Yolanda Penteado, dama da sociedade paulista, criadora, junto com o marido Ciccilo Matarazzo, da Bienal de São Paulo

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Ciccillo Matarazzo e Yolanda Penteado

Ciccillo Matarazzo e Yolanda Penteado

 

Yolanda de Ataliba Nogueira Penteado (Leme, Brasil, 6 de janeiro de 1903 – Stanford, Califórnia, 14 de agosto de 1983), dama da sociedade paulista, pertencente à uma das famílias mais tradicionais da aristocracia brasileira, foi grande incentivadora das artes plásticas e criadora, junto com o marido Ciccilo Matarazzo (1898-1977), da Bienal de São Paulo.

Conviveu com algumas das mais fascinantes personalidades do século XX. Namorou o aviador, inventor e patrono da Aeronáutica Alberto Santos Dumont, foi amiga de artistas como Charles Chaplin e Pablo Picasso – do qual conseguiu que enviasse o célebre quadro Guernica para uma exposição no Brasil.

Yolanda Penteado e Ciccillo Matarazzo organizaram a primeira Bienal de São Paulo, em 8 de outubro de 1951, com 1.800 obras e 21 países e, na segunda Bienal, em dezembro de 1953, trouxeram de Nova York, onde estava guardada esperando o fim da ditadura de Franco para seu retorno a Espanha, a obra Guernica, de Pablo Picasso, como presente à cidade de São Paulo, nos seus 400 anos, comemorados em 25 de janeiro de 1954.

Teve importante papel no estabelecimento do Museu de Arte Moderna de São Paulo e das Bienais, inclusive doando sua coleção particular e generosos recursos ao Museu de Arte Contemporânea da USP e colaborou com Assis Chateaubriand no Museu de Arte de São Paulo e na implantação dos Museus Regionais (Olinda, Campina Grande e Feira de Santana).

Yolanda Penteado faleceu no Hospital da Universidade de Stanford, na Califórnia, dia 14 de agosto de 1983, aos 83 anos, de câncer.

 

 

(Fonte: Veja, 24 de agosto de 1983 – Edição 781 – DATAS – Pág: 94)

 

 

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