William Mark Felt, foi a principal fonte do caso Watergate, escândalo político que derrubou Richard Nixon

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Mark Felt, o ‘Garganta Profunda’ do caso Watergate

 

Ex-subdiretor do FBI foi um dos responsáveis pela queda do ex-presidente Richard Nixon.

 

 

 

 

 

Foto de maio de 2005 mostra Mark Felt e sua filha, Joan (Foto: Ben Margot/AP)

 

 

Informante do Watergate, “Garganta profunda”

 

 

 

William Mark Felt (Idaho, 17 de agosto de 1913 – Santa Rosa, Califórnia, 18 de dezembro de 2008), foi a principal fonte do caso Watergate, o escândalo político que derrubou o presidente norte-americano Richard Nixon, na década de 1970.

 

O ex-subdiretor do FBI (Polícia Federal americana) entrou para a história dos Estados Unidos com o pseudônimo “Garganta Profunda”, um dos principais responsáveis pela queda do ex-presidente Richard Nixon no escândalo de “Watergate”, era ex-diretor do FBI na época e ficou conhecido como “Garganta profunda”, pois colaborou na apuração dos jornalistas do Washington Post, Bob Woodward e Carl Bernstein, para a série de reportagens que denunciava os esquemas de corrupção do governo.

 

O caso Watergate começou com a invasão em um escritório do Comitê Nacional do Partido Democrata, em 17 de junho de 1972, no edifício Watergate, em Washington. “As pessoas debaterão por um longo tempo se eu fiz o certo ao ajudar Woodward”, escreveu Felt em 2006. Para os críticos, entre eles alguns que ficaram anos presos por causa do escândalo, Felt foi um traidor, pois não honrou a confiança do presidente do país. Já seus partidários o qualificavam como um herói, por possibilitar que uma administração corrupta fosse desmascarada.

 

O caso gerou o livro “Todos os homens do presidente”, escrito pelos dois repórteres do Post. Em seguida, a obra também virou um filme, no qual a dupla de jornalistas era interpretada por Dustin Hoffman e Robert Redford. Ambos foram um sucesso e inspiraram gerações de jovens a praticar o jornalismo. Durante a cobertura de Watergate, Woodward e Bernstein utilizaram várias fontes em off (que não queriam divulgar seus nomes) para esclarecer o caso. O “Garganta Profunda” ajudava com dicas para que eles não perdessem o rumo e também confirmando informações vitais. O Post ganhou um Pulitzer pela cobertura, o principal prêmio do jornalismo dos Estados Unidos.

 

Felt ajudou Woodward a vincular o ex-agente da agência de inteligência norte-americana CIA Howard Hunt à invasão do escritório democrata, inicialmente tratada como um roubo. Durante o caso, Woodward e Felt mantiveram vários encontros secretos. Os críticos diziam que Felt, ligado ao ex-diretor do FBI J. Edgar Hoover, se sentiu passado para trás quando Nixon nomeou uma pessoa de fora do FBI para liderar a agência de investigação, após a morte de Hoover, em maio de 1972. “Nós não tínhamos idéia de suas motivações, e até hoje algumas delas permanecem não esclarecidas”, afirmou Bernstein. Felt negou a versão de que o descontentamento tenha motivado as denúncias.

 

Ele ingressou no FBI em 1942 atuou como um “caçador de nazistas” durante a Segunda Guerra (1939-45). O próprio Felt liderou a investigação sobre o Watergate, e muitos suspeitaram que atuasse como um agente duplo. Deixou o FBI em 1973 e passou a dar palestras. Woodward e Bernstein se recusavam a revelar a principal fonte da cobertura até que ela morresse. Quando o próprio Felt revelou o segredo, a dupla confirmou a identidade do “Garganta Profunda”, apelido inspirado em um filme pornográfico popular na década de 1970.

 

Foi o “Washington Post” que publicou, em 1972 e 1973, as informações que o “Garganta Profunda” passava ao então repórter novato Bob Woodward, que, ao lado de seu colega Carl Bernstein, investigava o escândalo de escutas em escritórios em Washington do Partido Democrata durante a campanha eleitoral de 1972.

 

Com as informações de Felt, as matérias sobre o caso no “Washington Post” forçaram a renúncia de Richard Nixon, em 1974, em um fato sem precedentes no país.

 

A importância do “Garganta Profunda” no escândalo de “Watergate” foi conhecida quando Woodward e Bernstein lançaram, em 1974, o livro “Todos os Homens do Presidente”, que foi transformado em filme em 1976.

 

A identidade de Felt era conhecida apenas por Woodward, que tinha prometido não revelar o segredo até sua morte.

 

Durante 30 anos, Felt escondeu sua identidade. Bob Woodward e Carl Bernstein prometeram não revelar a fonte de suas matérias até a sua morte. No entanto, em maio de 2005 eles confirmaram quem era o verdadeiro “Garganta profunda”.

 

No entanto, o próprio Felt, a pedido de sua filha Joan, se identificou como “Garganta Profunda” em 2005, em um longo artigo publicado pela revista “Vanity Fair”.

 

W. Mark Felt faleceu em 18 de dezembro de 2008, aos 95 anos, após sofrer de uma insuficiência cardíaca congestiva por vários meses, na cidade de Santa Rosa, na Califórnia.

(Fonte: http://oglobo.globo.com/economia – ECONOMIA / Por Valor Online – SÃO PAULO – 19/12/08)
(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional – NOTÍCIAS – INTERNACIONAL – AE – Agencia Estado – 19 de dezembro de 2008)

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo – MUNDO / Watergate / Da EFE – 19/12/08)

Liam Neeson será Garganta Profunda em novo filme

Ator vai viver o famoso informante Mark Felt em longa sobre o caso Watergate

O ator Liam Neeson e o ex-diretor do FBI Mark Felt (VEJA.com/Getty Images)

O ator Liam Neeson e o ex-diretor do FBI Mark Felt (VEJA.com/Getty Images)

 

Liam Neeson, indicado ao Oscar de melhor ator em 1994 por A Lista Schindler, vai estrelar um novo filme sobre o escândalo Watergate, que resultou na renúncia do presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, em 1974. O ator dará vida a Mark Felt, o informante que denunciou todo o caso, conhecido pela alcunha de Garganta Profunda. O filme, ainda sem previsão de estreia ou título em português, se chamará Felt, de Mark Felt, o vice-presidente do FBI que serviu de fonte à imprensa. O escândalo já foi tema do filme Todos os Homens do Presidente (1976), com Dustin Hoffman e Robert Redford, e de Nixon (1995), de Oliver Stone.

A contribuição de Felt para a descoberta do esquema foi o vazamento de informações para os jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal Washington Post. O caso passou a ser investigado pelos repórteres quando cinco homens foram presos por invasão o escritório do Partido Democrata — mais tarde, revelou-se que eles eram ligados ao presidente Nixon, do Partido Republicano. A verdadeira identidade de Felt foi revelada por Woodward somente em 2005.

A direção de Felt vai ficar a cargo de Peter Landesman (JFK, a História Não Contada). As informações são do site da revista americana The Hollywood Reporter.

(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/entretenimento – ENTRETENIMENTO – CINEMA – 05/11/2015)

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