
A atriz Yara Amaral na novela ‘Sol de Verão’ (1982). (Imagem: Nelson Di Rago/Memória Globo)
Yara Amaral (nasceu em São Paulo, em 16 de setembro de 1936 – faleceu em Rio de Janeiro, em 1º de janeiro de 1989), foi uma das maiores atrizes brasileira, no auge de sua carreira, ela havia trabalhado em novelas da Globo como “Dancin’ Days” (1978), “Cambalacho” (1986) e “Anos Dourados” (1986).
Nascida em São Paulo, em 1936, ela sonhava ser professora de matemática. No entanto, começou a se interessar pelas artes através do teatro amador e se formou na Escola de Arte Dramática, da USP, em 1964.
A grande atriz de teatro e TV Yara Amaral, que tinha acabado de gravar as suas últimas cenas da novela Fera Radical, na Rede Globo, teve um desfecho trágico neste réveillon, no Rio de Janeiro. O barco Bateau Mouche IV afundou na Baía de Guanabara quando se dirigia com um grupo de turistas para assistir do alto mar o espetáculo da queima de fogos na praia de Copacabana.
Yara Amaral começou sua carreira em São Paulo, em 1962. No mesmo ano, entrou para a Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD), onde se forma em 1965, quando estreou profissionalmente na peça “Hedda Gabler”, de Ibsen.
Em 1966, passou pelo Teatro de Arena onde, interpretando um pequeno papel em “O Inspetor Geral”, de Gogol, é aplaudida em cena aberta.
Mudando-se para o Rio de Janeiro, participa do Grêmio Dramático Brasileiro, de Aderbal Freire Filho, destacando-se na peça “Réveillon”, de Flávio Márcio, 1974.
No mesmo ano, protagoniza outro ambicioso espetáculo experimental, “Avatar”, de Paulo Afonso Grisolli, dirigido por Luiz Carlos Ripper.
Pelo conjunto desses dois trabalhos ganha seu primeiro Prêmio Molière.
Contracena com Fernanda Montenegro em “A Mais Sólida Mansão”, de Eugene O’Neill, em 1976; e tem expressivo desempenho em “Os Filhos de Kennedy”, em 1977.
No ano seguinte, participa do elenco de “Os Veranistas”, de Gorki, espetáculo inaugural do Teatro dos Quatro.
Ganha seu segundo Prêmio Molière protagonizando uma comédia inconseqüente, “Eu Posso?”, de Reinaldo Loy (1982).
Em 1983, volta ao Teatro dos Quatro, para fazer Goneril na montagem de “Rei Lear”, de William Shakespeare, dirigida por Celso Nunes. Desde então se torna atriz convidada permanente do Teatro dos Quatro, onde fez um trabalho por ano, sempre em papéis de peso: “Assim É… (Se Lhe Parece)”, de Luigi Pirandello (1984); “Sábado, Domingo e Segunda”, de Eduardo de Filippo (1986), um desempenho comovente, premiado com o seu terceiro Molière; o monólogo “Imaculada”, de Franco Scaglia (1986); “Cerimônia do Adeus”, de Mauro Rasi (1987); e o papel-título em “Filomena Marturano”, de Eduardo De Filippo (1988), que foi sua última peça.
Yara atuou, também, em papéis de destaque em várias telenovelas, como “A pequena órfã” (Excelsior), “E nós, aonde vamos?” (Tupi), “Dancin Days”, “O amor é nosso”, “Sol de verão”, “Guerra dos sexos”, “Um sonho a mais”, “Cambalacho”, “Anos dourados” e “Fera radical”, sua última novela.
No cinema estreou em 1975 com “O rei da noite” de Hector Babenco e fez outros filmes importantes como “A Dama do lotação”, “Mulher objeto” e “Leila Diniz”.
Foi casada com Luís Fernando Goulart e deixou dois filhos, Bernardo e João Mário.
Bateau Mouche: atriz da Globo previu própria morte no ‘Titanic brasileiro’
A série “Bateau Mouche: Naufrágio da Justiça”, cujo segundo capítulo foi disponibilizado hoje na Max, recria os últimos momentos das 55 vítimas da tragédia que chocou o Brasil no Réveillon de 1988 para 1989.
Atriz da Globo estava no barco
Yara Amaral foi uma das vítimas da tragédia, aos 52 anos.
Yara não sabia nadar e adiou o passeio por três anos. Ela foi com a mãe, Elisa Gomes, que na época tinha 73 anos, e o casal Dirce e Silvio Grotkowski, donos da empresa de cosméticos Payot. Além de Yara, Elisa também morreu no naufrágio, enquanto Dirce e Silvio sobreviveram. Os dois filhos da atriz, João Mário e Bernardo, com 13 e 15 na época, também iriam, mas trocaram o passeio por uma festa na casa de amigos.
Um mês antes da tragédia, ela “previu” a própria morte. Em um almoço de família, seus filhos fizeram uma brincadeira com o fato de Yara não saber nadar, e ela comentou que tinha um sonho recorrente com uma morte na água: “Desde pequena, eu sempre tive a impressão de que um dia uma onda me levaria”.
Em entrevista para Splash, em 2021, a sobrinha de Yara disse que a atriz não morreu afogada. “Quando ela foi ao banheiro e viu a água subindo no vaso sanitário, ela sofreu um ataque cardíaco. Na verdade, ela não morreu afogada, ela teve um infarto só de ver a água entrando no barco”, contou Larize Ferreira Amaral. Isso porque seu corpo não estava inchado pela ingestão de água, como foi o caso de Elisa Gomes: “Meu pai teve que reconhecer o corpo de minha avó, que estava muito inchado”, disse Larize.
(Fonte: Revista Veja, 4 de janeiro de 1989 – ANO 22 – Nº 1 – Edição 1061 – BRASIL – Pág: 24/29)
(Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/nostalgia/posts/2008/12/28 – NOSTALGIA/ por PAULO SENNA – 28.12.2008)
(Créditos autorais reservados: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2025/03/25 – SPLASH/ CELEBS/ NOTÍCIAS/ De Splash, em São Paulo – 25/03/2025)
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Em 1º de janeiro de 1988, naufraga, no Rio de Janeiro, o barco Bateau Mouche IV, na festa do Réveillon de 1988, deixando 55 mortos.
(Fonte: Zero Hora – ANO 51 – N° 17.977 – HOJE NA HISTÓRIA – 1º de janeiro de 2014 – Pág: 40)

