Waleska, icônica cantora das décadas de 1960 e 1970, batizada por Vinicius de Moraes como “rainha da fossa”

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A cantora Waleska, conhecida como “rainha da fossa”

 

Em 55 anos de carreira, Waleska lançou mais de 20 discos e interpretou grandes compositores da MPB (Foto: Divulgação)

Em 55 anos de carreira, Waleska lançou mais de 20 discos e interpretou grandes compositores da MPB (Foto: Divulgação)

 

Maria Waleska (Espírito Santo, – Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, 14 de outubro de 2016), icônica cantora e compositora das décadas de 1960 e 1970, batizada por Vinicius de Moraes como “rainha da fossa”, uma diva incansável. 

Waleska foi intérprete de canções de Tom JobimAry Barroso e Cartola, e é considerada uma das mais fiéis intérpretes românticas da MPB  e, segundo Vinicius, “sempre tinha a canção certa para a dor exata”, como o próprio poetinha costumava dizer.

Começou na carreira se apresentando na rádio Inconfidência e na TV Itacolomy, em Belo Horizonte, ao lado de Clara Nunes e de Milton Nascimento.

Quando mudou-se para o Rio, tornou-se cantora na boate Arpége, de Waldir Calmon, cantou no famoso Beco das Garrafas no auge da casa, e gravou seus primeiros dois compactos, em 1961 e 1964.

Em 1966, fundou o Pub Bar (Pontifícia Universidade dos Boêmios), no Leme. Habitué do circuito das boates cariocas, fundou, na década de 1970, a boate Fossa, em Copacabana. A casa ficou conhecida pelos seus frequentadores ilustres, como o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o jornalista Carlos Lacerda.

Nos anos 1980 e 1990, fez turnês pela Itália, Portugal e pelos Estados Unidos.

Não é à toa que na década de 1970 ela fundou a Boate da Fossa, em Copacabana, que recebia políticos, artistas e a alta sociedade. Nas décadas seguintes, Waleska, que nasceu como Maria da Paz Gomez, no Espírito Santo, adotou o nome artístico de Maria Waleska ainda na década de 1960, se dedicou a incontáveis shows pela Europa e pelos Estados Unidos.

Trabalhou até o fim, fazendo shows, uma diva incansável. Sua última apresentação aconteceu em março de 2016, no Little Club, no Beco das Garrafas, em Copacabana. Ao todo, foram 55 anos de carreira e mais de 20 álbuns lançados.

Waleska morreu em 14 de outubro de 2016, na Clínica São Carlos, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro, vítima de câncer de pâncreas. Tinha 75 anos.

“Ficamos mais próximos no fim da década passada quando a entrevistei para meu programa no Canal Brasil para o episódio dedicado à dor de cotovelo. Posteriormente, a homenageei com um CD da série Super Divas, sendo uma ótima amostra para quem ainda não conhece seu estilo. Ela tinha um personagem que deu certo. Loura, sempre de preto, com uma piteira na mão, fazia uma linha dark, dando alguns recados entre as músicas, sempre de dor de amor”, lembra o pesquisador musical Rodrigo Faour. 

(Fonte: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/bruno-astuto/noticia/2016/10 – BRUNO ASTUTO – NOTÍCIA – 14/10/2016)

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/musica  – CULTURA – MÚSICA – POR O GLOBO – 14/10/2016)

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(Fonte: Zero Hora – Ano 53 – Nº 18.596 – 15 e 16 de outubro de 2016 – TRIBUTO – Pág: 40)

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