Friedrich August von Hayek (Viena, 8 de maio de 1899 – Freiburg im Breisgau, 23 de março de 1992), expoente da chamada escola austríaca, grupo de economistas que adaptaram os conceitos do liberalismo clássico para a realidade do século XX.
Durante a maior parte de sua vida Hayek pregou no deserto, iniciou sua trajetória intelectual no pós-guerra, quando estavam em moda as ideias de John Maynard Keynes, defensor da intervenção estatal pesada na economia.
Hayek achava que esse sistema levaria os países à quebradeira. Só em 1974, trinta anos após a publicação de seu livro mais famoso, Hayek recebeu a consagração, conquistando o Prêmio Nobel de Economia. Em 1979, em entrevista, ele alertava para o perigo de remédios pretensamente milagrosos no combate à inflação, como o congelamento e o tabelamento de preços.
“A curto prazo, a inflação reduz o desemprego. Mas, quando se utiliza a inflação como forma de reduzir o desemprego, acelera-se a própria inflação. No momento seguinte, o desemprego reaparece de forma ainda mais forte.”
(Fonte: Veja, setembro de 2003 – Ano 36 – N° 26 – ESPECIAL 35 ANOS – Os campeões do liberalismo – Pág: 72/73)
Laureados: os economistas Gunnar Myrdal (1898-1987), sueco, de inclinação socialista, e Friedrich von Hayek, austríaco, de tendência conservadora, ambos de 75 anos de idade; dia 9 de outubro de 1974, com o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas, por suas teorias das flutuações monetárias e econômicas.
(Fonte: Veja, 16 de outubro de 1974 – Edição 319 – NOBEL – Pág; 128)