Eric Carr, o integrante mais subestimado do KISS, foi influenciado por diversos músicos, tais como Ringo Star (Beatles) e John Bonham (Led Zeppelin) e passou a tocar bateria

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Eric Carr: o integrante mais subestimado do KISS

Carreira e a queda no esquecimento do baterista do Kiss

 

Ex-músico do Kiss morreu no mesmo dia de Freddie Mercury

 

 

Eric Carr (Nova Iorque, 12 de julho de 1950 – Nova York, 24 de novembro de 1991), ex-baterista do Kiss na década de 1980 após a saída de Peter Criss — que acabou sendo esquecido pela mídia da época.

 

Eric Carr foi influenciado por diversos músicos, tais como Ringo Star (Beatles) e John Bonham (Led Zeppelin) e passou a tocar bateria. Vindo de uma família de músicos (avó trombonista, pai trompetista, mãe cantora e pianista, e irmãs guitarristas), sua decisão foi muito bem aceita, sendo sua primeira banda o Flasher.

 

Passou por inúmeras bandas antes de aceitar o conselho de um amigo e se inscrever para um teste com o Kiss. Em maio de 1980 participou das audições para a escolha do novo baterista da banda. Competindo com mais de 2.000 candidatos, Eric impressionou.

 

Após uma tentativa fracassada de se caracterizar como uma águia, Eric encontrou na raposa, “The Fox” o seu personagem no universo do Kiss. A escolha pela raposa foi feita por Gene, pois, segundo ele, “Eric era astuto como uma raposa”.

 

Algumas semanas após o lançamento do disco “Unmasked” (1980, ainda com Peter), foi anunciado o novo baterista do Kiss. Seu primeiro show com a banda foi no New York Palladium em 25 de julho de 1980.

 

Nascido Paul Charles Caravello no Brooklyn, Nova Iorque, em julho de 1950, o músico foi o baterista que assumiu as baquetas deixadas por Peter Criss no Kiss. E Carr o fez com extrema competência. Criss era conhecido como o “Catman”, pelo fato de adorar gatos e se pintar como um para os shows. Para surpresa dos fãs da banda, a capa do disco Creatures Of The Night, de 1982, não trouxe nenhum gato. Logo acima da cabeça do Ace Frehley e ao lado de Gene Simmons, existe uma persona diferente.

 

A Raposa, ou “The Fox” era o personagem adotado por Carr durante um curto período de tempo, já que, no ano seguinte, a banda anunciou em um show transmitido ao vivo pela MTV que não tocariam mais de máscara. E assim foi até o meio dos anos 1990. Seu primeiro álbum com a banda foi o Music For The Elder (1981) — considerado um dos piores do grupo. E o Kiss já vinha de um álbum chamado Unmasked (1980), também lastimável. Ou seja, emplacaram dois álbuns fracos para, depois, lançarem o Creatures, um dos melhores discos da banda.

 

Mas a carreira de Carr não se restringe ao Kiss: antes de começar a tocar com a banda, ele fazia parte de um grupo de covers. Aos 30 anos, pensava em desistir da música, até que descobriu a saída de Criss. Como quem não queria nada, Carr levou uma demo onde cantava e tocava a música Shandi. O músico não apenas levou a tape, como entregou a fita em um envelope laranja, pra chamar a atenção. E a fita só foi ouvida porque o envelope era chamativo.

 

Nos anos 1970 e no início dos anos 1980, ninguém fora do Kiss tinha visto os integrantes da banda sem a maquiagem: Carr foi o primeiro. Quando foram tocar juntos, o baterista disse que os outros integrantes não se importavam com qualidade, só com o visual.

 

Em 1981 lançam o primeiro disco com Eric, “Music From The Elder”, um disco no mínimo estranho e um fracasso de vendas, pelo menos para o Kiss. Em 1982 saiu a coletânea “Killers” e, no mesmo ano, “Creatures Of The Night”, o último com Ace Frehley, este disco teve uma boa acolhida pelo público. A partir deste, também participou da fase “sem maquiagem” da banda, com os discos “Lick It Up” (1983), “Animalize” (1984), “Asylum” (1985), “Crazy Nights” (1987), “Smashes, Thrashes & Hits” (coletânia com 2 músicas inéditas, e Eric Carr cantando “Beth”, maior sucesso na voz de seu antecessor Peter) (1988) e “Hot In The Shade” (1989).

Carr era um baterista autodidata, que era desconhecido do público geral. E foi exatamente isso que o fez ser escolhido. Ele tocava guitarra, bateria, baixo e piano, além de ser compositor. Carr foi um dos responsáveis por dar uma cara mais hard rock ao Kiss, que tinha perdido parte da sua essência com dois álbuns fraquinhos.

 

Carr foi um dos responsáveis por salvar o Kiss. A pegada que estava em crescimento foi ele quem deu: tocava o simples no estúdio e destruía nos shows. Durante os espetáculos, Carr optava por usar o pedal duplo. Ele deixou a banda mais pesada, sem descaracterizá-la.

 

A última música gravada por Carr foi God Gave Rock And Roll To You II, para o álbum Revenge, que saiu póstumo, em 1992. Como última música do álbum, o Kiss optou por uma jam session que a banda fez durante as gravações de Elder, primeiro álbum de Carr — essa foi uma maneira da banda deixá-lo vivo para sempre.

 

Seu último show foi no Madison Square Garden em 9 de novembro de 1990.

 

Em abril de 1991, durante a gravação do próximo disco, Eric descobriu que sofria de um tipo raro de câncer no coração, tendo sido operado no mesmo mês.

 

Contudo, o câncer não regrediu, e tomou o coração de Eric, que entrou em coma pouco antes de morrer, em 24 de novembro de 1991, mesmo dia da morte de Freddie Mercury (Queen).

 

Apesar dos minuciosos acertos, Carr cometeu um grande erro: ter morrido no mesmo dia de Mercury.

 

Eric Carr faleceu em 24 de novembro de 1991, aos 41 anos em decorrência de um câncer no coração e nos pulmões, em Nova York.

(Fonte: https://entretenimento.r7.com/pop – ENTRETENIMENTO / POP / por Lucas Bigorna, do R7 – 24/11/2016)

(Fonte: https://whiplash.net)

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