Um artista nunca percebe sua capacidade de tornar miserável a vida de sua companheira.

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Existem muitas peças musicais criadas no meio erudito que se tornaram extremamente populares, com melodias reconhecíveis (e reconhecidas) por diferentes públicos. Os concertos As Quatro Estações, de Vivaldi, e a bagatela para piano Für Elise, de Beethoven, são dois exemplos. Mas talvez o mais famoso seja mesmo o Bolero, do francês Maurice Ravel (1875 – 1937).

Apresentado pela primeira vez em 1928 e escrito originalmente como um balé, o Bolero foi concebido por Ravel como uma espécie de estudo de orquestração. O próprio autor definia a peça como um “tecido orquestral sem música”. O fato é que a contribuição musical de Ravel vai bem além de seu tema mais famoso.

Associado ao impressionismo, ele é considerado um dos compositores mais influentes do início do século passado, e aparece com frequência nos programas de concertos ao redor do mundo. Outras de suas obras conhecidas são o balé Daphnis et Chloé e o tema de piano Pavane pour une Infante Défunte (“Pavana para uma princesa defunta”), também adaptada para orquestra pelo próprio Ravel.

O compositor morreu em decorrência de problemas neurológicos, em 28 de dezembro de 1937. Sem registros de relações românticas mais profundas ao longo da vida, Ravel teria declarado inclusive que seu único caso de amor teria sido com a música. “Um artista nunca percebe sua capacidade de tornar miserável a vida de sua companheira”, escreveu o músico em uma carta.

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – Almanaque Gaúcho/ Ricardo Chaves – Frase do dia: Ravel/ Postado por Luís Bissigo – 28 de dezembro de 2012)

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