Walter Avancini, responsável pelos seriados Grande Sertão: Veredas e Anarquistas, Graças a Deus

0
Powered by Rock Convert

Avancini: muito sucesso na TV

 

Nunciato Walter Abreu Avancini (São Caetano do Sul, 18 de abril de 1935 – Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2001), diretor de novelas, responsável pelos seriados Grande Sertão: Veredas e Anarquistas, Graças a Deus, além de inúmeras novelas.

Walter Avancini, diretor de televisão responsável por alguns dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira, como Beto Rockfeller, Selva de Pedra e Gabriela.

Sua carreira na TV está associada à história do próprio veículo no Brasil – ele estreou como ator num programa humorístico no mesmo dia em que a emissora Tupi foi ao ar, em 1950.

Consolidou seu sucesso nos anos 70, na TV Globo, e revelou estrelas como Regina Duarte, Sonia Braga e Bruna Lombardi. Ganhou um Emmy, o maior prêmio da TV americana, pelo especial Morte e Vida Severina, baseado na obra do poeta João Cabral de Melo Neto.

Leva a assinatura de Avancini a novela A Padroeira, atualmente em exibição na Globo. Walter Avancini faleceu dia 26 de setembro, aos 66 anos, de problemas decorrentes de um câncer de próstata, no Rio de Janeiro.
Walter Avancini morreu, aos 66 anos na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. Ele teve uma insuficiência respiratória por causa de um câncer na próstata.
(Fonte: Veja, 3 de outubro, 2001 – ANO 34 – N° 39 – Edição 1720 – DATAS – Pág; 124)

 

 

 

 

 

 

Nome Completo: Nunciato Walter Avancini
Natural de: São Caetano do Sul, SP, Brasil
Nascimento: 18 de Abril de 1935

Filmografia – Ator
1975 – O Casal
1950 – O Caiçara (dublagem)
1949 – Quase no Céu

Filmografia – Diretor
1994 – Boca
1990 – O Boca e Ouro

Curiosidades

– O pai era pedreiro, que faleceu vindo do trabalho, aos 45 anos de idade. A mãe Carmem era do interior de São Paulo, e tinha bom nível cultural, tocava seu piano, mas teve que vir para a capital, pois com as revoluções de 30/32, o avô de Walter, um italiano que se chamava Nunciato, e tocava violino e bandolim, perdeu tudo.

– A família veio para São Paulo. Anos depois Carmem casou-se e teve 3 filhos. Como era acostumada com arte, ensinava poemas aos filhos, e Walter Avancini, aos quatro anos, então na sua primeira escola, já era o “declamador”. Tinha uma memória fabulosa e aprendia tudo o que a mãe lhe passava. Um dia, era o ano de 1943, a mãe levou Walter à Rádio Difusora de S.Paulo, procurando por Homero Silva, que dirigia o programa “Clube do Papai Noel”. E assim teve início a vida artística do menino Walter, então com oito anos de idade. Nunca mais ele mudou de profissão.

– Logo se projetou. Ficou conhecido como “Menino Acadêmico”. Foi aí aproveitado por Oduvaldo Viana, pai, como radiator. Participava das rádio-novelas. Foi treinado na disciplina de Oduvaldo Viana, e, segundo Avancini, foi isso que o fez transformar-se, anos mais tarde, num diretor de televisão rígido, exigente, respeitado.

– Em 1948 Oduvaldo Viana resolveu fazer um filme Quase no Céu e escalou Walter para um papel de garoto. Ele estava então com 13 anos de idade. Foi sucesso e tinha realmente jeito.

– Em 1950 dubla o garoto Chico no filme O Caiçara.

– Ainda em 1950, veio a primeira emissora de televisão da América Latina, a PRF3 – Televisão Tupi. Walter ficou fazendo parte do elenco. Ainda fazia rádio e admirava os profissionais da época, tais como Tulio de Lemos, Walter George Durst, Oswaldo Meles. Como menino, olhava, observava, aprendia.

– Da TV Tupi passou para a TV Paulista, com Demerval Costa Lima. Fazia de tudo, até programas humorísticos. E ganhava prêmios. Como ator fez, na época: “Romeu e Julieta”, “Tristão e Isolda”, “Enio, o matador”, grandes personagens.

– Começou a escrever para a Televisão, e ganhou em 1959 um prêmio como adaptador. Foi com a estória “Navios Iluminados”.

– Começou a escrever originais, mas sua carreira cresceu muito, quando foi para a TV Excelsior, grande emissora, onde estavam os maiores nomes e se fazia a melhor televisão.

– Fez novelas como: “A deusa vencida”, “A indomável”, “A grande viagem”, “Minas de prata”. Depois transferiu-se para a TV. Record e para a TV Bandeirantes. Acompanhava Edson Leite, o grande diretor da época.

– Dirigia programas. Abria o processo de novelas nas emissoras. Era um jovem irriquieto, tenaz. Voltou para a TV Tupi como diretor de novelas.

– Em 1972 chegava a TV Globo e para lá foi. Dirigiu “Selva de Pedras”, “Gabriela”. Passou para as Miniséries. Para os Especiais. Dirigiu “Morte e Vida Severina”, “Lampião e Maria Bonita”, “Avenida Paulista”, “Anarquistas, graças a Deus”.

– Até que chegou seu grande momento, quando teve coragem de colocar no ar “Grandes Sertões Veredas”, de Graciliano Ramos. Nem ele próprio acreditava, mas Boni, o Diretor Geral da emissora, o admirado José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, acreditou. E foi um sucesso total. Avancini ganhou o conceito de “diretor genial”.

– Voltou, porém, à Tupi, agora como Superintendente, no cargo mais elevado. Anos mais tarde foi para Portugal, lançar novelas na primeira emissora privada portuguesa. Fez a “Banqueira do Povo”, com sucesso. Ficou dois anos.

– De volta ao Brasil foi convidado por Adolfo Bloch e foi para a Manchete dirigir “Tocaia Grande”. Nessa emissora fez ainda “Xica da Silva”, e outras novelas.

(Fonte: www.meucinemabrasileiro.com.br)

Powered by Rock Convert
Share.