Rubem Alves, educador era um dos intelectuais mais respeitados do Brasil

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Ele foi um dos maiores intelectuais do país e deixou textos em várias áreas.

Rubem Alves (Foto: Instituto Rubem Alves)

Rubem Alves (Foto: Instituto Rubem Alves)

Educador era um dos intelectuais mais respeitados do Brasil

Rubem Alves (Boa Esperança, Minas Gerais, 15 de setembro de 1933 – Campinas, 19 de julho de 2014), escritor e poeta, educador era um dos intelectuais mais respeitados do Brasil, Alves publicou diversos textos em jornais e revistas do país.

Sua obra literária aborda temas como filosofia, teologia e educação. Ele também já publicou livros da ficção infantojuvenis, como a “Pipa e A Flor” e “A Volta do Pássaro Encantado”.

Foi colunista da Folha de S.Paulo em três oportunidades: entre 1982 e 1985, escreveu para o caderno “Educação e Ciência”; entre 2002 e 2005, para “Sinapse”; e entre 2005 e 2011, para “Cotidiano”.

Educado em família protestante, estudou teologia no seminário Presbiteriano do Sul. Tornou-se pastor de uma comunidade presbiteriana no interior de Minas e casou com Lídia Nopper, com quem teve três filhos, Sérgio, Marcos e Raquel. O autor afirmava que descobriu que podia escrever para crianças ao inventar histórias para a filha.

Em 1963, viajou para Nova York para fazer uma pós-graduação. Retornou à paróquia em Lavras (MG), no período da ditadura militar, e foi listado entre pastores procurados pelos militares. Saiu com a família do Brasil e foi estudar em Princeton, também nos Estados Unidos, onde escreveu a tese de doutorado, que foi publicada em 1969 por uma editora católica com o título de ‘A Theology of Human Hope’ (Teologia da Esperança Humana).

Retornou ao Brasil em 1968 e demitiu-se da Igreja Presbiteriana. No ano seguinte foi indicado para uma vaga de professor de filosofia na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro (Fafi), atual Unesp, onde permaneceu até 1974.

No mesmo ano ingressou no Instituto de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde fez a maior parte da sua carreira acadêmica até se aposentar no início da década de 1990. Em 1984 iniciou o curso para formação em psicanálise e teve uma clínica até 2004.

 

Escritor e teólogo Rubem Alves (Foto: Instituto Rubem Alves)

Escritor e teólogo Rubem Alves (Foto: Instituto Rubem Alves)

 

Mineiro
Rubem Alves nasceu no dia 15 de setembro de 1933 em Boa Esperança, no Sul de Minas Gerais, mas morou boa parte de sua vida em Campinas.

Ele foi educado em família protestante e estudou teologia no seminário Presbiteriano do Sul. Virou pastor de uma comunidade presbiteriana no interior de Minas e casou com Lídia Nopper, com quem teve os filhos Sérgio, Marcos e Raquel.

O autor afirmava que descobriu que podia escrever para crianças ao inventar histórias após o nascimento da caçula.

 

Rubem Alves com apenas três meses de idade (Foto: Instituto Rubem Alves)

Rubem Alves com apenas três meses de idade
(Foto: Instituto Rubem Alves)

 

Em 1963, viajou para Nova York para fazer uma pós-graduação. Retornou à paróquia em Lavras (MG), no período da ditadura militar, e foi listado entre pastores procurados pelos militares.

“As listas de acusações eram absurdas, coisas do tipo que ele obrigava meus irmãos a escreverem em rótulos de Nescau blasfêmias contra Deus, sendo que meus irmãos nem eram alfabetizados naquela época”, conta a filha caçula dele, Raquel Alves, que deixou a arquitetura para manter viva a memória do pai no Instituto Rubem Alves, em Campinas.

Depois disso, saiu com a família do Brasil e foi estudar em Princeton, também nos Estados Unidos, onde escreveu a tese de doutorado, que foi publicada em 1969 por uma editora católica com o título de ‘A Theology of Human Hope’ (Teologia da Esperança Humana).

Retornou ao Brasil em 1968 e saiu da Igreja Presbiteriana. No ano seguinte foi indicado para uma vaga de professor de filosofia na atual Unesp, onde permaneceu até 1974. No mesmo ano, entrou no Instituto de Filosofia da Unicamp, onde fez uma longa sua carreira acadêmica até se aposentar na década de 1990. Em 1984 iniciou o curso para formação em psicanálise e teve uma clínica em Campinas até 2004.

 

Escritor
O escritor dizia que com a literatura e a poesia começou a realizar seu sonho fracassado de ser músico. Citava como referências Nietzsche, T. S. Eliot, Kierkegaard, Camus, Lutero, Agostinho, Angelus Silésius, Guimarães Rosa, Saramago, Tao Te Ching, o livro de Eclesiastes, Bachelard, Octávio Paz, Borges, Barthes, Michael Ende, Fernando Pessoa, Adélia Prado e Manoel de Barros.

Entre as obras infantis dele estão “A volta do pássaro encantado” e “A pipa e a flor”. Alves escreveu também sobre teologia, filosofia, educação, além de crônicas. É autor de “Tempus fugit”, “O quarto do mistério”, “A alegria de ensinar”, “Por uma educação romântica” e “Filosofia da ciência”, e diversos outros. Em 2009 ficou em 2º lugar do Prêmio Jabuti na categoria Contos e Crônicas, com o livro “Ostra Feliz Não Faz Pérola”.

Educador
Sobre a paixão pela educação, escreveu: “Educar não é ensinar matemática, física, química, geografia, português. Essas coisas podem ser aprendidas nos livros e nos computadores. Dispensam a presença do educador. Educar é outra coisa. […] A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. […] Quem vê bem nunca fica entediado com a vida. O educador aponta e sorri – e contempla os olhos do discípulo. Quando seus olhos sorriem, ele se sente feliz. Estão vendo a mesma coisa. Quando digo que minha paixão é a educação estou dizendo que desejo ter a alegria de ver os olhos dos meus discípulos, especialmente os olhos das crianças”.

Em entrevista à Globo News em agosto de 2012, Rubem Alves defendeu que a educação no Brasil deveria passar por mudanças. “Na educação a coisa mais deletéria na relação do professor com o aluno é dar a resposta. Ele tem que provocar a curiosidade e a pesquisa”, disse.

A prova do vestibular também foi alvo de críticas à época. “Se os reitores das universidades fizessem o vestibular, seriam reprovados, assim como os professores de cursinho. Então, por que os adolescentes têm que passar?”, indagou.

Morte e religião
Em um texto biográfico no site oficial, o educador escreveu trechos sobre a morte. “Eu achava que religião não era para garantir o céu, depois da morte, mas para tornar esse mundo melhor, enquanto estamos vivos.”

 

Intelectual 
Rubem Alves foi pedagogo, poeta, filósofo, cronista, contador de estórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, palestrante, autor de livros para crianças e psicanalista. Ele nasceu no dia 15 de setembro de 1933, em Boa Esperança, no sul de Minas Gerais e atualmente morava em Campinas.

Tido como uma das principais referências no pensamento sobre educação, a sua bibliografia conta com mais de 160 títulos distribuídos em 12 países. O pensador mantinha em Campinas um instituto que leva o seu nome e tem como missão promover a inserção social por meio da educação e oferecer assistência e apoio a educadores.

Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul, em Campinas, Mestre em Teologia e Doutor em Filosofia (Ph.D.) pelo Seminário Teológico de Princeton (EUA) e psicanalista. Lecionou no Instituto Presbiteriano Gammon, na cidade de Lavras, Minas Gerais, no Seminário Presbiteriano de Campinas, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro e na UNICAMP, onde recebeu o título de Professor Emérito. 

Após ter ensinado por muitos anos em universidades, abriu um restaurante, já que a culinária era uma de suas paixões e tema de alguns de seus textos. Vivia em Campinas, onde mantinha um grupo, chamado de Canoeiros, que se encontrava semanalmente para a leitura de poesias.

Na cidade do interior paulista se tornou cidadão honorário e recebeu a Medalha Carlos Gomes de contribuição à cultura.

Lista de obras de Rubem Alves:

Teologia

Da Esperança


Creio na Ressurreição do corpo


Variações sobre a vida e a morte


Poesia, Profecia e Magia


Pai Nosso


O Poeta, o Guerreiro e o Profeta

Filosofia da religião

O Enigma da Religião


O que é Religião?


Protestantismo e Repressão


Dogmatismo e Tolerância


O Suspiro dos Oprimidos


Perguntaram-me se acredito em Deus

Crônicas

Tempus Fugit


O Retorno e Terno


O Quarto do Mistério


Sobre o tempo e a eterna idade


As contas de vidro e o fio de nylon


Desfiz 75 Anos


Ostra feliz não faz pérola


Transparências da Eternidade

Biografia

Gandhi: A magia dos gestos poéticos

Filosofia da ciência e da educação

Conversas com quem gosta de ensinar


Histórias de quem gosta de ensinar


A alegria de ensinar


Por uma educação romântica


Entre a ciência e a sapiência


Filosofia da Ciência


Fomos maus alunos


A Pedagogia dos caracóis


A Escola com que Sempre Sonhei sem Imaginar que Pudesse Existir

Literatura infanto-juvenil

A árvore e a aranha


A história dos três porquinhos


A libélula e a tartaruga


A menina, a gaiola e a bicicleta


A menina e o pássaro encantado


A operação de Lili


A pipa e a flor


A volta do pássaro encantado


Como nasceu a alegria


Estórias de bichos


O patinho que não aprendeu a voar


Os morangos

Rubem Alves morreu em 19 de julho de 2014, aos 80 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, no Hospital Centro Médico de Campinas.

(Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/07 – Do G1 Campinas e Região – 16/07/2014)

(Fonte:  http://diversao.terra.com.br/gente-14eb8581dcf47410VgnVCM3000009af154d0RCRD – FAMOSOS – 19 de julho de 2014)

(Fonte:  http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/07 – CAMPINAS E REGIÃO – Do G1 Campinas e Região – 19/07/2014)

 

 

 

 

 

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