Álvaro Arzú, ex-presidente guatemalteco e atual prefeito da Cidade da Guatemala, que firmou os tratados de paz neste país

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Ex-presidente da Guatemala

 

Álvaro Enrique Arzú Irigoyen (Cidade da Guatemala, 14 de março de 1946 – 27 de abril de 2018), ex-presidente guatemalteco e atual prefeito da Cidade da Guatemala, que firmou os tratados de paz neste país

O político, que como o presidente firmou os acordos de paz de 29 de dezembro de 1996 para acabar com 36 anos de guerra civil com a guerrilha de esquerda.

Como presidente, Arzú foi quem assinou, em 29 de dezembro de 1996, os acordos de paz com a guerrilha Unidade Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG), que puseram fim a 36 anos de conflito armado interno que deixou cerca de 250.000 vítimas, entre mortos e desaparecidos, além de mais de um milhão de deslocados internos.

Arzú era um destacado e polêmico político que foi eleito prefeito da Cidade da Guatemala em cinco ocasiões, sendo três consecutivas.

Arzú foi um homem polêmico e controverso, e contra ele havia uma petição de desaforo pelos delitos de financiamento eleitoral ilícito e malversação nas eleições de 2015, as quais ganhou para um quarto mandato consecutivo e o quinto no seu histórico como prefeito da Cidade de Guatemala.

No entanto, uma Sala de Apelações decidiu não retirar o privilégio do ex-presidente porque entendia que não havia indícios.

Segundo o Ministério Público e a Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), Arzú contratou a cooperativa do detento Byron Lima (1969-2016), conhecido como “rei dos presídios” e assassinado em julho de 2016, para elaborar uniformes da prefeitura e propaganda eleitoral pagos com fundos públicos, além de ter criado vagas fantasmas a favor do ex-mulher do prisioneiro.

O Ministério Público guatemalteco o tinha na mira há meses e o acusava de corrupção e financiamento ilícito eleitoral nas eleições de 2015.

Mas em março passado, um Tribunal de Apelações da capital rejeitou retirar o foro privilegiado de Arzú, conforme solicitado pelo Ministério Público e pela Comissão Internacional contra a Impunidade na Guatemala (CICIG), órgão ligado à ONU, em outubro.

 

 

O ex-presidente guatemalteco Álvaro Arzú – (Foto: AFP/Arquivos)

 

 

Segundo a procuradora-geral Thelma Aldana, o prefeito recebeu bens e serviços de uma empresa entre 2013 e 2015 para sua campanha política, mas que foram pagos com fundos municipais.

A empresa era de propriedade do capitão aposentado Byron Lima, que foi morto em julho de 2016 durante uma rebelião na prisão onde estava detido após ter sido condenado pela morte do renomado bispo Juan Gerardi em 1998, que ocorreu durante o governo de Arzú.

Geralmente prepotente e pouco afeito a declarações à imprensa, Arzú era um aliado do presidente Morales, que também enfrenta acusações de financiamento ilícito eleitoral em 2015, quando venceu as eleições.

 

Sua última aparição pública foi em 25 de abril, quando, junto com o agora presidente, Jimmy Morales, apresentou o Plano de Administração de Vulnerabilidade e Emergências da Cidade da Guatemala.

Arzú também foi chanceler durante o governo do ex-presidente Jorge Serrano Elías (1990-93), exilado no Panamá depois de um auto-golpe de Estado.

Como chanceler, Arzú assinou a independência da ex-colônia britânica de Belize, ainda que entre os dois países persista um litígio territorial centenário que agora tenta ser resolvido no Tribunal Internacional de Haia.

Arzú faleceu em 27 de abril de 2018, aos 72 anos, vítima de um infarto.

Arzú estava jogando golfe quando sofreu o infarto e foi levado a um hospital, onde morreu.

Após saber de sua morte, diversas personalidades expressaram suas condolências à sua mulher e ex-primeira-dama do país, Patricia de Arzú, e a seus três filhos, entre eles Álvaro Arzú Escobar, presidente do Congresso (2018-2019) e deputado pelo Partido Unionista para o período 2016-2020.

“A Guatemala perdeu um grande homem, que dedicou sua vida a servir. Estadista, líder e um verdadeiro amigo”, escreveu no Twitter o presidente Jimmy Morales.

O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, também expressou suas condolências através da rede social.

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2523 – MUNDO / POR AFP – 27/04/18)

(Fonte: http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2018/04/27 – Jornal do Brasil – INTERNACIONAL – NOTÍCIAS – 27/04/2018)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2018/04/27 – Cidade da Guatemala (EFE)- 27 abr 2018)

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