Dr. Perls, um dos primeiros discípulos de Sigmund Freud, fundou a terapia Gestalt junto com sua esposa, Dra. Laura Perls, que ele conheceu quando eram estudantes em Frankfurt, Alemanha.

A teoria tenta usar os insights da psicologia da Gestalt juntamente com aqueles da psicologia freudiana e reichiana.

A psicologia da Gestalt ensina que o todo é mais do que a soma das partes; que as partes não são colocadas juntas para formar um todo, mas, sim, são derivadas do todo e obtêm seu caráter dele.

No entanto, a psicoterapia Gestalt se distancia de Freud em seu foco no presente, no “aqui e agora”, em vez do passado. Ela é explicada em “Terapia Gestalt” (1951), que o Dr. Perls escreveu em conjunto com Paul Goodman e Ralph F. Hefferline, e em um livro mais recente do Dr. Perls, “Terapia Gestalt Verbatim”. Ele também foi autor de “Ego, Fome e Agressão” e “In and Out the Garbage Pail”, uma obra semiautobiográfica.

Na década de 1970, o Dr. Perls era psiquiatra residente no Instituto Esalen em Big Sur, Califórnia. Lá, ele realizava “oficinas de sonhos”, nas quais os membros do grupo pegavam as partes de objetos presentes em sonhos que haviam tido. Um participante que sonhasse em comer um cachorro-quente com a tia em um restaurante, por exemplo, poderia ser convidado a “ser” a tia, o cachorro-quente, ou até mesmo o restaurante.

A teoria por trás dessa técnica era que cada elemento em um sonho é, na verdade, parte do eu. Ao se identificar com ele, a pessoa pode obter insights sobre si mesma.

O Dr. Perls, que tinha cabelos brancos bastante longos e uma barba espessa, e a quem todos chamavam de Fritz, frequentemente se vestia com trajes nada convencionais. Em Esalen, às vezes usava boinas e macacões de paraquedas.