John Conway, matemático e professor em universidades prestigiadas como Cambridge (Reino Unido) e Princeton (Estados Unidos)

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John Horton Conway deixou contribuições importantes para a matemática, o matemático que criou o “Jogo da Vida”

 

 

John Horton Conway (Liverpool, em 26 de dezembro de 1937 – em New Brunswick, Nova Jersey, 11 de abril de 2020), matemático e professor prolífico, influente e carismático, que trabalhou em universidades prestigiadas como Cambridge (Reino Unido) e Princeton (Estados Unidos), era “o egomaníaco mais amado do mundo”.

 

Ele é o inventor do  “Jogo da Vida”, o exemplo mais bem conhecido de autômato celular (modelos de evolução temporal simples com capacidade para exibir comportamentos complicados). Com décadas de pesquisa, fez contribuições distintas à teoria dos grupos finitos, à teoria dos nós, à lógica matemática e à teoria dos jogos.

 

Uma das mais notáveis contribuições de Conway à ciência foi a invenção do “Jogo da Vida”, o exemplo mais bem conhecido de autômato celular. Feito à mão, muito antes da popularização de computadores, o jogo teve importante papel para o interesse teórico e para a prática de programação e exibição de dados. Conway também atuou nas áreas de teoria de grupos finitos, teoria dos nós, teoria dos números e teoria dos códigos.

 

Conway foi extremamente polivalente, com contribuições importantes em vários ramos da matemática: teoria de grupos, análise, topologia, teoria de números, geometria, álgebra e teoria combinatória dos jogos.

 

Trabalho de matemático a respeito de pesquisas sobre teoria de grupos, topologia, teoria de números, geometria, álgebra e teoria combinatória dos jogos, deu contribuições importantes à teoria dos nós, uma área da topologia em que se estuda como fios se enovelam, criando cruzamentos que não podem ser simplesmente desfeitos.

 

Esse estudo se estende a dimensões mais altas como, por exemplo, quatro dimensões. É difícil ‘visualizar’ objetos em mais de três dimensões e, por isso, é útil examinar fatias desses objetos em dimensões menores (como examinar as fatias de uma esfera tridimensional em duas dimensões). Em seus trabalhos, em 1970, Conway descobriu um nó com 11 cruzamentos, que intrigou matemáticos durante 50 anos sem que conseguissem demonstrar seu comportamento mediante ‘fatiamento’.

 

Sua paixão por jogos de todos os tipos o inspirou a desenvolver algumas de suas grandes contribuições, como a formulação de um novo conjunto, dos números surreais, que adiciona outros números ao conjunto dos números reais. Conway tornou-se popularmente conhecido ao inventar um jogo que foi apresentado numa coluna de Martin Gardner na revista Scientific American, em 1970. É um jogo de ‘autômata celular’, chamado Jogo da Vida, com regras extremamente simples para simular a evolução de uma sociedade.

 

John Horton Conway nasceu em Liverpool, em dezembro de 1937, e aos 11 anos já tinha a ambição de se tornar um matemático. Seu pai ganhava a vida jogando cartas e, posteriormente, trabalhou como técnico num laboratório de química de uma escola de ensino médio, onde estudaram George Harrison e Paul McCartney.

 

Em 1959, recebeu o diploma de Bacharel em Artes e começou a realizar pesquisas em teoria dos números junto a Harold Davenport, quando despertou o interesse por ordinais infinitos. Depois da conclusão do doutorado, em 1964, tornou-se bolsista e professor de matemática na Sidney Sussex College, na Universidade de Cambridge.

 

No início da década de 1980, o britânico foi eleito membro da Royal Society, com o reconhecimento de um “matemático versátil, com uma profunda visão combinatória e virtuosismo algébrico, principalmente na construção e manipulação de estruturas algébricas ‘fora do ritmo’, que iluminam uma ampla variedade de problemas de maneiras completamente inesperadas. Ele fez contribuições distintas à teoria dos grupos finitos, à teoria dos nós, à lógica matemática e à teoria dos jogos (como também à sua prática)”.

 

Desde 1987, Conway ocupava cadeira de matemática de John Von Neumann, na Universidade de Princeton, onde atuou até os dias atuais. A jornalista Siobhan Roberts, autora de “Genius At Play: The Curious Mind of John Horton Conway”, afirma que Conway é a junção de “Arquimedes, Mick Jagger, Salvador Dali e Richard Feynman, todos reunidos em um – um matemático singular, com o carisma de uma estrela do rock, senso de humor astuto, com curiosidade promíscua e um desejo ardente de explicar tudo sobre o mundo a todos.”

 

John Horton Conway faleceu em 11 de abril de 2020 devido a complicações associadas à covid-19, aos 82 anos, em New Brunswick, Nova Jersey.

 

(Fonte: https://impa.br/noticias – NOTÍCIAS – 13 de abril de 2020)

(Fonte: https://jornal.usp.br – JORNAL DA USP / Rádio USP / Colunistas / Paulo Nussenzveig / Por Júlio Bernardes – 03/06/2020)

(Fonte: https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo – ESTUDO / Por Juliana Morales – 15 abr 2020)

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