Charles Mérieux, foi pioneiro da virologia e um dos pesquisadores mais importantes da estratégia de vacinação em massa para controlar a epidemia de meningite

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Pioneiro da virologia

 

O cientista francês Charles Mérieux

 

 

Mérieux (Lyon, 9 de janeiro de 1907 – Lyon, 18 de janeiro de 2001), cientista francês, é o pioneiro da virologia e um dos pesquisadores mais importantes da estratégia de vacinação em massa para controlar a epidemia de meningite, que assolou o Brasil entre 1974 e 1975.

 

O pesquisador foi um dos estudiosos pioneiros da medicina preventiva e da virologia industrial.

 

Nascido em 9 de janeiro de 1907, Charles Mérieux era filho do biólogo Marcel Mérieux, que foi assistente de Emile Roux, ao lado de Louis Pasteur.

 

Foi seu pai quem criou, em 1897, o Instituto Mérieux, laboratório de análises que passou a dirigir em 1937, com a morte do fundador. Antes já era responsável pelo seto veterinário do laboratório.

 

Depois da guerra, a partir de uma invenção do veterinário holandês Herman Frenckel, que conseguiu cultivar o vírus da febre aftosa in vitro, Charles Mérieux estabeleceu as bases da virologia industrial.

Sua estratégia consistiu em estender a vacinação humana à profilaxia em grande escala, como já havia dado certo no campo veterinário.

 

Em 1967, seu filho Alain foi nomeado presidente do Instituto Mérieux, o qual passou depois para controle da firma Rhône-Poulenc (1968), dentro de uma estratégia de expansão e de abertura internacional.

 

Charles Mérieux criou então a Fundação Marcel Mérieux, que realiza ações humanitárias no campo da medicina preventiva.

 

Em 1974, em colaboração com os poderes públicos brasileiros, o Instituto Mérieux colocou em andamento uma operação que permitiu a vacinação de 90 milhões de brasileiros contra uma epidemia fulminante de meningite. O próprio Mérieux definiria essa operação como “a grande aventura de sua vida”.
Ele estava de férias no Rio de Janeiro em agosto de 1974, quando a epidemia de meningite tipo A atingiu seu ápice em São Paulo. Como só seu instituto em Lyon tinha a vacina adequada, o cientista voltou para a França e, com a ajuda do filho, montou uma estrutura de produção de emergência. Seu trabalho ajudou a acabar com o surto de meningite.

 

Em 1975 enviuvou e, no mesmo ano, teve de pagar um importante resgate para salvar a vida de seu neto, Christophe, que havia sido sequestrado.
Uma de suas últimas criações foi a de um laboratório de alta segurança P4 destinado ao estudo dos vírus mais perigosos do mundo. Este laboratório foi inaugurado em março de 1999, em Lyon.

Charles Mérieux morreu em sua casa, em Lyon, na França, aos 94 anos, em de janeiro de 2001.

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/88/tributo – TRIBUTO /Por Luciana Franca – 21/01/2001)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ Folha Online – Ciência /da France Presse em Lyon (França) – 19/01/2001)

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