Soong May-ling, conhecida como Madame Chiang Kai-shek, a glamourosa primeira-dama que ajudou seu marido a governar a China

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Soong May-ling (Shanghai, 5 de março de 1897 – Nova York, 23 de outubro de 2003) , conhecida como Madame Chiang Kai-shek, a glamourosa primeira-dama que ajudou seu marido a governar a China e depois Taiwan durante anos de guerra, revolta e tensão da Guerra Fria

Famosa por seu voluntarismo e por sua beleza, Madame Chiang passou décadas sendo temida como a força formidável por trás de seu marido.

 

“Mulher do Ano”

Os Chiangs foram um dos mais famosos casais do mundo –um arrojado general casado com uma mulher bonita e urbana. A revista “Time” nomeou o casal como “Mulher e Homem do Ano” em 1938.

Cristã devota, educada no elitista Wellesley College, em Massachusetts, ela nasceu em 5 de março de 1897 com o nome de Soong May-ling no sul da China e se casou com Chiang Kai-shek em 1927, enquanto ele esmagava milícias do país para unificar a China sob o regime nacionalista.

Tornou-se porta-voz do marido e a voz da China no resto do mundo, encantando o público americano com seu inglês impecável, falado com sotaque sulista, e com seus vestidos de seda e jóias extravagantes.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ela foi ao Congresso dos EUA fazer um caloroso apelo contra o Japão. Seu talento político fez com que ela ficasse conhecida, entre os jornalistas, como o “cérebro da China”.

Influência

Madame Chiang ajudou a criar a Força Aérea do regime nacionalista e atingiu o auge do seu poder entre o final da década de 1930 e o começo da de 1940, quando influenciou a política e a estratégia do combate à ocupação japonesa.

Em 1949, ao final de uma violenta guerra civil, os nacionalistas perderam o controle da China para os comunistas e se exilaram em Taiwan.

Sua influência só começou a se apagar com a morte do marido, em 1975. Ela nunca teve um filho com ele, e o domínio da família sobre Taiwan terminou em 1988, com a morte do presidente Chiang Ching-kuo, filho de Chiang em um casamento anterior.

Seu carisma só era superado por sua dureza. Certa vez, em jantar de gala na Casa Branca, perguntaram a ela o que o governo chinês faria se tivesse de lidar com um aguerrido sindicalista dos EUA. Silenciosamente, ela passou o dedo sobre a garganta.

Generalíssimo

Durante a Segunda Guerra, ela roubou a cena na conferência do Cairo, diante de Winston Churchill e Franklin Roosevelt, ao usar frequentemente a frase: “Se os senhores me permitem, deixem-me apresentar-lhes os verdadeiros pensamentos do generalíssimo [denominação que se dá aos generais que comandam tropas estrangeiras no campo de batalha]”.

Ela fez uma última tentativa de manter o poder em 1988, quando se empenhou nos bastidores, sem sucesso, para barrar a nomeação do então presidente Lee Teng-hui como chefe do Partido Nacionalista.

As reformas democráticas empreendidas por Taiwan desde os finais da década de 1980 mancharam os últimos vestígios de sua influência.

 

Soong May-ling morreu em 23 de outubro de 2003, em sua casa, aos 106 anos, em sua casa, em Manhattan, Nova York, onde ela havia passado a maior parte do tempo reclusa desde a morte de seu marido, o líder nacionalista Chiang Kai-shek, em 1975.

Depois de lutar contra o câncer e outras doenças durante anos, Madame Chiang estava em bom estado de saúde até quarta-feira (22) quando pegou uma gripe e desenvolveu sintomas de pneumonia, disse hoje Chiang Fang Chih-yi, mulher do neto de Madame Chiang, em Taipé.

 

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u64758 – da Folha Online – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – 24/10/2003)

Com agências internacionais

 

 

 

 

 

 

 

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