Daniel Defoe, é considerado por muitos o primeiro verdadeiro romancista

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Defoe: ficção com jornalismo

Daniel Defoe, escritor e jornalista inglês, famoso pelo seu livro Robinson Crusoé.

Daniel Defoe, escritor e jornalista inglês, famoso pelo seu livro Robinson Crusoé.

Daniel Defoe (Londres, 13 de setembro de 1660 – Londres, 24 de abril de 1731), escritor e jornalista inglês, famoso pelo seu livro “Robinson Crusoé”.

Com “Robinson Crusoé”, o inglês Daniel Defoe criou um dos personagens literários mais célebres de todos os tempos e também ajudou a dar forma ao romance moderno. Mais que à ficção, no entanto, foi ao jornalismo popular que ele dedicou a maior parte de sua energia – que era, aliás, quase frenética. Deixou centenas de textos e panfletos sobre os fatos importantes de seu tempo, com mordazes críticas de costumes.

Nasceu em Londres em 1660, em St. Giles, Cripplegate, filho de James Foe, um mercador de velas. Daniel alterou seu nome para Defoe por volta de 1695. Estudou na Morton’s Academy for Dissenters, em Newington Green. Depois de servir durante algum tempo como soldado na rebelião do duque de Monmouth, estabeleceu-se bem como mercador e percorreu toda a Inglaterra, assim como o continente. Escritor prolífico e versátil, produziu uns quinhentos livros sobre uma ampla variedade de temas, inclusive política, geografia, crime, religião, economia, matrimônio, psicologia e superstição.

Gostava muito de representar papéis e se disfarçar, aptidão a que recorreu com grande efeito na qualidade de agente secreto, e, ao escrever, costumava adotar pseudônimos ou outra personalidade a fim de obter impacto retórico. Seu primeiro panfleto político conhecido (contra Jaime II) foi publicado em 1688, e seu muito vendido poema satírico The True-Born Englishman apareceu em 1701.

Dois anos depois, Defoe foi preso por causa de The Shortest Way with the Dissenters, uma sátira a respeito do extremismo da High Church (Igreja Alta), encarcerado na prisão de Newgate e submetido ao pelourinho. Voltou-se para a ficção relativamente tarde na vida e, em 1719, publicou sua grande obra imaginativa Robinson Crusoe. Seguiram-se Moll Flanders e A Journal of the Plague Year, em 1722, e seu último romance, Roxana, em 1724.

Em seu livro “Um Diário do Ano da Peste”, Defoe fez uso combinado de suas habilidades de jornalista e ficcionista. Registrou o “noticiário” da peste que assolou Londres, em 1665, mas também deu rédea solta à imaginação para criar personagens e cobrir lacunas de conhecimento – já que ele tinha apenas 5 anos na época da tragédia.

Daniel Defoe morreu no dia 24 de abril de 1731. Teve grande influência no desenvolvimento do romance inglês, sendo que muitos o consideram o primeiro verdadeiro romancista.

(Fonte: Veja, 9 de junho de 2004 – ANO 37 – N° 23 – Edição 1857 – Veja Recomenda/ Livros – Pág: 36/37)

(Fonte: http://www.companhiadasletras.com.br)

(Fonte: Veja, 12 de junho de 2002 – ANO 35 – Nº 23 – Edição 1755 – Veja Recomenda – Pág: 144/145)

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