Teletransporte quântico entre fótons diferentes dá certo pela 1ª vez
Experimento feito por pesquisadores alemãs é um passo importante para a implementação de uma internet mais segura
Jonathan Kitchen/Getty Images
De forma inédita, pesquisadores alemães conseguiram dar mais um passo na busca pela implementação da internet quântica no futuro, um sistema que promete ser muito mais seguro que a rede mundial de computadores atual. Os cientistas conseguiram teletransportar um estado quântico entre fótons produzidos por fontes de luz distintas.
O estudo liderado pela Universidade de Stuttgart, na Alemanha, foi publicado na revista científica Nature Communications na segunda-feira (17/11).
O estado quântico é a informação presente dentro da partícula – nesse caso, o fóton. Ou seja, ao teletransportar o estado quântico entre fótons, a informação de uma partícula é levada até a outra.
Ao utilizar dois pontos quânticos distintos, os cientistas conseguiram teletransportar um estado quântico entre fótons diferentes.
“Transferir informações quânticas entre fótons de diferentes pontos quânticos é um passo crucial para superar distâncias maiores”, afirma o coautor do artigo, Peter Michler, em comunicado.
Para a transferência, eles utilizaram um cabo de fibra óptica padrão, usado na rede de internet atual. Isso significa que para colocar a internet quântica em funcionamento não será necessário a criação de novos materiais mais custosos.
Atualmente, a web quântica está na fase de construção e desenvolvimento, mas especialistas estimam que ela será o futuro da internet, sendo um sistema bem mais seguro contra hackers e com criptografia avançada.
Ainda serão necessários mais estudos para saber o quanto da tecnologia atual pode ser aproveitado na implementação futura da web quântica. “Realizar este experimento tem sido uma ambição de longa data — esses resultados refletem anos de dedicação e progresso científico. É empolgante ver como experimentos focados em pesquisa fundamental estão dando seus primeiros passos rumo a aplicações práticas”, exalta o coautor do artigo, Simone Luca Portalupi.
(Créditos autorais reservados: https://www.metropoles.com/ciencia – Metrópoles/ CIÊNCIA/ por Jorge Agle – 21/11/2025)

