Billy Graham, evangelista americano, foi conselheiro de presidentes dos EUA e se encontrou com diversos líderes mundiais

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Evangelista americano Billy Graham, é considerado o pastor mais ouvido da história

 

 

Billy Graham morreu nesta quarta, aos 99 anos, em sua residência; ele é considerado o pastor mais ouvido da história Foto: Monica Almeida/The New York Times

Billy Graham; ele é considerado o pastor mais ouvido da história (Foto: Monica Almeida/The New York Times)

 

O “pastor da América”

Reverendo foi conselheiro de presidentes dos EUA e se encontrou com diversos líderes mundiais.

 

Billy Graham em foto de 2005 (Foto: Henny Ray Abrams/AP)

 

Famoso pregador americano orou para quase 300 milhões de pessoas em centenas de países e com auxílio da tecnologia; Graham aconselhou vários presidentes americanos, de Harry Truman a Barack Obama

 

William Franklin “Billy” Graham Jr (Charlotte, 7 de novembro de 1918 – Montreat, na Carolina do Norte, 21 de fevereiro de 2018), evangelista americano, o pastor mais ouvido da história, foi conselheiro espiritual de diversos presidentes que pregou para milhares de pessoas no mundo todo. Visto como o pregador mais conhecido do mundo, Graham atraiu as massas, que os seguiam em seus programas de rádio e televisão.

Biografia

 

Nascido em uma fazenda leiteira em Charlotte, Carolina do Norte, Billy Graham foi levado pelos pais para a Associação de Igrejas Presbiterianas ReformadasFrank Graham e Morrow Coffey Graham, que mudou a denominação Batista Sulista em 1934 durante um encontro presbiteriano, conduzido pelo pastor Mordecai Ham. Graham foi ordenado no ministério Batistas Sulista em 1939.

 

Após terminar o ensino médio na Escola Sharon (Sharon High School) em Maio de 1936, Graham foi para a Faculdade Bob Jones (Bob Jones College), agora chamada de Universidade Bob Jones (Bob Jones University), localizado na cidade de Cleveland, no Tennessee, mas achou extremamente sectário e transferiu para o Instituto Bíblico da Flórida, agora Faculdade Trinity da Flórida (Trinity College of Florida), e terminou o curso de teologiana Faculdade de Wheaton (Wheaton College), no estado de Illinois em 1943. Durante o tempo que esteve na Faculdade de Wheaton, Graham afirmou que a Bíblia é a “palavra infalível de Deus”.

 

Depois de se formar na faculdade, o Sr. Graham pastoreou a igreja da vila de Western Springs (agora Western Springs Baptist Church) em Western Springs, Ill., Antes de se juntar Mocidade para Cristo, uma organização fundada para o ministério da juventude e militares durante a Segunda Guerra Mundial. Ele pregou em todo os Estados Unidos e na Europa na era pós-guerra imediato, emergindo como um jovem evangelista ascendente.

 

Ainda em 1943, Graham se juntou à Henrietta Mears da Primeira Igreja Presbiteriana de Hollywood que foi de ajuda imprescindível para a escolha do primeiro acampamento criado por ele chamado de Forest Home Christian Camp (agora chamado de Forest Home Ministries), às margens do lago Big Bear (Grande Urso) localizado no sudoeste da Califórnia.

 

Família

 

Billy Graham casou-se em 1943 com Ruth Bell que depois passou a se chamar Ruth Graham, filha de missionários presbiterianos na China, o pai dela L. Nelson Bell era cirurgião geral e destacado membro na história da antiga Presbyterian Church in the United States. Poucas pessoas tiveram mais influência em Billy Graham do que o Dr. Bell.[2] O casal tem 5 filhos, 19 netos e 28 bisnetos. Os filhos Franklin Graham e Anne Graham Lotz também são evangelistas, e atualmente controlam os negócios do pai, parcialmente aposentado devido à idade avançada, ao mal de Parkinson e a outras doenças. Em 14 de junho de 2007, faleceu a Sra. Ruth Bell Graham em Montreat, Carolina do Norte, na casa do casal Graham.

 

 

Cruzadas

 

 

Em suas chamadas “cruzadas”, eventos evangélicos de massa que organizava desde 1948 em estádios, parques e outros locais públicos, Billy Graham já alcançou uma audiência direta de quase 210 milhões de pessoas em 185 países. O foco de seus sermões geralmente é “Jesus Cristo é o único Caminho de Salvação.”[3]

 

A primeira “cruzada” feita com sucesso ocorreu na Austrália, em 1959. Esta cruzada foi considerada o início da evangelização em massa na história australiana e teve efeitos consistentes no crescimento do protestantismo em todo o mundo, tendo como consequência uma criação de numerosas igrejas em um período de 15 anos.

 

A partir de 1949, Graham sai da obscuridade devido a influência dos dois principais jornalistas americanos da época, William Randolph Hearst e Henry Luce. O interesse de Hearst em Graham permanece um mistério, porque ambos nunca se encontraram.

 

Em 24 de junho de 2005, Billy Graham iniciou o que seria a sua última cruzada pela América do Norte, no Flushing Meadows Park em Nova York. Mas em Março de 2006, Billy Graham organizou o Festival da Esperança.

 

Após a doença do pai, Franklin Graham cuida da instituição e das cruzadas e seu filho , Will Graham, organiza cruzadas entre os jovens.

 

 

Política

 

Politicamente, Graham foi registrado como membro do Partido Democrata Americano, apesar de que nos últimos anos, ele adotou uma posição flexível, escolhendo o partido mais apropriado para expor as suas ideias. Ele tem relações com os ex-presidentes Dwight Eisenhower, Richard Nixon, Lyndon B. Johnson, Bill Clinton, e da família Bush.

 

Ele desfrutou de um relacionamento extremamente restrito com o ex-presidente Richard Nixon e em 1960 ajudou-o na campanha para presidente dando um forte suporte dos protestantes evangélicos, principalmente presbiterianos e batistas, que estavam preocupados com a candidatura do católico romano, John Kennedy.

 

Após a vitória presidencial de Nixon em 1968, Graham foi o conselheiro oficial, visitando com frequência a Casa Branca, servindo ocasionalmente serviços privativos religiosos para os presidentes americanos desde então. A apenas dois dias das eleições presidenciais de 2000, Graham foi chamado para fazer a oração no café da manhã presidencial na Flórida com George W. Bush que depois foi chamado formalmente para endossá-lo pelos seus atendimentos espirituais.

 

 

Trajetória

Graham se tornou capelão não oficial da Casa Branca para todos os presidentes desde Harry Truman (1945-1953), além de ter se encontrado com diversos líderes mundiais.

O famoso evangelista americano Billy Graham, que aconselhou presidentes americanos e pregou o evangelho cristão a milhões de pessoas em todo o mundo, da sua comunidade local na Carolina do Norte à Coreia do Norte, era uma figura poderosa no auge de sua pregação, com seus estilo rígido e seus olhos azuis penetrantes, perambulando no palco e erguendo uma Bíblia ao declarar Jesus Cristo como a única solução para os problemas da humanidade.

O “pastor da América”, foi um líder evangélico norte-americano que foi conselheiro de vários presidentes dos Estados Unidos e pregou a literalidade da palavra da Bíblia, a 200 milhões de pessoas em 185 países, de viva voz, e a muitas mais pela rádio, televisão e Internet.

Ao longo da sua carreira de mais de 70 anos foi ouvido por políticos tão variados como Al Gore e Sarah Palin. Tornou-se o capelão “de fato” da Casa Branca para vários Presidentes – sobretudo para Richard Nixon. George W. Bush contou que deixou a bebida por causa de uma conversa com Billy Graham. Levou a mensagem de que “só Jesus Cristo podia resolver os problemas do mundo” desde a sua Carolina do Norte à capela real do Palácio de Windsor, para a rainha Isabel II e o príncipe Filipe, e à Coreia do Norte.

“Ele foi provavelmente o líder religioso mais importante de sua era”, disse William Martin, autor de um livro sobre ele.

 

Conhecido mundialmente, o pastor evangélico pode ser considerado como o principal pregador da história

 

Billy Graham em foto de 1961 com o presidente John F. Kennedy (Foto: Associated Press)

 

Ele pregou para mais pessoas do que qualquer outro evangelizador na história, Graham pregou em 185 dos 195 países do mundo e converteu ao Cristianismo mais de 3 milhões de pessoas, chegando a centenas de milhões de pessoas pessoalmente ou via TV e links por satélite.

Graham propagava sua mensagem via rádio, televisão, linhas telefônicas e satélites. Cerca de 77 milhões de pessoas o assistiram pessoalmente e outras 215 milhões viram seus discursos pela TV ou por links via satélite.
Graham foi o capelão de facto da Casa Branca para vários presidentes americanos, o mais notório deles Richard Nixon. Ele também se encontrou com muitos líderes mundiais e foi o primeiro evangelizador que conseguiu romper a barreira da Cortina de Ferro, durante a Guerra Fria, e levar sua mensagem aos países do leste europeu.
No seu auge, Graham tinha um estilo de pregar com falar rápidas e explosivas que lhe renderam o apelido de “Metralhadora de Deus”. Durante suas “Cruzadas por Cristo”, Graham disseminou campos de devoção em todo o território americano que se tornariam terreno fértil para o crescimento do movimento político conservador pelo direito religioso.
Sua influência foi ampliada por uma organização que, cuidadosamente, planejou sua campanhas religiosas o colocando em conferências internacionais e seminários de treinamentos para líderes evangélicos, disse Martin.
O domínio de Graham em relação aos meios de comunicação também foi algo inovador. Além do rádio e de publicações impressas, ele usou linhas telefônicas, a TV e transmissões por satélite para enviar sua mensagem para milhões de lares, igrejas e auditórios em todo o mundo.
Ao menos 77 milhões de pessoas acompanharam suas pregações pessoalmente e mais de 215 milhões assistiram suas cruzadas por meio de TVs ou links via satélite, afirmou o porta-voz de Graham.
Desde 1955 que aparece na lista de Gallup dos homens mais admirados pelos norte-americanos mais de 60 vezes, diz a NBC – basicamente, desde que esta questão começou a ser feita.
Em uma rara viagem em seu últimos anos de vida, Graham celebrou seu 95º aniversário, em 7 de novembro de 2013, em um hotel de Asheville, na Carolina do Norte, acompanhado por mais de 800 convidados, incluindo a política republicana Sarah Palin, o magnata da mídia Rupert Murdoch, o então apresentador de reallity show (e hoje presidente dos EUA), Donald Trump, e a apresentadora de TV, Kathie Lee Gifford.
A celebração incluiu um vídeo com um sermão que seu filho, Franklin, disse ser a última mensagem de Graham para os EUA. O pastor trabalhou por cerca de um ano na gravação, que foi exibida pela emissora Fox News. Na mensagem, ele afirmou que os EUA precisavam de “um despertar espiritual”.
“Ele foi provavelmente o líder religioso dominante da nossa era”, disse William Martin, autor de “A Prophet With Honor: The Billy Graham Story” (“Um Profeta com Honra: a História de Billy Graham”, em tradução livre). “Não mais do que um ou dois papas, talvez uma ou outra pessoa, chegam perto do que ele conseguiu realizar.”

O conselheiro de Presidentes e televangelista que se tornou um dos mais importantes líderes religiosos mundiais

 

Conselhos

 

O evangelizador começou a se encontrar com presidentes americanos durante o mandato de Harry Truman (33º presidente dos EUA), que assumiu a Casa Branca em 1945. Ele mergulhou na piscina da Casa Branca com Lyndon Johnson (36º), jogou golfe com Gerald Ford (38º) e viajou com George H. W. Bush (41º).

 

George W. Bush (43º presidente dos EUA) creditou a Graham a redescoberta de sua fé. Em 2010, quando o pastor já tinha dificuldades para viajar, Barack Obama (44º) foi até ele em sua cabana de madeira nas montanhas Blue Ridge, na Carolina do Norte.

 

Os laços de Gragam com a Casa Branca eram mutuamente benéficos. Sua reputação crescia como o pregador dos presidentes americanos enquanto que os políticos se tornavam mais populares entre os eleitores influenciados por questões religiosas.

 

“Suas vidas pessoais – de alguns deles – eram difíceis”, disse Graham, um eleitor democrata registrado, à revista Time em 2007 sobre os políticos com quem teve contato. “Mas eu amei a todos eles. Eu admirei todos eles. Eu sabia que eles tinham fardos que iam além de qualquer coisa que eu jamais poderia saber ou entender.”

 

“Metralhadora de Deus”

“Foi provavelmente o líder religioso mais importante do seu tempo”, comentou à Reuters William Martin, autor da biografia A Prophet With Honor: The Billy Graham Story. “Não terá havido mais do que um dois Papas, ou talvez uma ou duas outras pessoas, que se tenham aproximado do que ele conseguiu.”

 

 

Com os ex-Presidentes George H.W. Bush, Bill Clinton e Jimmy Carter, na inauguração da Associação Evangélica Billy Graham em Charlotte (Carolina do Norte), em 2007

 

 

Encheu estádios, em eventos aos quais chamou “cruzadas”, recorda o New York Times. Nos seus tempos áureos, disparava discursos de uma oratória rápida e inflamada que lhe valeram a alcunha “Metralhadora de Deus”. Espalhou a sua influência através de “convicção religiosa, presença de palco e perspicaz uso dos meios e tecnologias de comunicação”, diz o jornal de Nova Iorque. A última dessas cruzadas foi em 1995, em Nova Iorque.

 

A partir dos anos 1950, levou os evangélicos a reconquistar influência social face aos católicos e protestantes, invertendo a tendência de recuo que se iniciou após o célebre julgamento Scopes, em 1925, em que radicais religiosos tentaram desafiar a teoria da Evolução através da Seleção Natural de Charles Darwin, e impedi-la de ser ensinada. Semeou o terreno para o crescimento da direita conservadora americana.

 

No entanto, nos últimos anos Graham afastou-se do movimento político evangélico que ajudou a criar e evitou os temas polêmicos caros aos conservadores religiosos.

 

Foi um sólido anticomunista, apoiou a guerra do Vietnã e opôs-se aos protestos à continuação da guerra. Após o fim da Guerra-Fria, visitou a União Soviética duas vezes, e levou as suas cruzadas à Europa de Leste e à China. Em 1990, subiu ao topo do Muro de Berlim e autoproclamou-se “embaixador do Reino de Deus”.

 

 

Billy Graham na China, em 1988 (Foto: Edward Nachtrieb/REUTERS)

 

Devia ter ido a Selma

 

Foi um apoiante de Richard Nixon – a sua voz surgiu em gravações secreta de Nixon, divulgadas apenas em 2002, em que fazia afirmações antissemitas, pelas quais pediu desculpa. Os dois homens diziam que os “judeus liberais” controlavam os media e eram responsáveis por disseminar pornografia.

Graham pediu desculpa e disse que ouvir-se, passados todos aqueles anos, tinha sido “o maior choque” da sua vida.

 

Apesar de ter começado como um segregacionista, o que estava de acordo com o conservadorismo das suas origens do Sul fundamentalista dos EUA, teve uma evolução. Não apoiou o movimento dos direitos civis dos anos 1960, sublinha o Washington Post. Mas, numa entrevista em 2005, à Associated Press, antes da sua “cruzada” final em Nova Iorque, disse que um dos seus grandes arrepedimentos era não se ter juntado a essa luta.

“Acho que errei ao não ter ido a Selma”, com outros líderes religiosos que se juntaram à histórica marcha no Alabama conduzida por Martin Luther King. “Gostava de ter feito mais”, disse.

 

Doença

Ele sofria de mal de Parkinson há mais de 15 anos, causando acúmulo de fluido em seu cérebro e com isso pneumonia, osteoporose, ossos quebradiços e recentemente revelado que ele sofria de câncer de próstata.

Billy Graham morreu em 21 de fevereiro de 2018 aos 99 anos. O reverendo morreu em sua casa em Montreat, na Carolina do Norte, de acordo com Jeremy Blume, porta-voz da Associação Evangélica Billy Graham.

(Fonte: http://www.jmnoticia.com.br/2018/02/21 – Da Redação JM Notícia – 21 de fevereiro de 2018)

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA / Por G1 – 21/02/2018)

(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – Nº 19.018 – 22 de fevereiro de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 33)

(Fonte: https://www.publico.pt/2018/02/21/mundo/noticia – MUNDO – NOTÍCIA – EUA / Por Clara Barata – 21 de Fevereiro de 2018)

(Fonte: http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS – GERAL – INTERNACIONAL / Por  REUTERS / O Estado de S.Paulo – 21 Fevereiro 2018)

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