Yasuhiro Nakasone, ex-primeiro-ministro japonês, fortaleceu os laços de Defesa com os EUA e consolidou seu país como uma das maiores potências econômicas do mundo

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Ex-primeiro-ministro japonês Yasuhiro Nakasone

Durante seu mandato como primeiro-ministro do Japão, que durou de 1982 a 1987, Nakasone foi um aliado fiel dos Estados Unidos

 

 

Yasuhiro Nakasone (Takasaki, província de Gunma, 27 de maio de 1918 – Tóquio, Japão, 27 de maio de 1918), ex-primeiro-ministro do Japão, considerado um dos líderes políticos mais influentes do país no pós-guerra.

 

Ele foi o primeiro premiê no período pós-guerra a visitar oficialmente o Santuário Yasukuni, em Tóquio, que homenageia os japoneses mortos em conflitos, incluindo líderes condenados por crimes de guerra após a Segunda Guerra Mundial. Nasceu na cidade de Takasaki, província de Gunma, em maio de 1918 e se formou na Universidade Imperial de Tóquio em 1941. Atuou no então Ministério do Interior, e serviu como oficial da Marinha durante a Segunda Guerra Mundial.

 

Em 1947, disputou uma cadeira na Câmara Baixa do Parlamento, representando o antigo 3º distrito eleitoral de Gunma. Foi eleito 20 vezes consecutivamente.

Em 1959, Nakasone conseguiu seu primeiro posto no gabinete como chefe da Agência de Ciência e Tecnologia no governo do então premiê Nobusuke Kishi.

 

Mais tarde, atuou como chefe da Agência da Defesa, ministro dos Transportes, ministro do Comércio e Indústria, além de secretário-geral e presidente do conselho geral do Partido Liberal Democrático.

 

Nakasone se tornou o 71º primeiro-ministro do Japão em novembro de 1982.

O político conservador governou o Japão entre 1982 e 1987 e, durante seu mandato, fortaleceu os laços de Defesa com os Estados Unidos e consolidou seu país como uma das maiores potências econômicas do mundo.

 

Nakasone, que lutou na Segunda Guerra Mundial como oficial da Marinha Imperial Japonesa, ficou conhecido internacionalmente por sua boa relação com o presidente americano, Ronald Reagan, ele foi uma das figuras mais respeitadas da política no Japão durante as últimas décadas do século XX.

 

Durante seu mandato, Nakasone promoveu o fortalecimento das capacidades de defesa nacional do Japão, dentro do acordo bilateral com os EUA e defendeu a reforma do artigo pacifista da Constituição japonesa que limita os poderes das Forças de Autodefesa do Japão (Exército).

 

Suas posições renderam-lhe os ataques da oposição, considerando-o um defensor do retorno ao nacionalismo e ao militarismo que levou o país à Segunda Guerra Mundial.

 

Em 1985, gerou uma crise diplomática com a China com sua visita ao santuário Yasukuni, que homenageia todos os mortos pelo Japão entre o final do século XIX e 1945, incluindo 14 políticos e oficiais do Exército Imperial condenados como criminosos de guerra de classe A por um tribunal criminal internacional no final da Segunda Guerra Mundial.

 

O político da província de Gunma também gerou polêmica em várias ocasiões, com comentários que apontaram para a superioridade da “raça e cultura japonesa”, e defendeu políticas educacionais que instigavam o patriotismo entre os estudantes japoneses.

 

Na parte econômica, promoveu algumas das maiores privatizações da história do Japão, incluindo a companhia ferroviária nacional Japan National Railways, que foi dividida em sete operadoras regionais privadas.

 

Nakasone é uma das principais referências da atual geração de políticos japoneses conservadores no poder, incluindo o primeiro-ministro Shinzo Abe, que também tem entre suas prioridades políticas expandir as capacidades militares nacionais e reformar a Carta Magna.

 

Yasuhiro Nakasone foi forçado a renunciar em 1987, depois de não obter apoio para um aumento do imposto sobre o consumo para limpar a dívida pública, e se retirou da política em 2003, depois de mais de 50 anos como membro da Câmara dos Representantes.

 

Após se retirar do mundo político em 2003, Nakasone trabalhou como chefe de um instituto de pesquisa sobre segurança nacional e intercâmbios internacionais, e continuou a se manifestar sobre assuntos internos e diplomacia. Foi grande defensor de emendas à Constituição, e atuou como chefe de um grupo suprapartidário, formado por legisladores, com o objetivo de estabelecer uma nova Constituição no Japão.

 

Yasuhiro Nakasone faleceu em um hospital em Tóquio, no Japão, em 27 de maio de 1918, aos 101 anos de idade.

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2019/11/29 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS / Por Tóquio (EFE).- 29 nov 2019)

(Fonte: Empresa Brasil de Comunicação –  Agência Brasil / INTERNACIONAL / Por NHK (Conglomerado de mídia pública do Japão) Moscou – 29/11/2019)

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