Serge Gainsbourg, foi o arquiteto da música pop francesa e um ícone cultural dos anos 60 em todo o mundo

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Gainsbourg: comportamento irreverente

Serge Gainsbourg

Serge Gainsbourg foi o arquiteto da música pop francesa e um ícone cultural dos anos 60 em todo o mundo

Foi capaz de conquistar algumas das mulheres mais belas de sua época

Serge Gainsbourg (Paris, 2 de abril de 1928 – Paris, 2 de março de 1991), ícone da música francesa, cantor e compositor francês, que gravou mais de 500 músicas e se tornou uma celebridade, sobretudo pelo comportamento irreverente.

O cantor, compositor e escritor Gainsbourg foi o arquiteto da música pop francesa e um ícone cultural dos anos 60 em todo o mundo, graças à sua criatividade e a seu jeito de ser um tanto irreverente (e cafajeste).

Em 1969, a canção Je T”Aime, Moi Non Plus, cantada em dupla com Jane Birkin, sua mulher na época, rendeu-lhe um escandaloso sucesso –ela sugeria, através de sussurros, uma relação sexual.

O romance de Jane Birkin e Serge Gainsbourg é lembrado até hoje pelas suas polêmicas. O casal se conheceu durante as filmagens de “Slogan“, em 1968.

 

Jane Birkin e Serge Gainsbourg formaram um casal que se transformou em um dos ícones de comportamento liberal dos anos 70.

Jane Birkin e Serge Gainsbourg formaram um casal que se transformou em um dos ícones de comportamento liberal dos anos 70.

 

Em 1984, Gainsbourg pôs fogo numa nota de 500 francos em frente de câmaras de televisão, só para “mostrar concretamente” como os impostos queimavam o dinheiro dos franceses. No ano seguinte, cantou a Marselhesa em ritmo de reggae.

Sua legião de fãs ia de atrizes como Brigitte Bardot e Catherine Deneuve a políticos do porte de François Mitterrand, presidente da França. Fumante inveterado, alcoólatra assumido, Gainsbourg previu, numa entrevista concedida ao jornal francês Libération, em 1981, mas publicada só depois de sua morte, que em 1990 morreria do coração. Errou por pouco.

Gainsbourg faleceu dia 2 de março de 1991, de ataque cardíaco, aos 62 anos, em Paris.

(Fonte: Veja, 13 de março de 1991 -– ANO 24 -– N° 11 – Edição 1 173 -– DATAS – Pág; 67)

(Fonte: Veja, 21 de junho de 2006 -– ANO 39 -– N° 24 – Edição 1 961 -– Veja recomenda – Pág: 125)

 

 

 

 

 

 

Filme sobre a vida de Serge Gainsbourg resgata o estilo de Brigitte Bardot e Jane Birkin

Ele era franzino, orelhudo, fumante inveterado e se autointitulava “o homem da cabeça de repolho”. Ainda assim, o cantor e compositor Serge Gainsbourg foi capaz de conquistar algumas das mulheres mais belas de sua época e protagonizou, junto com elas, a liberação sexual francesa dos anos 1970. Sua história boêmia, seus romances polêmicos e suas canções irônicas estão no filme “Gainsbourg – O Homem que Amava as Mulheres”, do diretor Joann Sfar, que estreiou no Brasil dia 8 de julho de 2011.

Serge Gainsbourg e suas musas

No centro da narrativa estão a atriz francesa Brigitte Bardot, com quem Gainsbourg viveu um tórrido romance em 1967, e a atriz inglesa Jane Birkin, sua principal musa e esposa por mais de 13 anos. Dois ícones de estilo, cujas contribuições à moda, à beleza e ao comportamento feminino permanecem até hoje. “Estamos falando de exemplos de mulheres que transcendem épocas e gerações. São ícones que surgem de tempos em tempos e vão diretamente ao encontro das aspirações femininas de suas épocas”, diz a consultora de moda e jornalista Erika Palomino.

Na primeira parte do filme, Brigitte ganha vida na pele da atriz Laetitia Casta. Vivendo romance escandaloso e proibido com o compositor, ela participa de uma das fases mais criativas de sua carreira e compõe, ao seu lado, algumas canções, entre elas “Je t”aime… moi non plus”. A música, de conteúdo considerado erótico – a letra é como um diálogo entre dois amantes -, foi lançada alguns anos depois e chegou a ser condenada pelo Vaticano e proibida nos Estados Unidos, na Itália, na Espanha e no Reino Unido.

Além de linda e ousada, Brigitte era também uma artista múltipla. Era dançarina de balé clássico desde pequena e foi modelo precoce (estampou uma capa da revista Elle com apenas 16 anos), atuou como atriz em mais de 40 filmes e lançou, entre os anos 1960 e 1970, 14 discos como intérprete e compositora. Seu corpo curvilíneo impactou os padrões estéticos da época ao evidenciar decotes ousados, saias curtas e roupas muito justas. “Bardot tinha uma sensualidade decodificável, com um forte impacto no imaginário masculino”, afirma Erika.

Brigitte Bardot popularizou o biquíni em célebres aparições em Búzios (RJ) – ela teve um namorado brasileiro – e em Saint-Tropez, na França, e provocou reações moralistas ao se casar com um minivestido com pernas à mostra. “Bardot é uma das mulheres mais sensuais que já existiram. É a representação perfeita de “E Deus criou a mulher”, afirma a jornalista e apresentadora Lorena Calábria, referindo-se ao filme de 1956 estrelado pela francesa. “Suas curvas e sua boca são ícones máximos da feminilidade de todos os tempos”, conta. O lado musa de Brigitte serviu de inspiração ainda para outros artistas, como Bob Dylan, Andy Warhol, John Lennon e Stevie Wonder.

Cabelos ondulados, lábios carnudos e olhos marcados transformaram Bardot em “sex kitten”, frágil e provocante ao mesmo tempo. Para a maquiadora Vanessa Rozan, do Liceu de Maquiagem, “Brigitte Bardot é uma das principais referências de beleza de todos os tempos, ao lado de Farrah Fawcet”. “Os olhos bem pintados conferem um ar misterioso e fazem contraponto com a boca quase nude, que junto com os dentes separados davam um ar infantil. Era um jogo perfeito entre a mulher fatal e a menina ingênua”, diz ela. Cílios postiços, sombra esfumada e o penteado colmeia (com volume no topo da cabeça), sua marca registrada, são hoje clássicos da beleza.

Após alguns meses do fim do romance com Bardot, Jane Birkin surgiu na vida do cantor e com ele viveu um casamento turbulento de mais de 13 anos, que resultou ainda em uma filha: Charlotte Gainsbourg. Interpretada por Lucy Gordon, Jane aparece no filme como uma inglesa frágil, chorando às margens do rio Sena, mas que logo se apropria de uma postura icônica para se equiparar à imagem de Gainsbourg.

“Birkin tinha uma beleza sofisticada, nada vulgar. Soube explorar seu tipo físico em função do que os homens projetavam sobre seu corpo, sem jamais perder a elegância”, acredita Erika.

Se Brigitte Bardot ajudou a compor “Je t”aime…. moi non plus”, foi na voz de Jane Birkin que a música ganhou força, transformou-se em hit e chegou a ocupar as primeiras posições das listas de canções mais tocadas da Europa. Suas fotos estampam as primeiras páginas dos jornais, Jane é convidada a protagonizar com o marido editoriais de moda e se consagra como ícone de estilo – anos mais tarde seu nome vira sinônimo de uma das bolsas mais cobiçadas, a Birkin, da Hermès.

Diferente de Brigitte, sua beleza tinha um apelo natural, com mais charme e menos exuberância. “Birkin veio para mostrar que a sensualidade independe de curvas. Era longilínea, suave, linda sem pretensão. Parecia uma fada”, disse Lorena Calábria. “Fazendo um paralelo com uma personalidade atual, acho que ela se compararia a Kate Moss, que é dona de uma beleza selvagem, sem artifícios”, completou. Erika Palomino concorda com a comparação: “Kate Moss é, como Jane Birkin, uma mulher verdadeira, fiel ao seu estilo e às suas convicções. Ela já não é mais uma garotinha e ainda assim continua interessante. Consegue usar peças que podem ser consideradas até de gosto duvidoso, mas que ganham outra leitura com sua força e estilo”.

A jovem Jane Birkin tinha um estilo natural e era linda ao seu jeito, fosse descalça ou apenas com uma camiseta branca. “Ela era clean, simples, sexy quase sem querer. Maquiagem nada, um cabelo meio despenteado, com aquela franjona hit dos 1960, uma verdadeira lolita”, disse a maquiadora Vanessa Rozan. “Adoro a Charlotte Gainsbourg, que além de carregar os mesmos genes, herdou o estilo da mãe e o aprimorou”, completa.
(Fonte: http://mulher.uol.com.br/moda/noticias/redacao/2011/07/07 – MAÍRA LIGUORI/ Colaboração para o UOL)

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