George Savalla Gomes, vulgo palhaço Carequinha

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George Savalla Gomes (Rio Bonito, 18 de julho de 1915 – São Gonçalo, 6 de abril de 2006), vulgo palhaço Carequinha. Filho de trapezistas, nasceu em uma barraca de circo a 18 de julho de 1915, na cidade fluminense de Rio Bonito. Depois do parto, como manda a tradição circense, foi aplaudido pelos artistas. Logo perdeu o pai. Nascido George Savalla Gomes, aos cinco anos ganhou do padrasto o apelido pelo qual ficou conhecido. Como todo filho de artista de circo, estudava nas cidades por onde passava o picadeiro. Mas o nomadismo não impediu que chegasse ao terceiro ano de direito.

Estreou como cantor em 1938 na Rádio Mayrink Veiga. E foi o primeiro palhaço a ter um programa de tevê: o Circo Bombril, que, com diferentes nomes, durou 15 anos entre as décadas de 1950 e 1960, na Tupi. Na estreia, havia apenas um cinegrafista e nenhuma platéia. Para o segundo programa, mandou trazer crianças. Apresentando desenhos animados e promovendo gincanas, tornou-se pioneiro em um formato consagrado.

Durante o governo de Getúlio Vargas, foi convidado pelo presidente a fazer um show no Palácio do Catete. A partir daí, ficou conhecido como o Palhaço dos Presidentes. Se apresentou para Juscelino Kubitschek, João Goulart e generais do governo militar.

Ao longo dos anos, manteve-se em plena atividade. Morreu a 6 de abril de 2006, aos 90 anos, em São Gonçalo, onde morava desde 1937. Costumava brincar: “Gosto daqui. E, além do mais, moro perto do cemitério. Quando eu morrer não vou dar trabalho a ninguém. Vou a pé para lá”.

Foi sepultado com roupas de palhaço, como desejava. Queria “alegrar os mortos”.

(Fonte: Brasil Almanaque de Cultura Popular –- Ano 9 -– Julho 2007 -– N° 99 -– Carta Enigmática -– Pág; 5)

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