Jacques Prévert, uma espécie de superastro dos poetas modernos na França

 

 

Jacques Prévert (Neuilly-sur-Seine, 4 de fevereiro de 1900 – Omonville-la-Petite, 11 de abril de 1977), foi um poeta e roteirista francês.

Caso raro entre os poetas modernos, Prévert sempre remou contra a maré: enquanto a poesia se tornava mais complicada, seus verosos atingiam em cheio o gosto popular.

Quando lançou Palavras, em 1946, Prévert se tornou uma espécie de superastro na França, admirado principalmente pelos jovens e por quem não gostava ou sequer conhecia poesia.

A popularidade de Prévert, se encontra em sua dicção poética, marcadamente coloquial, sem empostação ou firulas estilísticas. Inevitavelmente, com esses recursos, Prévert também se tornou conhecido numa outra área artística, justamente aquela que herdou uma parte do público da poesia- a canção popular.

As vozes de Edith Piaf e Yves Montand, interpretando canções de Prévert, serviram para amplificar a fama do poeta. É como poeta, porém, que Prévert deve ser reconhecido como um artista singelo e comovente.

Como compositor, ele escreveu a música “Les Feuilles Mortes”, que foi muito famosa em seu tempo, na voz de Yves Montand.

Jacques Prévert faleceu em abril de 1977.

 

(Fonte: 18 de dezembro de 1985 – Edição 902 – LITERATURA/ Por Mário Sérgio Conti – Pág: 135)