Apolônio Melônio, referência do bumba meu boi no Maranhão

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Ícone do bumba meu boi

Apolônio Melônio (São João Batista, Maranhão, 1918 – Maranhão, São Luís, 2 de junho de 2015), referência do bumba meu boi no Maranhão. Mestre Apolônio foi fundador do Boi da Floresta, um dos mais tradicionais no Maranhão

Seu Apolônio criou, em 1971, o bumba meu boi da floresta sotaque de Pindaré, mas o mestre demonstrou muito mais cedo a paixão pela principal brincadeira do folclore maranhense. Aos oito anos de idade, ainda na cidade de São João Batista, onde nasceu, foi pela primeira vez amo de um boizinho, e não parou mais.

Mestre Apolônio Melônio, fundador do Boi da Floresta, um dos mais tradicionais do sotaque da baixada, e um dos grandes mestres da cultura do Maranhão.

Em São Luis, trabalhou como estivador e foi um dos sobreviventes do acidente do navio Maria Celeste, que pegou fogo na baia de São Marcos, em 1954.

Mestre Apolônio lutou a vida toda pela sobrevivência do bumba meu boi: patrimônio imaterial do Brasil. Foi um dos fundadores do Boi de Pindaré, ao lado do cantador Coxinho. Além do Boi da Floresta, tinha, também, um tambor de crioula.

Simplicidade e paixão pelo bumba meu boi: era assim o mestre cantador que, também, gostava de passar adiante o que aprendeu com a cultura. Um homem que fez da vida uma constante celebração à cultura popular.

Folclore Maranhense
Apolônio Melônio veio para São Luís em 1939. Sobreviveu ao acidente do navio Maria Celeste, que pegou fogo na Baía de São Marcos em 1954. Além de trabalhar como estivar, ele dedicou a vida à manutenção da tradição folclórica do bumba meu boi, Patrimônio Cultural Brasileiro.

Ao lado de mestre Coxinho, foi um dos fundadores do boi de Pindaré, conhecido pela exuberância dos cazumbás e sonoridade singular. Há 42 anos criou o tradicional boi da Floresta, sediado no bairro da Floresta, em São Luís. O grupo mantém o sotaque de Pindaré, que marca o legado de mestre Apolônio para a cultura maranhense.

Documentário
A cineasta Giselle Bossard decidiu homenagear mestre Apolônio em um documentário que conta a história do boi da Floresta e, ao mesmo tempo, relata a vida de dedicação do amo do boi para preservar a cultura popular do Estado.

Apolônio Melônio, de 96 anos, morreu em 2 de junho de 2015, por insuficiência renal.

Ele morreu após passar 14 dias internado a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Alta Complexidade Dr. Carlos Macieira, no Calhau, em São Luís. Ele foi internado no dia 20 apresentando quadro clínico de infecção urinaria e insuficiência respiratória grave.

NOTA

A cultura maranhense perde um dos seus mais autênticos representantes, cujo legado inspira gerações. Nascido em São João Batista, em 1918, Apolônio Melônio desde criança já demostrava seu talento artístico.

Participou do Boi de Viana, fundou os Bois de Pindaré e da Floresta, conhecido como Boi de Apolônio. Sua capacidade e dedicação pela cultura popular foram reconhecidas pelo governo federal, em 2011, quando recebeu a ordem do mérito cultural, maior honraria concedida aos artistas brasileiros.

Nessa hora de dor, o Governo do Maranhão presta suas homenagens e sentimentos aos familiares, amigos e admiradores deste grande artista.

(Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2015/06 – MARANHÃO – Do G1 MA – 02/06/2015)

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