Alda Merini, considerada a última grande expoente deste gênero na Itália

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Poetisa italiana

A Outra Verdade é um dos seus poemas mais famosos.

 

Alda Giuseppina Angela Merini (Milão, 21 de março de 1931 – Milão, 1° de novembro de 2009), poetisa italiana, uma das vozes mais importantes da poesia italiana do século XX, a quem o cineasta Pier Paolo Pasolini chamava carinhosamente de a garota milanesa”. A poetisa era considerada a última grande expoente deste gênero na Itália.

 

Com vários poemas compilados, entre eles A Terra Santa, que relata sua própria experiência de loucura e internamento, ela obteve, em 1993, o prêmio Librex Montale, a maior consagração na Itália aos poetas contemporâneos.

 

Merini dedica a sua obra aos excluídos, aos que sofrem e, sobretudo, à loucura. Ela própria esteve internada algum tempo num centro para doentes mentais.

 

Alda, começou a publicar poesia aos 15 anos e o seu primeiro livro, “La presenza di Orfeo” (1953), obteve o aplauso da crítica, que a acolheu como “uma menina prodígio”.

 

Ao livro de estreia seguiram-se “Paura di Dio” (1955), “Nozze romane” (1955) e “Tu sei Pietro. Anno 1961” (1962).

 

A poetisa nasceu em Milão em 1931. Seu primeiro livro de poesia, La presenza di Orfeo (A Presença de Orfeu), publicado em 1953, foi muito bem recebido pela crítica. Seguiram-se Paura di Dio (Medo de Deus, 1955), Nozze romane (Núpcias romanas, 1955), Tu sei Pietro. Anno 1961 (Tu és Pedro. Ano 1961, 1962).

 

Após um silêncio editorial que se prolongou por 20 anos, Alda Merini voltou a publicar poesia: Destinati a morire. Poesie vecchie e nuove (Destinados a morrer. Poemas velhos e novos, 1980), La Terra Santa (A Terra Santa, 1985) e Testamento (1988).

 

Nos anos 90 deu início a uma nova fase, com o aparecimento dos livros em prosa centrados em sua própria pessoa. Assim, surge L’altra verità. Diario di una diversa (A outra verdade. Diário de uma pessoa diferente, 1986), Delirio Amoroso (Delírio Amoroso, 1989), Il tormento delle figure (O tormento das figuras, 1990), Le parole di Alda Merini (As palavras de Alda Merini, 1991), La pazza della porta accanto (A louca do lado, 1995), La vita facile. Sillabario (A vida fácil. Silabário, 1996) e Lettere a un racconto. Prose lunghe e brevi (Cartas a um conto. Prosas longas e breves, 1998).

 

Segundo a própria, existem “dois tempos” na sua poesia. “Um, o primeiro – precisa -, o tempo da minha adolescência, que surpreendeu alguns leitores pelos voos do verso, pelas assonâncias, pelo relevo dos mitos, e o segundo tempo, que se seguiu ao internamento”.

 

Depois, e durante cerca de 20 anos, a poetisa não publicou, só voltando ao contacto com os leitores em 1980 com “Destinati a morire. Poesie vecchie e nuove”.

 

A sua vida e a sua obra estão marcadas pela alternância entre a loucura e a lucidez, como ficou patente na que é considerada a sua obra mais importante, “A Terra Santa” (1984), já traduzida em Portugal (Livros Cotovia), com a qual ganhou vários prêmios.

 

“Delirio amoroso” (1989), “Il tormento delle figure”, “Vuoto d’amore” (1991), “Ipotenusa d’amore” (1992), “La pazza della porta accanto” (1995), “Folle, folle, folle d’amore per te” (2002) são outras das suas obras.

 

Entretanto, em finais dos anos 80, Merini encetara a escrita de livros em prosa centrados na sua experiência pessoal, com destaque para “L’altra verità. Diario di una diversa” (1986), “Il tormento delle figure” (1990), “Le parole di Alda Merini” (1991), “La vita facile. Sillabario”(1996) e “Lettere a un racconto. Prose lunghe e brevi” (1998).

 

Em 1996, Alda Merini tinha sido indigitada para o Prêmio Nobel da Literatura, uma candidatura apoiada, sobretudo, pelo escritor italiano Dario Fo (Nobel em 1997).

 

Merini era considerada a maior poetisa italiana viva e uma das grandes escritoras do século XX na Itália.

 

Escritora tinha 78 anos e faleceu no hospital São Paulo de Milão.

Numerosas personalidades políticas e culturais italianas prestaram homenagem a esta “voz poética inspirada e límpida”, segundo os termos do presidente da República, Giorgio Napolitano. Para o prêmio Nobel, Dario Fo, “era uma extraordinária figura poética”.

“A minha poesia tem para mim a importância da minha própria vida, é a minha palavra interior, a minha vida”, dizia Alda Merini.

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/PopArte – NOTÍCIAS / POP & ARTE / LITERATURA / Da France Presse – 01/11/09)

(Fonte: https://www.dn.pt/artes/livros – DIÁRIO DE NOTÍCIAS / ARTES / LIVROS – 2 Novembro 2009)

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