“se não houver uma criança sorrindo o circo não padecerá”.

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Arrelia: palhaço pioneiro na televisão

Waldemar Seyssel, o palhaço Arrelia. Arrelia foi o primeiro palhaço a aparecer na televisão brasileira, com o programa Cirquinho do Arrelia, que estreou em 1953, na TV Paulista. O cumprimento que ele trocava com seu sobrinho Pimentinha – “Como vai, como vai, como vai? Muito bem, muito bem, bem, bem” – ficou célebre entre as crianças e Arrelia tornou-se o arquétipo nacional da categoria. Arrelia faleceu dia 23 de maio, no Rio de Janeiro aos 99 anos. Ele estava internado numa clínica carioca desde o dia 20, com pneumonia..
(Fonte: veja.abril.com.br – Edição 1907 – 1° de junho de 2005 – DATAS – Pág; 84/85)

Foi o primeiro palhaço brasileiro com um programa de televisão para crianças
Waldemar Seyssel, o ilustre ator e comediante “Arrelia” contribuiu para o desenvolvimento cultural nas artes cênicas.
Waldemar Seyssel (Jaguariaíva, 31 de dezembro de 1905 – Rio de Janeiro, 23 de maio de 2005), o palhaço Arrelia.
Poucos o conheceram como Waldemar Seyssel, mas se você disser o “Arrelia” gerações de brasileiros sabem de quem se trata. Arrelia foi o primeiro palhaço brasileiro com um programa de televisão para crianças, isso ocorreu no ano de 1953, porém a sua trajetória como palhaço começou bem antes já que era de familia com origens circenses francesas (condado de Seyssel – Grenoble). Seu pai também palhaço era chamado de Pinga-Pulha e foi quem incentivou os filhos a trabalharem juntos no circo.
Antes de ser palhaço, Waldemar trabalhou fazendo malabarismo na cama elástica, no trapézio e nas barras, juntamente com seus irmãos. Quando criança, Waldemar conta que era levado da breca, gostava de aborrecer e “arreliar” todo mundo, aí lhe foi dado o apelido de Arrelia. Começou a trabalhar como palhaço em 1922 no bairro do Cambuci, em São Paulo. Entretanto só em 1927, em Uberaba, foi que nasceu o verdadeiro Arrelia, numa cena improvisada e bastante cômica, quando Waldemar foi obrigado a substituir um palhaço no circo.
Seus irmãos o pintaram, vestiram-no e o empurraram para o picadeiro. Waldemar, assustado, caiu de mau jeito, fez trejeitos e caretas, levantou-se mancando enquanto o público ria e aplaudia freneticamente, pensando que estava fazendo graça. Foi um sucesso total. Seu pai e seus irmãos o aprovaram e nesse dia surgiu o grande Arrelia, para todo sempre.
{mosimage}No início de sua carreira Arrelia fazia parte de pequenos números, porém no ano de 1922 começou a trabalhar como palhaço no circo, onde conheceu Henrique seu primeiro parceiro. Em 1953 inaugura a TV Record com o programa “Cirquinho do Arrelia”, que permaneceu no ar até 1974, fazendo números sempre com uma boa dose de improviso e enorme sucesso com as crianças, consolidando uma obra artística que estará sempre na memória do povo brasileiro. Crescendo com a graça e espontaneidade de um verdadeiro palhaço, ele fez graça, criou um estilo, fez história, contribuiu para o desenvolvimento e engrandecimento cultural das artes cênicas.
No ano de 1948 estréia em “Palhaço Atormentado”, filme que fez para o cinema (uma parodia do clássico “Barbeiro de Sevilha”), porém seu nome ficou associado pelo seu modo de cumprimentar as pessoas, pois dizia sempre estas frases com muito entusiasmo: “Como vai, como vai, como vai, vai, vai? Eu vou bem,, muito bem, muito bem, bem, bem.”

Aos 99 anos faleceu na Clínica Santa Bárbara, em Botafogo, Rio de Janeiro, vítima de pneumonia. Arrelia nos convida a seguir seu lema: “a alma do circo é o palhaço”, e deixa a seguinte mensagem a todos: “se não houver uma criança sorrindo o circo não padecerá”.

(Fonte: veja.abril.com.br – Edição 1 626 – DATAS – 1º/12/1999 – Pág; 174/175)
(Fonte: www.revistadocambuci.net – Publicado por Equipe da Revista)

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