amarelos. Muitas coisas poderiam ser colocadas nesta classificação, mas provavelmente o automóvel sempre terá o seu lugar de destaque.

Ninguém sabe dizer o momento exato que a história do automóvel teve início, mas o veículo como a conhecemos atualmente foi demonstrada certa vez em 1769 por Nicolas Cugnot, na França, ao utilizar um motor a vapor para movimentar o veículo. A partir de então muita coisa mudou, grandes transformações ocorreram e muita tecnologia foi colocada nela.

Mas independente da sua potência, marca ou qualidade, o que fatalmente faz os nossos olhos arregalarem diante dela, é o seu design, o seu estilo, suas linhas, as curvas, as cores, que os seus talentosos artistas fazem com que suas pranchetas sonhem e criem verdadeiras maravilhas sob rodas, não importa quantas elas tenham.

Quando penso nisso, logo me vem a cabeça Pininfarina ou Carrozzeria Pininfarina, cuja história nos remete a Itália, em especial a cidade de Turim, no dia 2 de novembro de 1893, quando chegava ao mundo o caçula de uma numerosa família de filhos. Seu nome Giovanni Battista Farina, que logo ao chegar recebeu o apelido de “Pinin”, que em piemontês significa o mais novo ou menor.

Aos 12 anos de idade começou a trabalhar numa pequena oficina de seu irmão, na Stabilimenti Industriali Farina. Lá permaneceu por muitos anos e foi lá que seu interesse por carros nasceu e cresceu. Durante anos passou por quase todas as etapas da construção de uma carroceria de carros, até que certo dia resolveu projetar seus próprios sonhos.

Durante a Primeira Guerra Mundial passou a supervisionar a construção de um avião de treino chamado “Aviatic” e por isso foi condecorado com a medalha “Office of Military Aviation”. Depois do encerramento da guerra foi para os Estados Unidos, onde pode conhecer pessoalmente Henry Ford, um grande empreendedor e fundador da Ford Motor Company em 1903.

Nos Estados Unidos recebeu o convite do próprio Henry Ford para lá permanecer e trabalhar na sua indústria, mas preferiu voltar para a Itália. Nos Estados Unidos conheceu o modo americano de valorizar a informação tecnológica e a importância da indústria privada para o povo americano, que marcaria de vez a sua forma de pensar para os próximos anos.

Ainda em 1920, casou com Rosa Copasso e eles tiveram dois filhos, uma menina chamada Gianna e um garoto chamado Sergio. Giovanni também gostava muito de corrida de carros e dizem que em 1921 participou da corrida Agosta-Gran San Bernardo, fazendo o melhor tempo da categoria, recorde que permaneceu com ele durante pouco mais de 11 anos. Na década de 50, seu sobrinho Giuseppe “Nino” Farina se tornaria o primeiro campeão mundial de Fórmula 1 da história.

Em 1930, nascia a Società Anônima Carrozzeria Pinin Farina que passou a criar modelos exclusivos para as principais indústrias mundiais como Ferrari, Maserati, Rolls-Royce, Cadillac, Jaguar, Volvo, Alfa Romeo e Lancia. Além disso, mais tarde passou a fazer projetos elétricos na França, comboios de alta velocidade na Holanda e muitos carros para os Estados Unidos, e desde 1980 passou a funcionar também como consultoria sobre design industrial e de interiores.

Nos seus primeiros anos de vida até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, a empresa ficou conhecida por seu trato artesanal e por um pequeno número de carros especiais concebidos sobre o corpo mecânico de Alfa Romeo, Hispano-Suiza, Lancia ou Fiat. A Carrozzeria Pininfarina começou mesmo a projetar-se mundialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando um número significante de fabricantes de automóveis passaram a se interessar em trabalhar em conjunto com a Pininfarina.

Em 1947, a empresa concebeu o Cisitalia 202, que foi o primeiro carro a honrar de um lugar no museu, o MOMA em Nova Iorque. Desde então passou a ficar conhecido no mundo inteiro, e a partir disso começou a desenhar centenas de estilos de carros, alguns dos quais se tornaram famosas ou mesmo lendárias.

A partir de 1961, Giovanni mudou oficialmente seu nome para Battista Pininfarina, com autorização do então Presidente da República Italiana, e proposta pelo Ministro da Justiça. Também neste mesmo ano começou aos poucos passar a orientação da empresa para o seu filho Sérgio, que também é um design de renome mundial, e que continuou a busca pela melhores idéias para os carros.

Nesta época começou a trabalhar com fabricantes de carros do exterior, como a francesa Peugeot, com um relacionamento que tem se mantido até os dias atuais. Também nos finais da década de 50, houve uma grande transformação na indústria automobilística. Na década de 60 alguns modelos projetados pela Pininfarina se tornaram modelos populares como “Alfa Romeo Spider Duetto”, o “Lancia Flaminia”, o “Dino 246” e os Fiats “124 Sport Spider” e “Dino Spider”.

Em 3 de abril de 1966 morre o fundador da empresa, Battista “Pinin” Farina” e seu filho Sergio Farina assume de vez a presidência, e entre 1988 a 1992 também exerceu a presidência da Confindustria. Mais tarde entrou para a política e se tornou um senador italiano.

Desde 1967, a empresa mudou-se para sua nova fábrica Pininfarina em Grugliasco e passou a ter um forte compromisso com a tecnologia de desenvolvimento e aerodinâmica, com a criação do primeiro Centro de Informática e Design, também conhecida pela sigla CCD.

Posteriormente iniciou a construção de um túnel de vento em escala completa, o primeiro da Itália até então, assim como passou a trabalhar no surgimento de novas soluções para os automóveis. Em 1978 começaram a também estudar a aerodinâmica dos caminhões, construindo o primeiro com inclinação frontal para melhorar a sua coeficiência aerodinâmica, o CX.

Em 1986, a empresa passou a investir ainda mais na qualidade e colocou suas ações na bolsa de valores, passando a direcionar suas atividades de produção para outros modelos que fizeram a história do automóvel, entre os quais incluem a Ferrari Testarossa, Alfa Romeo, Fiat Fiorino, Lancia Thema Station Wagon e muitos Peugeot.

Também incluem modelos dedicados a outras importantes e populares modelos como a Hyunday Matrix, Ferrari 575M Maranello e Enzo Ferrari, Mitsubishi Pajero Pinin, Alfa Romeo GTV, bem como modelos exclusivos como a Ferrari P4/5. Com a chegada de outras empresas de design automotivo, a Pininfarina passou a apresentar diversos carros-conceito entre os quais se destacam o Modulo Ferrari de 1970, a Ferrari Rossa Conceito de 2000 e da Maserati Birdcage 75 de 2005.

Em 7 de agosto de 2008, Andrea Pininfarina que era um membro do conselho de administração da Confindustria e executivo chefe e presidente da Pininfarina, filho de Sergio Pininfarina e neto de fundador Battista “Pinin” Farina morre aos 50 anos de idade, em conseqüência de um acidente rodoviário quando sua Vespa GT60 foi atingido em Ford Ka, que desrespeitou o farol. Andrea foi substituído pelo seu irmão Paolo Pininfarina, que é atualmente o presidente da Pininfarina SpA.
(Fonte: www.tvsinopse.kinghost.net)
Principais Fontes Bibliográficas
http://www.pininfarina.com/
http://sintesi.pininfarina.com/
http://www.pininfarina.it/
http://en.wikipedia.org/wiki/Pininfarina
http://carros.uol.com.br/ultnot/2008/08/07ult634u3121.jhtlm
http://www.pininfarinaextra.com/

Morre o criador da Ferrari TestaRossa
Sergio Pininfarina tinha 85 anos e ainda atuava na empresa da família como presidente honorário
Morreu nesta terça-feira (03), aos 85 anos, Sergio Pininfarina, presidente honorário da Pininfarina, um dos mais famosos estúdios de design italiano. Seu velório e enterro serão realizados em Turim, na Itália, mas as causas da morte não foram divulgadas.

Nascido no dia 8 de setembro de 1926, Pininfarina entrou cedo nos negócios da família – o estúdio foi criado pelo seu pai, Battista Farina, em 1930 – e logo ficou conhecido por projetar o conceito Ferrari Dino Berlinette Speciale, mostrado no Salão de Paris em 1965.

Outros modelos de sucesso, como o Maserati GranTurismo, o Peugeot 406 coupé, o Mitsubishi Pajero de 1999 e a Ferrari Testarossa – um dos clássicos da marca italiana mais famosos da atualidade – também foram criados por ele. A contribuição de Sergio Pininfarina foi tão grande que, em 2007, ele entrou para o Hall da Fama Automotiva.

Mas nem só de carros viveu o presidente do estúdio italiano. Por duas vezes, ele também ingressou na carreira política. Na primeira vez, entre 1979 e 1988, tornou-se integrante do Partido Liberal MEP, que apoiava a Aliança Europeia Democrática Liberal. Em 2005, ele retomou a carreira, mas como senador vitalício nomeado pelo ex-presidente Carlo Azeglio Ciampi.

O último projeto que teve breve participação de Pininfarina foi a Ferrari F12 Berlinetta, lançada no Salão de Genebra de 2012.

(Fonte: www.carros.ig.com.br/noticias – Home iG – Carros – Notícias – Jair Oliveira – 3/7/2012)

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