Aslan Maskhadov, terrorista internacional e líder eleito presidente da Tchetchênia com o apoio do Kremlin

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Aslan Maskhadov (21 de setembro de 1951 – Tolstoi-Yurt, na Chechênia, 8 de março de 2005), presidente separatista tchetcheno, eleito presidente da Tchetchênia em 1997, com o apoio do Kremlin que havia abandonado alguns meses antes a república separatista, Maskhadov, um ex-oficial do exército soviético, era considerado pelos russos um líder terrorista desde o início da segunda guerra da Tchetchênia, nos últimos meses de 1999.


Porém, Maskhadov, que sempre condenou as tomadas de reféns e as ações terroristas envolvendo civis, aparecia para muitos analistas como uma força moderadora dentro da rebelião separatista.

“A resistência da Tchetchênia vai continuar, mas corre o risco de se radicalizar”, advertiu Akhmed Zakaiev, emissário do presidente Maskhadov que não pôde confirmar nem desmentir a morte anunciada por Moscou.

“Já passamos por tal situação uma vez, quando Dudaiev foi morto”, declarou Zakaiev durante uma conversa telefônica. Zakaiev se referia ao primeiro presidente da Tchetchênia separatista, Djokhar Dudaiev (1944-1996), assssinado pelas forças russas durante o primeiro conflito russo-tchetcheno, em abril de 1996.

“Veio Maskhadov no lugar de Dudaiev, e virá outra pessoa no lugar de Maskhadov. O problema entre a Rússia e a Thetchênia tem uma longa história”, sentenciou. “Maskhadov era um fator de moderação na Tchetchênia. Ele tentava evitar uma escalada do conflito, evitar que ele se estenda a todo o norte do Cáucaso. Agora que ele está morto, a situação no Cáucaso e na Tchetchênia pode fugir do controle”, avisou Zakaiev.

Maskhadov morreu na aldeia de Tolstoi-Yurt, 10 km ao norte de Grozny, a capital tchetchena. “Houve combates em Tolstoi-Yurt. Maskhadov se escondia num bunker, debaixo de uma casa desta localidade”, especificou o porta-voz do Estado-Maior das forças russas no Cáucaso do Norte, Ilia Shabalkin, ressaltando que o corpo havia sido identificado.

O general Shabalkin informou que o líder separatista havia sido encontrado graças a informações dadas por dois combatentes capturados nos últimos dias na Tchetchênia.

Aslan Maskhadov foi morto em 8 de março de 2005, na aldeia Tolstoi-Yurt, na Chechênia, pelo serviços de segurança russos, anunciou o dirigente do FSB, Nikolay Patrushev, ao presidente da Rússia, Vladimir Putin.

 

“Uma operação foi conduzida hoje pelas forças especiais do FSB (ex-KGB) na aldeia de Tolstoi-Yurt, na Chechênia, durante a qual foi morto o terrorista internacional e líder de bandos armados Maskhadov, e durante a qual foram detidos seus mais próximos colaboradores”, declarou Patrushev ao presidente Putin, durante um encontro retransmitido pela televisão russa.

“Ainda há muito trabalho. É preciso aumentar nossos esforços para proteger a população da república tchetchena e a de toda a Rússia contra os bandidos”, respondeu Putin.

Ajmed Zakayev, emissário no estrangeiro de Maskhadov, confirmou a morte do líder separatista tchetcheno. “Sem dúvida é ele… é Maskhadov”, declarou Zakayev por telefone na Grã-Bretnha, onde recebeu asilo político.

Para as autoridades russas, que haviam prometido 10 milhões de dólares pela captura de Maskhadov após a sangrenta tomada de reféns numa escola de Beslan, na Ossétia do Norte, em setembro passado, a morte do líder separatista representa uma grande vitória.

 

(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2005/03/08/ult34u120019 – Internacional – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – MOSCOU, 8 mar (AFP) – 08/03/2005)

 

 

 

 

 

 

 

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