Óscar Romero, arcebispo da capital San Salvador, denunciou a formação de esquadrões de morte de direita no país

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Papa Francisco troca presentes com o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, durante uma audiência privada na biblioteca do pontífice nesta quinta-feira (23) (Foto: AFP PHOTO / POOL / ALESSANDRO BIANCHI)

Papa Francisco troca presentes com o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, durante uma audiência privada na biblioteca do pontífice dia 23 de maio de 2013 (Foto: AFP PHOTO / POOL / ALESSANDRO BIANCHI)

 

 

Óscar Romero (Ciudad Barrios, San Miguel, 15 de agosto de 1917 – San Salvador, 24 de março de 1980), arcebispo salvadorenho

Crítico aberto do regime militar durante a sangrenta guerra civil de El Salvador, o arcebispo foi assassinado enquanto celebrava uma missa em 1980.

Romero era um dos principais advogados da chamada “Teologia da Libertação” – uma interpretação da fé cristã por meio da perspectiva dos mais pobres.

Nascido em Ciudad Barrios, distrito de San Miguel em 15 de agosto de 1917 numa família de origens humildes. Em 1930 entrou no Seminário de San Miguel. Os superiores mandaram-no em Roma, para estudar e doutorar-se na Pontifícia Universidade Gregoriana. Foi ordenado padre em 4 de abril de 1942.

Então arcebispo da capital San Salvador, Romero denunciou a formação de esquadrões de morte de direita no país e a opressão contra os pobres. Em seus discursos, o religioso costumava pedir o fim de toda “violência política”.

Cerca de 75 mil pessoas foram mortas durante a guerra civil de El Salvador, que começou em 1980 e terminou em 1992 com um acordo de paz mediado pelas Nações Unidas.

Em 2010, o então presidente de El Salvador, Mauricio Funes, o primeiro líder de esquerda a ser eleito desde o fim da guerra civil, emitiu um pedido de desculpas oficial pela morte do arcebispo. “Estou buscando um perdão em nome do Estado”, afirmou Funes ao revelar um painel em homenagem a Romero no aeroporto internacional do país.

O arcebispo, acrescentou o então presidente salvadorenho, foi uma vítima do que chamou de esquadrões de morte de direita “que, infelizmente, agiram sob a proteção, colaboração ou participação de agentes estatais”.

Romero foi assassinado no dia 24 de março de 1980, após terminar uma missa na capital do país, San Salvador. Até hoje, ninguém foi preso pelo crime. Ele tinha 62 anos.

 

Papa suspende proibição à beatificação de bispo salvadorenho

 

Igreja Católica bloqueou processo por temor de que Óscar Romero tivesse ideias marxistas.

Papa Francisco suspendeu dia 18 de agosto de 2014, a proibição que vigorava contra a beatificação do arcebispo salvadorenho Óscar Romero (1917-1980).

Durante anos, a Igreja Católica bloqueou o processo por temor de que Romero tivesse ideias marxistas.

Na Igreja Católica, a beatificação – cerimônia na qual o papa declara digna de veneração alguma pessoa falecida – é o passo anterior à santificação.

 

Esquadrões de morte
O Papa Francisco afirmou esperar uma mudança no processo de beatificação. “Para mim, Romero é um homem de Deus”, afirmou o pontífice a jornalistas dentro do avião que o trazia de volta a Roma de uma viagem à Coreia do Sul.

“Não há nenhum problema doutrinal e isso (a beatificação) deve ser feito rapidamente”, acrescentou Francisco.

 

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/08 – MUNDO – Da BBC – 18/08/2014)

 

 

 

 

 

 

 

Papa e presidente de El Salvador discutem beatificação de arcebispo

Processo de canonização de Romero foi paralisado pelos papas anteriores.

Arcebispo de São Salvador foi morto a tiros em 24 de março de 1980.

 

O presidente de El Salvador encontrou o Papa Francisco em 23 de maio de 2013, para pedir que ponha o arcebispo Oscar Romero, que foi assassinado por um esquadrão da morte de extrema-direita em 1980, no caminho para a santidade católica romana.

O processo de canonização de Romero foi efetivamente paralisado pelos papas anteriores João Paulo II e Bento XVI, que o viam como muito próximo à Teologia da Libertação, um movimento radical que enfatiza a ajuda aos pobres e a luta contra a injustiça.

O presidente Mauricio Funes disse antes de partir para Roma que principal objetivo de sua visita era apelar ao Papa para avançar com a beatificação de Romero, o penúltimo passo antes da canonização.

Romero, arcebispo de São Salvador, foi morto a tiros em 24 de março de 1980, enquanto celebrava uma missa na capela de um hospital. Ele denunciou muitas vezes a repressão e a pobreza em suas homílias semanais.

 

O assassinato foi um dos mais chocantes no longo conflito entre uma série de governos apoiados pelos EUA e rebeldes esquerdistas, em que milhares de pessoas foram mortas por esquadrões da morte de direita e militares.

Ninguém jamais foi levado à Justiça pelo assassinato, embora o ex-major do Exército Roberto D’Aubisson, que morreu em 1992, seja geralmente apontado como culpado.

Governos salvadorenhos anteriores de direita fizeram pouco caso sobre a possibilidade de Romero, um ícone para os movimentos de libertação da América Latina, tornar-se um santo. Mas o esquerdista Funes fez um pedido de desculpas do Estado pelo o assassinato no 30º aniversário do crime, em 2010.

Na quinta-feira, Funes deu ao papa Francisco um relicário ornamentado com um pedaço da vestimenta que Romero usava quando foi baleado. No relicário, com o fragmento da roupa manchada de sangue, lê-se: “Oscar Romero, guia espiritual de Salvador”.

Um comunicado do Vaticano disse que o Papa e Funes falaram longamente sobre Romero e “a importância do seu testemunho para toda a nação”.

O arcebispo Vincenzo Paglia, postulador principal da causa pela santidade de Romero e um perito em sua vida, disse em abril de 2013 que o papa Francisco havia afirmado a ele ter decidido desbloquear o processo.

 

(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/05 – MUNDO – Da Reuters – 23/05/2013)

 

 

 

 

 

 

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