Realizou a primeira reforma agrária nas Américas

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Lázaro Cárdenas del Río (Jiquilpan de Juárez, Michoacán, 21 de maio de 1895 – Cidade do México, 19 de outubro de 1970), general e ex-presidente do México, entre os anos de 1934 e 1940. 

O homem que pôs fim à era dos caudilhos ao assumir revolucionariamente o poder para transformar-se em herói mexicano com a nacionalização das companhias petrolíferas (1938) e a realização da primeira reforma agrária nas Américas.

Mestiço de índios zapotecas, filho de uma família de camponeses, foi considerado juntamente com Benito Juárez (1806-1872), como um dos presidentes mais populares da histórias do México.

Ao assumir o governo, trocou os galões do uniforme militar pelo poncho e o sombrero e transformou em museu o palácio de Chapultepec, que lhe ofereceram como residência.

Inflexível, contrário a todos os vícios (combatia a bebida e estimulava os amigos a deixarem de fumar), Lázaro Cárdenas, “El Indio”, jamais cedeu a pressões para mudar sua linha de ação: de 1946 a 1952, quando o governo de Miguel Alemán prtendeu uma guinada para a direita, entrou em oposição dentro do próprio Partido Revolucionário, criando “a esquerda revolucionária”.

Afastado da política desde 1950, Cárdenas saía periodicamente do seu silêncio em tomadas de posição que lhe valeram o apelido de “Esfinge de Jiquilpán” (a pequena cidade onde nasceu em maio de 1895, e em que voltara a viver).

Agraciado em 1955 com o prêmio Lênin da Paz, participou em 1968 do Tribunal Internacional Contra Crimes de Guerra, criado e presidido pelo filósofo inglês Bertrand Russell na Suécia.

Em setembro de 1970 enviou mensagem felicitando Salvador Allende (1908-1973) por sua vitória na eleição chilena. Em sua última entrevista ao jornal mexicano “Excelsior”, Lázaro Cárdenas – já condenado pelo câncer que o mataria menos de um mês depois, dia 19 de outubro, na Cidade do México, aos 75 anos – ainda se mostrava disposto a confirmar sua legenda: “Há quem pense na morte, mas eu não tenho tempo para isso.”

Lázaro Cárdenas foi sepultado com todas as honras dia 21, no Monumento à Revolução, no centro da capital mexicana; sempre desprezou solenidades, definindo-se como “um homem com os pés bem firmes na terra”.

 

 

(Fonte: Veja, 22 de outubro de 1970 – Edição 112 – DATAS – Pág: 74)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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