Valentín Paniagua, assumiu o poder, após o colapso do governo presidido por Alberto Fujimori, foi ministro da Educação e da Justiça do presidente Fernando Belaúnde

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Ex-presidente do Peru

 

Valentín Paniagua Corazao (Cuzco, 23 de setembro de 1936 — Lima, 16 de outubro de 2006), ex-presidente peruano que assumiu o poder em 2000, após o colapso do governo presidido por Alberto Fujimori.

 

Havia sido ministro da Educação e da Justiça do presidente Fernando Belaúnde (1912-2002), derrubado por um golpe militar em 1968.

 

O ex-presidente Valentín Paniagua, que liderou o governo de transição depois da renúncia de Alberto Fujimori em 2000, foi um político centrista de longa trajetória, dirigiu o governo de transição entre novembro de 2000 e julho de 2001 e assegurou uma sucessão ordenada e sem sobressaltos do regime fujimorista (1990-2000), envolvido em escândalos de corrupção.

 

Paniagua foi duas vezes deputado e ministro da Educação no primeiro governo do presidente Fernando Belaúnde.

 

Ao fim de seu governo de oito meses, Paniagua entregou o governo ao economista Alejandro Toledo.

 

 

 

Valentín Paniagua é empossado presidente do Peru

O presidente do congresso do Peru, Valentín Paniagua, foi empossado presidente interino do país nesta quarta-feira pelos congressistas peruanos.

Paniagua, um advogado de 64 anos, vai comandar o país até a posse do novo presidente, que será eleito nas eleições de abril.

Visto como político moderado, ele tem apoio da população e dos políticos que faziam oposição ao governo do ex-presidente Alberto Fujimori.

Também na quarta-feira, o Congresso do Peru destituiu o presidente Alberto Fujimori do cargo, alegando que ele é “moralmente incapaz” de governar o país.

 

Renúncia

A carta de renúncia apresentada por Fujimori – que continua no Japão – não chegou a ser votada pelos congressistas.

O Congresso, agora sob controle da oposição, aprovou a destituição de Fujimori por 62 votos a nove, com nove abstenções.

Os congressistas ficaram furiosos com a forma como Fujimori renunciou, de um quarto de hotel no Japão.

Fujimori, que governou o país por dez anos, diz que não tem planos para retornar ao Peru.

O presidente Alberto Fujimori deixou o Peru em 17 de novembro rumo a Brunei, um pequeno país no sudeste asiático, onde participou do encontro de líderes de países da Ásia e da região do Pacífico.

Depois de deixar a reunião de cúpula em Brunei, o presidente peruano seguiu para o Japão.

Fujimori vinha sendo pressionado a renunciar, depois que um de seus principais assessores, o então chefe do serviço de inteligência peruano Vladimiro Montesinos, foi acusado de subornar parlamentares.

A pressão o levou a anunciar a realização de novas eleições presidenciais no ano que vem

Em 15 de novembro, Fujimori já havia sofrido dois duros golpes – um parlamentar de oposição foi eleito para o cargo de presidente do Congresso, algo que não acontecia há oito anos.

Além disso, a oposição conseguiu reconduzir ao cargo três juízes constitucionais, afastados pelo governo antes da reeleição de Fujimori, em maio.

 

Valentín Paniagua faleceu em 16 de outubro de 2006, em Lima, aos 69 anos, provocando tristeza no Peru, que sempre o percebeu como um homem que ajudou a reconciliação do país.

Ele havia sido submetido em agosto a uma cirurgia cardíaca e permaneceu desde então internado.

Depois de anunciada sua morte, a bandeira peruana foi colocada a meio mastro em sinal de luto no Palácio de Governo, no Congresso e em todos os edifícios públicos.

O presidente Alan García decretou luto oficial, com o fechamento do comércio e das repartições públicas, quando Paniagua foi sepultado.

“Aconteceu o que todos temíamos, a morte do doutor Paniagua”, disse o ex-chanceler Javier Arias, que era seu amigo pessoal e companheiro de atividades políticas no partido de centro Acción Popular.

Por sua vez, o primeiro-ministro Jorge del Castillo mostrou-se “consternado” pelo falecimento do ex-presidente, explicando que ele teve um “papel fundamental” na manutenção da democracia no Peru.

 

Os funerais de Paniagua teve honras de chefe de Estado, informou o embaixador Carlos Pareja.

O corpo do ex-presidente foi levado para a sede do partido do qual foi militante, o Acción Popular, localizado numa avenida central de Lima. Em seguida, foi levado para o Congresso onde recebeu uma homenagem.

(Fonte: https://atarde.uol.com.br/mundo/noticias –  MUNDO / NOTÍCIAS / Por Agência AFP – 16/10/2006)

(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2000 – NOTÍCIAS / BRASIL – 22 de novembro, 2000)

BBC World Service

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo – FOLHA DE S.PAULO / MUNDO / PERU / São Paulo, 17 de outubro de 2006)

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