O primeiro negro a receber um transplante facial total nos EUA

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Americano se torna o primeiro homem negro a receber transplante de rosto

 

Robert Chelsea e o cirurgião plástico Bohdan Pomahac (Foto: Lightchaser Photography / J. Kiely Jr / Divulgação/BRIGHAM AND WOMEN’S HOSPITAL)

 

Conheça o primeiro negro a receber um transplante facial total nos EUA

Aconteceu, em Boston, o primeiro transplante facial total em um paciente de pele negra, a 15ª pessoa a passar por esse procedimento nos Estados Unidos. Em Paris, em 2007, um paciente negro já havia feito o transplante, mas apenas parcial.

Robert Chelsea, de 68 anos, também é a pessoa mais velha a passar pelo transplante. Nativo da cidade de Los Angeles, ele sofreu queimaduras graves em mais de 60% do seu corpo, incluindo o rosto, quando sofreu um acidente de carro causado por um motorista embriagado em 2013. O paciente chegou a ficar em coma por seis meses, permanecendo no hospital por cerca de um ano e meio.

 

Após um ano e meio de espera, Robert Chelsea, 68, se tornou o primeiro negro a receber um transplante total de rosto. O procedimento cirúrgico foi feito em julho de 2019 e conduzido por mais de 45 especialistas do Hospital Brigham and Women’s, na cidade de Boston (EUA). Foram mais de 16 horas de cirurgia.

 

O idoso teve a face deformada depois de ficar com 60% do corpo queimado, ao ser atingido por um motorista bêbado em Los Angeles. Chelsea ficou em coma por quase seis meses e um ano internado.

 

Foram mais de 30 cirurgias realizadas em Chelsea, mas não foi possível fazer a reconstrução de seus lábios, parte do nariz e orelha esquerda, e por isso precisou ser colocado na lista de espera para o transplante facial em março de 2018.

 

Durante a internação, o idoso foi submetido a mais de 18 cirurgias para realizar enxertos de pele, tratar problemas abdominais e gastrointestinais. Além disso, ele perdeu parte dos lábios, nariz e dedos. Depois de inúmeras cirurgias sem sucesso, os médicos começaram a cogitar o transplante de rosto.

 

Mas o caminho até a cirurgia não foi fácil. Ele entrou na lista de espera em março de 2018 e teve que aguardar por um doador de órgãos compatível —apenas 14% deles eram negros.

 

A cirurgia foi liderada pelo médico Bohdan Pomahac, que realizou o primeiro transplante total de rosto nos Estados Unidos e o terceiro do mundo em 2011. Segundo o cirurgião plástico, a recuperação do paciente está superado as expectativas.

 

Dificuldades em encontrar doadores de pele negra

 

Ao contrário das outras pessoas na lista de espera, o paciente precisou esperar um pouco mais para ser chamado para uma cirurgia devido à dificuldade de encontrar um doador com um tom de pele que fosse parecido com o original.

De acordo com dados do Departamento de Saúde do Escritório de Serviços da Saúde Minoritária, em 2015, cerca de 30% dos candidatos a transplante eram negros, em comparação com apenas 13,5% doadores de pele negra.

Alexandra Glazier, CEO e presidente da New England Donor Services, disse em declaração que é vitalmente importante que indivíduos de todas as raças e etnias considerem a doação de órgãos, inclusive da pele para enxertos. “Diferente dos órgãos internos, o tom de pele do doador é o requisito mais importante para encontrar a compatibilidade”, afirmou.

A cirurgia de Chelsea levou 16 horas e aconteceu em julho deste ano com uma equipe com mais de 45 médicos, enfermeiros, anestesistas, residentes e pesquisadores, todos liderados pelo cirurgião plástico Bohdan Pomahac.

Felizmente, o paciente está se recuperando rápido. Em apenas 10 dias após a cirurgia, Chelsea já era capaz de comer, conversar e respirar sem ajuda.

 

Em comunicado divulgado pelo hospital, o aposentado agradeceu o rosto recebido e expressou felicidade pelo resultado da cirurgia. “Que Deus abençoe o doador e sua família que escolheram entregar esse presente precioso e me dar uma segunda chance”, disse. Em entrevista à revista “Time”, Chelsea disse que, depois do transplante, estava se sentindo como ele mesmo.

 

Sua recuperação está evoluindo de forma rápida e os médicos acreditam que Chelsea possa recuperar em até 60% a função motora da face em aproximadamente um ano.

 

— Apesar de ser o paciente de transplante total de rosto mais velho já registrado, Robert está progredindo e se recuperando muito rápido. Estamos ansiosos para acompanhar a melhora de vida significativa que esse procedimento trará na vida dele — celebrou o médico.

 

A expectativa é de que Chelsea recupere cerca de 60% da função motora na face em um ano. Assim, ele poderá voltar a comer, sorrir e falar normalmente.

(Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/10/25 – VIVA BEM / NOTÍCIAS / SAÚDE / Do VivaBem, em São Paulo – 25/10/2019)

(Fonte: https://br.financas.yahoo.com/noticias – NOTÍCIAS / Por Natalie Rosa / FINANÇAS / Canaltech – 29 de outubro de 2019)

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