Sebastião Milaré, pesquisador e crítico teatral, especialista da obra do diretor Antunes Filho

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Sebastião Milaré (Guapiaçu, SP, em 1945 – São Paulo, 10 de julho de 2014)pesquisador e crítico teatral, especialista da obra do diretor Antunes Filho

Um dos mais respeitados estudiosos e intelectuais do teatral brasileiro, Milaré se tornou, ao longo dos anos, o maior especialista da obra do encenador Antunes Filho, tendo escritor e publicado os livros “Antunes Filho e a dimensão utópica” (Perspectiva), “Hierofania: O teatro segundo Antunes Filho” (Edições Sesc), além de “Antunes Filho: poeta em cena” (Edições Sesc).

 

O primeiro é um ensaio sobre a vida do artista no período anterior à fundação do Centro de Pesquisa Teatral (CPT), em 1994. Já a segunda obra traça um panorama do trabalho de Antunes Filho desde a fase inaugurada com a estreia de “Macunaíma” (1978). Resultado de dez anos de pesquisa, “Hierofania” reflete, a partir de vasta documentação e depoimentos concedidos por Antunes, sobre o método criado pelo encenador, relacionando suas referências estéticas, exercícios práticos e ideologias, assim como analisa uma boa quantidade de espetáculos assinados pelo diretor com os atores do CPT. O terceiro trabalho reúne textos de Milaré com material fotográfico de Emidio Luisi.

 

Ainda no campo editorial, Milaré publicou “A Batalha da Quimera — Renato Viana e o Modernismo Cênico Brasileiro”, resultado de uma ampla pesquisa sobre as bases da renovação cênica do teatro brasileiro.

 

Entre 1971 e 1989, Milaré assinou críticas teatrais para veículos como “Artes” e “Diário do Grande ABC”, assim como escreveu roteiros de shows, peças, balés e documentários sobre teatro dirigidos por Amílcar Claro, como “O teatro segundo Antunes Filho” e “Teatro e circunstância”.

 

Nascido em Guapiaçu, no interior paulista, em 1945, Milaré era solteiro e não deixou filhos.

Sebastião Milaré morreu em 10 de julho de 2014, na capital do estado de São Paulo, no Hospital Cruz Azul, para tratar de um câncer no intestino que fora diagnosticado junho.

— O Sebastião sempre foi um crítico extremamente cuidadoso — diz Jacó Guinsburg, fundador da editora Perspectiva. — O livro que publicamos era um trabalho sério, que depois foi desdobrado em outras obras. Ele foi o pesquisador que melhor estudou a obra do Antunes, mas sua pesquisa foi além do Antunes, como ele revelou no livro que publicou sobre o Renato Viana.

 

(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura/teatro – ARTES VISUAIS – CULTURA/ POR LUIZ FELIPE REIS – POR O GLOBO – RIO DE JANEIRO – 10/07/2014)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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