Antonio Salvador Sucar, campeão mundial pela seleção de basquete

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Pivô da Geração de Ouro do basquete

Campeão mundial pela seleção de basquete

 

Atleta de 2,02m conquistou o Campeonato Mundial de 1963, além do dois bronze olímpicos em Roma 1960 e Tóquio 1964

 

Antonio Salvador Sucar (Lules, Tucumán, Argentina, 14 de junho de 1939 – São Paulo (SP), 31 de dezembro de 2018), ex-jogador de basquete, jogador campeão mundial com a seleção brasileira.

 

Pivô “Geração de Ouro” do basquete brasileiro, Sucar integrou o time que conquistou o Campeonato Mundial de 1963, realizado no Brasil. Além disso, foi prata no Pan-Americano de São Paulo, no mesmo ano, participou de três Olimpíadas e conquistou o bronze olímpico em Roma 1960 e Tóquio 1964.

 

Sucar nasceu em San Isidro de Lules, na Argentina, e se mudou para o Brasil quando tinha sete anos de idade. Ele se naturalizou para defender o Brasil no basquete aos 20 anos, quando se destacou pelo talento e porte físico, com 2,02m. O pivô fez carreira no tradicional Esporte Clube Sírio, de São Paulo, e faturou cinco títulos estaduais, cinco nacionais e cinco sul-americanos. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) declarou luto pela perda do atleta.

 

Sucar é o segundo jogador da geração mais vitoriosa do basquete brasileiro, liderada por Wlamir Marques e Amaury Pasos, a falecer neste ano de 2018. Antes dele, em novembro, morreu o também ex-pivô Waldir Boccardo, campeão mundial em 1959 e bronze na Olimpíada de Roma, no ano seguinte. Em abril, morrera o último remanescente da geração bronze em Londres-1948: Alberto Marson, aos 93.

 

 

Sucar nasceu em Lules, província de Tucumán, na Argentina, em junho de 1939. Veio ao Brasil com seis anos, mas só se naturalizou aos 21, em 1960. Um ano antes, chegou a treinar com a seleção que disputaria e seria campeã do Mundial do Chile, mas acabou cortado por não ter conseguido a cidadania a tempo.

 

 

Reserva importante na conquista do bronze em Roma-1960, ele se tornaria titular da seleção brasileira a partir do ano seguinte, permanecendo assim na conquista do título mundial de 1963, no Maracanãzinho. Na temporada seguinte, perdeu lugar na equipe com a ascensão do então jovem Ubiratan, mas continuou sendo importante para a equipe, anotando, por exemplo, os pontos decisivos da vitória sobre os EUA em Tóquio-1964.

 

Durante toda carreira, o pivô de 2,02m só defendeu o Sírio, tendo se retirado das quadras em 1973.  Em entrevistas que fiz para um livro sobre a geração de ouro do basquete brasileiro (ainda sem publicação), Sucar foi o ex-jogador mais elogiado pelos colegas.

 

 

“O Nenê era técnico, muito inteligente, um aglutinar. Muito humilde e por isso tinha uma força de grupo incrível”, lembrou um dos ex-companheiros, unânimes nos elogios. O ex-pivô nunca se afastou do Sírio e, usando o que aprendeu lá dentro, foi o dirigente responsável pela última grande fase do “Clube do Aeroporto” no basquete, nos anos 80.

 

De família relativamente humilde, nunca se profissionalizou. Começou a trabalhar como operário, aos 14 anos, estudou direito no Mackenzie (então principal time universitário do país) e fez fortuna com uma corretora de imóveis. Ao longo dos anos, ajudou financeiramente inúmeros amigos que fez no basquete.

 

“Sou assim e não vou mudar. Acho que não tinha nada demais. A gente tinha uma amizade entre nós. Um ajudar o outro está na educação que a gente recebe. Se os outros falam de mim eu não posso desdizer”, me disse ele, em 2009.

 

O ex-jogador de basquete Antonio Salvador Sucar, faleceu em 31 de dezembro de 2018, no último dia do ano, aos 79 anos, em São Paulo (SP).

(Fonte: https://olharolimpico.blogosfera.uol.com.br/2018/12/31 – ESPORTE / Por Demétrio Vecchioli – 31/12/2018)

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