Arthur Penn, cineasta e produtor de cinema e televisão americano

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Arthur Penn, diretor de ‘Bonnie e Clyde’

Casal de criminosos foi interpretado por Warren Beatty e Faye Dunaway.

 

O cineasta Arthur Penn, no Festival de Berlim de 2007 (Foto: Markus Schreiber/AP)

 

Arthur Penn (Filadélfia, 1922 – 2010), cineasta e produtor de cinema e televisão americano, diretor de clássicos como Uma Rajada de Balas e Pequeno Grande Homem. Nascido na Filadélfia, em 27 de setembro de 1922.

 

Carreira
Um dos grandes nomes do cinema americano desde o fim dos anos 1950, Penn alcançou seu maior sucesso com “Bonnie e Clyde”, de 1967, que conta a história de um casal de ladrões de bancos durante a depressão econômica nos Estados Unidos (1929-1930), com roteiro de David Newman e Robert Benton. Outra obra importante, “Pequeno Grande Homem”, estrelada por Dustin Hoffman e Faye Dunaway, seria lançada três anos depois.

 

Nascido em 1922 na Filadélfia e filho de um relojoeiro, Penn começou a estudar literatura, mas teve que abandonar sua formação para lutar na Segunda Guerra Mundial. Depois, continuou estudando na Itália (Perugia e Florença, ambas no centro-norte), antes de entrar no famoso Actor’s Studio de Nova York.

 

Ingmar Bergman foi seu cineasta mais admirado e em alguns de seus filmes, Arthur Penn lança mão da precisão psicoanalítica de seu mestre na descrição dos personagens, sobretudo de heróis frustrados.

 

Durante a guerra, montou espetáculos teatrais para entreter os soldados, e antes de fazer cinema, Penn trabalhou para a emissora de televisão NBC e estas origens ficaram impressas em seus três primeiros filmes.

Arthur Penn, à direita, no set de filmagem de ‘O
milagre de Anne Sullivan’, em 1961, com Anne Bancroft (Foto: AP)

 

 

Seu primeiro longa-metragem de ficção foi “Um de nós morrerá” (1958), filme “cabeça” sobre vaqueiros dedicado a Billy The Kid, escrito por Leslie Stevens e baseado na obra televisiva de Gore Vidal. Depois se seguiu “O Milagre de Anne Sullivan” (1962), adaptação de uma peça de teatro de William Gibson sobre a educação de uma menina surda e cega, que já havia dirigido antes para a televisão. Por fim, “Mickey One” (1965), uma parábola anti-macarthista com forte influência europeia.

 

O cinema de Arthur Penn ganhou profundidade com “Caçada Humana” (1966), filme encomendado pelo produtor Sam Spiegel, com roteiro de Lillian Hellman, sobre o clima de violência em um povoado do sul dos Estados Unidos.

 

Mas foi “Bonnie e Clyde” que o levou ao topo da carreira. Três anos depois, ele rodou “Pequeno grande homem”, feito com Dustin Hoffman e novamente Faye Dunaway, que também teve boa recepção.

Entre vários filmes irregulares e fracassados, Penn filmou dois de seus melhores e menos conhecidos filmes: “Um lance no escuro” (1975), um policial tão pessoal quanto atraente, e “Amigos para sempre” (1981), um relato sobre a juventude a partir do roteiro de Steven Tesich com claros componentes autobiográficos.

Penn iniciou sua carreira na televisão, na década de 1950, e também passou pelo teatro. Sua estreia no cinema foi em 1958, com Um de Nós Morrerá, estrelado por Paul Newman.

 

O sucesso, no entanto, só veio em 1962, com O Milagre de Anne Sullivan, adaptação de uma peça que ele já havia dirigido na Broadway. O filme ganhou dois Oscars e valeu uma indicação a Penn na categoria melhor diretor.

 

Sua obra-prima é Uma Rajada de Balas (1967), longa revolucionário que contou a história do casal de assaltantes de banco Clyde Barrow e Bonnie Parker. A cena final, em que os dois são metralhados em câmera lenta, é uma das mais marcantes da história do cinema.

 

Foi a segunda indicação ao Oscar de Penn. Ele voltaria a concorrer em 1969, com Deixe-nos Viver.

 

Na década de 1970, ainda dirigiu sucessos como Pequeno Grande Homem, com Dustin Hoffman, e Duelo de Gigantes, com Marlon Brando e Jack Nicholson. A partir dos anos 1980, sua carreira entrou em declínio. Seu último filme, Inside, foi feito para a televisão em 1996.

 

O cineasta americano Arthur Penn morreu dia 28 de setembro de 2010, nos Estados Unidos, um dia depois de completar 88 anos. A morte foi confirmada por seu agente, Evan Bell, ao jornal New York Times.

Veja abaixo a filmografia de Arthur Penn:

1958. “Um de Nós Morrerá”

1962. “O Milagre de Anne Sullivan”

1965. “Mickey One”

1966. “Caçada Humana”

1967. “Uma Rajada de Balas”

1969. “Deixe-nos Viver”

1970. “Pequeno Grande Homem”

1975. “Um Lance no Escuro”

1976. “Duelo de Gigantes”

1981. “Amigos Para Sempre”

1985. “O Alvo da Morte”

1987. “Morte no Inverno”

1989. “Perseguidos por Acaso”

(Fonte: ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema – iG São Paulo – 29/09/2010)

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/09 – POP & ARTE – NOTÍCIA / Do G1, com informações de agências – 29/09/2010)

 

 

 

 

 

Arthur Penn revolucionou o cinema americano
Arthur Penn teve uma carreira de sucesso na televisão, no teatro e no cinema. Há quem diga até que ele mudou o curso da história mundial, ao dar conselhos para John F. Kennedy nos debates televisivos contra Richard Nixon pela presidência americana em 1960. Coisas simples, que hoje são regra, como olhe direto para a câmera e dê frases curtas e incisivas. Mas que ajudaram a fixar o contraste de Kennedy em relação ao prolixo e evasivo Nixon.

Mas se Penn tivesse feito apenas Bonnie & Clyde – Uma Rajada de Balas (1967) sua passagem pela Terra já estaria mais do que justificada. Este foi o filme que importou para o cinema americano a sensibilidade e a liberdade da nouvelle vague francesa (aliás, o primeiro nome a ser cogitado pelo astro Warren Beatty para dirigir o filme foi o de François Truffaut).

Depois da recusa do francês, Penn também relutou, ressabiado com alguns fracassos anteriores no cinema. Mas decidiu aceitar quando Beatty lhe garantiu o corte final do filme. Isso permitiu a Penn fazer um filme com uma carga de sexualidade e violência até então inéditos no cinema americano, sem falar na sua absoluta liberdade narrativa.

O sucesso de Bonnie & Clyde deu um norte para o combalido cinema americano da época, abalado pelo fim do sistema de estúdios. E abriu as portas para outros jovens cineastas criarem filmes autorais. Nomes como Martin Scorsese, Francis Ford Coppola, Robert Altman, Dennis Hopper, Terrence Malick, Bob Rafelson, Mike Nichols, Hal Ashby. Uma turma muito bem retratada no livro Como a geração sexo-drogas-e-rock’n’roll salvou Hollywood, de Peter Biskind.

Foi uma das melhores épocas do cinema americano, talvez a mais livre de todas. E só foi possível graças a Bonnie & Clyde. Depois, com o advento de blockbusters como Tubarão (1975) e Star Wars (1977), o cinema comercial foi encaretando lenta e decisivamente, nos EUA e no mundo, e os filmes pequenos e sofisticados de Penn e outros foram perdendo espaço.

O cineasta americano fez belos filmes antes e depois de Bonnie & Clyde, como O Milagre de Anne Sullivan (1962) e Pequeno Grande Homem (1970). Também teve uma trajetória relevante em televisão e teatro. Mas o reconhecimento a sua obra nunca chegou perto ao de Uma Rajada de Balas. Seu último trabalho lançado no cinema foi Inside (1996). O fato de ele ter ficado 14 anos sem dirigir um filme, mesmo que em boas condições de saúde, é bastante sintomático das mudanças do cinema americano.
(Fonte: iG São Paulo – 29/09/2010 – colunistas.ig.com.br/ricardocalil /cultura/cinema)

 

 

 

 

 

Arthur Penn (1922-2010), diretor do filme “Bonnie and Clyde.
“Bonnie and Clyde, lançado em 1967, foi um dos filmes mais revolucionários por tratar sexo e violência de uma forma nunca antes vista no cinema.

Penn era considerado um pioneiro da televisão nos anos 1950 e se consagrou na Broadway nos anos 1960. Ele desenvolveu uma técnica espontânea de dirigir os atores que o permitia trabalhar em diversos meios.

Em 1957, ele dirigiu “The Miracle Worker, de William Gibson, para a televisão, pelo qual foi indicado ao Emmy como escritor. Em 1959, ele foi indicado ao Tony pelo mesmo trabalho.

Atualmente, ele trabalhava como produtor executivo da série Law & Order.

 

Morreu na terça-feira (28 de setembro), de uma falha no coração, aos 88 anos, nos Estados Unidos. De acordo com o jornal “New York Times”, sua morte foi confirmada por Evan Bell, um amigo e consultor de Penn durante 25 anos. Ele havia completado 88 anos na segunda-feira.

Confira os principais filmes do diretor de “Bonnie and Clyde”
Confira os principais filmes dirigidos por Arthur Penn

“Um De Nós Morrerá” (1958)

“O Milagre de Anna Sullivan” (1962)

“Mickey One” (1965)

“Caçada Humana” (1966)

“Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas” (1967)

“Deixem-nos Viver” (1969)

“O pequeno Grande Homem” (1970)

“Um Lance No Escuro” (1975)

“Duelo de Gigantes” (1976)

“Amigos Para Sempre” (1982)

“Target” (1985)

“A Morte no Inverno” (1987)

“Pen e Teller – Perseguidos Por Acaso” (1989)

(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ilustrada – ILUSTRADA –  29/09/10)

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