Lee Iacocca, foi um dos nomes mais importantes da indústria automotiva dos EUA, criou o lendário Ford Mustang, foi responsável por transformar a Chrysler numa das maiores montadoras do mundo

0
Powered by Rock Convert

Lee Iacocca, criador do lendário Mustang

 

O pai do Ford Mustang

 

Visionário empresário da indústria automobilística dirigiu a Ford e a Chrysler

 

 

Entre os principais projetos de Lee Iacocca na Ford está o lançamento do Mustang (Foto: Divulgação)

 

 

Além de inventar um dos carros esportivos mais importantes do mundo, ele dirigiu a Ford e a Chrysler.

 

 

O executivo que se tornou sinônimo de automóvel

Após ser demitido da Ford, ele assumiu a Chrysler, então quase falida, e a transformou numa das maiores montadoras do mundo

 

 

Lido Anthony “Lee” Iacocca (Allentown, Pensilvânia, 15 de outubro de 1924 – Bel Air, Los Angeles, Califórnia, 2 de julho de 2019), visionário empresário americano da indústria automobilística, criador do lendário Ford Mustang, foi um dos mais importantes nomes da indústria automobilística.

 

 

Iacocca começou a trabalhar na Ford Motor Company em 1946, onde ajudou a criar o Ford Mustang. Assumiu o cargo de presidente executivo em 1970 e foi demitido por Henry Ford Jr. em 1978. No mesmo ano foi para a Chrysler Corporation, assumindo a presidência em 1979. A ele é dado o crédito de salvar a companhia da falência.

 

Em uma indústria que produziu lendas como Henry Ford e Walter Chrysler, Iacocca, fez história como o único executivo nos tempos modernos a presidir as operações de duas das três grandes montadoras.

 

 

Lee Iacocca foi um dos nomes mais importantes da indústria automotiva dos Estados Unidos. Além de criar o lendário Ford Mustang, ele foi responsável por transformar a Chrysler, na década de 1980, de uma empresa à beira da falência numa das maiores montadoras do mundo.

 

 

Ele mudou seu primeiro nome para Lee e fez história na indústria automotiva, ao comandar duas das três grandes montadoras americanas. Um visionário, que dirigiu a Ford Motor e depois a Chrysler, personificando Detroit como a fábrica de sonhos da paixão americana pelo automóvel.

 

 

Além de inventar o Mustang, Iacocca foi responsável por reerguer a Chrysler, uma gigante que na década de 1980 estava à beira da falência.

 

Lido Anthony Iacocca nasceu em outubro de 1924 em Allentown, na Pennsylvania. Filho de um imigrante italiano vendedor de cachorro-quente, mudou seu primeiro nome para Lee.

Iacocca dirigiu a Ford Motor e depois a Chrysler, e ajudou a dar a Detroit a fama de cidade dos automóveis nos EUA.

 

Ele se juntou à Ford como engenheiro em 1946, após o fim da Segunda Guerra Mundial — da qual se livrou por conta de uma febre reumática. Apesar de ter cursado engenharia industrial na prestigiada Universidade de Princenton, Iacocca logo ficou entediado com um emprego na área e pediu transferência para a divisão de vendas.

Nos dez anos seguintes, Iacocca se dedicou às vendas na área da Filadélfia até que, em 1956, concebeu e executou uma campanha de marketing bem-sucedida que chamou a atenção do então vice-presidente da Ford, Robert S. McNamara, que depois seria chefe do Pentágono e diretor do Banco Mundial. Aprendeu a ser um executivo e sucedeu o próprio McNamara na vice-presidência da Ford em 1960.

Em 1964 lançou o Mustang, carro esportivo histórico.

Ford Mustang (1ª geração) — (Foto: Rodrigo Mora / G1)

Nas décadas de 70 e 80, seu nome evocava suítes executivas, disputas internas e jogos de poder. Ele era tão admirado que, em 1988, falou-se que ele deveria lançar sua candidatura à Presidência.

 

Seus críticos o consideravam um executivo maquiavélico, que subiu ao poder em seus 32 anos na Ford. Na empresa, Iacocca chamou a atenção de Robert S. McNamara, então vice-presidente da montadora e futuro secretário da Defesa dos EUA.

 

Sob a proteção de McNamara, ele aprendeu a ser um executivo, fosse comandando reuniões ou lidando com rivais. Iacocca sucedeu McNamara na vice-presidência da Ford em 1960, e, quatro anos depois, marcou seu lugar na história ao lançar o Mustang, que apelava a motoristas de todas as idades que sonhavam com um carro esportivo.

Nos anos seguintes, os preços da gasolina subiram, e a concorrência aumentou. Iacocca cortou custos e manteve os lucros.

 

 

Mas ele também se deixou levar por um estilo de vida mais luxuoso. Viajava em um jato particular, hospedava-se em hotéis caros às custas da Ford e frequentava festas com Frank Sinatra. Suas extravagâncias ofenderam  Henry Ford III, neto do fundador da empresa. Este demitiu Iacocca em julho de 1987, dizendo que simplesmente não gostava dele.

Foi demitido em 1987, por Henry Ford II, neto do fundador da empresa. Assumiu a Chrysler, então em crise, e recuperou a montadora. Em 1992, Iacocca deixou o comando da Chrysler. Aposentado, investiu em bicicletas elétricas, azeite e pesquisas sobre diabetes.

Em 1978, Lee Iaccoca foi demitido por Henry Ford II. No mesmo ano, aceitou trabalhar na Chrysler, que passava por sérios problemas financeiros e perdia milhões em vendas na América do Norte (Foto: Gary Caskey / REUTERS)

Iacocca não economizava. Viajava em jato particular, hospedava-se em hotéis caros e frequentava festas com Frank Sinatra.

Mas, para seus admiradores, era um líder criativo que caiu de pé após ser demitido e assumiu a Chrysler, então em crise. Ele recuperou a empresa no que os especialistas consideram a mais brilhante reviravolta da indústria.

Ele obteve um empréstimos de US$ 1,5 bilhão com o governo federal, com o argumento de que a Chrysler era vital para a economia e não podia quebrar. Conseguiu concessões dos sindicatos e lançou novas linhas de automóveis, tornando-se a imagem pública da empresa. O prejuízo de US$ 1,7 bilhão em 1980 tornou-se um lucro de US$ 2,4 bilhões em 1984.

Seu livro “Iacocca: uma autobiografia”, de 1984, tornou-se um best seller global após vender 6,5 milhões de exemplares.

Em 1987, a empresa que quase faliu registrou vendas de US$ 26 bilhões. Iacocca, que no primeiro ano recebeu apenas US$ 1 como salário, havia se tornado o executivo mais bem pago do setor, com ganho de US$ 18 milhões anuais.

 

 

Iacocca comandou um projeto para restaurar a Estátua da Liberdade e se reunia com políticos, como o então presidente Ronald Reagan. Segundo o jornalista Doron Levin, para os americanos Iacocca era o “Churchill da economia”.

 

 

Mas, no fim dos anos 1980, o Japão havia se tornado uma potência, que inundava os EUA com seus carros. Os americanos queriam inovações como airbags, o que Honda e Toyota ofereciam.

 

Em 1992, Iacocca deixou o comando da Chrysler. Aposentado, investiu em bicicletas elétricas, azeite e pesquisas sobre diabetes.

 

 

Em 2008, meses antes de Chrysler e GM declararem falência, Iacocca visitou a fábrica de Auburn Hills, onde foi saudado com aplausos estrondosos pelos trabalhadores da Chrysler.

 

“Não se assustem,” falou. “Tudo ficará bem. Agora é hora de mostrarem suas armas. Não temos desculpas. A verdade é que os automóveis ainda são um negócio vital nos EUA.”

 

 

O executivo da indústria automobilística Lee Iacocca, na inauguração do Mercedes-Benz MayBach 57S, em Beverly Hills, Califórnia, em outubro de 2005 (Foto: MATTHEW SIMMONS / AFP)

Lee Iacocca faleceu em 2 de julho de 2019, teve complicações decorrentes do mal de Parkinson e morreu em sua casa, em Bel Air, na Califórnia nos Estados Unidos.

 

A Fiat Chrysler emitiu um comunicado após a morte de Iacocca:

“A companhia lamenta a notícia da morte de Lee Iacocca. Ele desempenhou um papel histórico na direção da Chrysler em seu período de crise, tornando-a uma verdadeira força competitiva. Ele foi um dos grandes líderes de nossa empresa e da indústria automobilística como um todo. Ele também desempenhou um papel profundo e incansável no cenário nacional como estadista de negócios e filantropo.

Lee nos deu uma mentalidade que nos motiva até hoje — que é caracterizada pelo trabalho duro, dedicação e coragem. Estamos comprometidos em garantir que a Chrysler, agora FCA, seja uma empresa desse tipo, um exemplo de compromisso e respeito, conhecido pela excelência e também por sua contribuição para a sociedade. Seu legado é a resiliência e fé inabalável no futuro com os quais vivem os homens e mulheres da FCA que lutam todos os dias para viver de acordo com os altos padrões por ele estabelecidos”.

(Fonte: https://g1.globo.com/carros/noticia/2019/07/03 – CARROS / NOTÍCIA / AUTO ESPORTE / Por G1 – 03/07/2019)

Powered by Rock Convert
Share.