George Sanders, ator americano de origem russa (Oscar de melhor coadjuvante em “A Malvada”, de 1950)

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George Sanders, vilão do cinema

 

 

George Sanders (nasceu em São Petesburgo, Rússia em 3 de julho de 1906 – faleceu em Barcelona, Espanha, em 25 de abril de 1972), suave sofisticado do cinema, ator americano de origem russa (Oscar de melhor coadjuvante em “A Malvada”, de 1950).

O ator, que adorou interpretar o cínico e foi muitas vezes rotulado como um amante blasé e homem do mundo, olhar irônico, nariz pronunciado, lábios finos, alto e elegante, jamais atribuiu ao talento o fato de desempenhar tão bem o papel de cínico em quase todos os seus 48 filmes: “Na verdade, invariavelmente interpreto a mim mesmo”. Essa aparente modéstia e esse ostensivo reconhecimento de um certo ceticismo interior escondiam porém uma contradição revelada pelo próprio ator ao contar sua vida no livro “Memórias de um Canalha”: “No cinema sou cínico, cruel com as mulheres, imune aos seus caprichos. Esta tem sido a minha máscara durante anos. Felizmente ela não apenas me protegeu, mas me deu também uma profissão”.

Ao comentar a biografia, um crítico americano disse que George Sanders gostava de parecer cínico, mas era apenas presunçoso. E seu fracasso em quatro casamentos indica que ao menos as mulheres preferiam a sua máscara. Mas no bilhete que deixou ao morrer (“Prezado mundo: já vivi bastante e seria absurdo continuar”) Sanders parece ter revelado, enfim, a sua verdadeira face: a de um homem cansado e solitário, para quem a morte já aparecia como única solução desde 1969, quando disse a um repórter inglês: “Desejo apenas ficar sozinho”.

Sanders faleceu no dia 25 de abril de 1972, suicidando-se com barbitúricos, aos 65 anos, no Hotel Rei Don Jaime, em Barcelona, Espanha.

George Sanders morreu em um hotel resort próximo de uma overdose de pílulas para dormir. Ele deixou dois bilhetes, um deles dizendo que estava cometendo suicídio “porque estou entediado… e já vivi o suficiente”.

O ator foi encontrado morto em seu quarto no hotel à beira-mar Rey Don Jaime, em Castelldefels.

Um porta-voz da polícia disse que cinco tubos vazios de Nembutal foram encontrados no quarto de Sanders.

Uma nota dizia: “Querido mundo: estou indo embora porque estou entediado. Sinto que já vivi o suficiente. Estou deixando você com suas preocupações nesta doce fossa – boa sorte.” A outra, escrita em espanhol, pedia que a irmã de Sanders, em Londres, fosse notificada de sua morte.

(Créditos autorais: https://www.nytimes.com/1972/04/26/archives – New York Times/ ARQUIVOS/ Arquivos do New York Times – BARCELONA, 25 de abril (UPI) — 26 de abril de 1972)

Sobre o Arquivo
Esta é uma versão digitalizada de um artigo do arquivo impresso do The Times, antes do início da publicação on-line em 1996. Para preservar esses artigos como apareceram originalmente, o Times não os altera, edita ou atualiza.
Ocasionalmente, o processo de digitalização introduz erros de transcrição ou outros problemas; continuamos trabalhando para melhorar essas versões arquivadas.
©  1998 The New York Times Company

(Fonte: Revista Veja, 3 de maio de 1972 – Edição 191 – Datas – Pág; 53)

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