Ron Dennis, chefe de equipe por anos da McLaren e responsável por manter a equipe no topo ao longo de quase três décadas

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Ron Dennis, chefe de equipe por anos da McLaren e responsável por manter a equipe no topo ao longo de quase três décadas

Quando assumiu a McLaren, em 1981, o time havia perdido o bonde da história —colecionava posições intermediárias e, apesar de dois títulos de pilotos no currículo, não vencia uma corrida desde 1977.

Dennis havia começado nos anos 60 a trabalhar na F-1, como mecânico, e fundou sua própria equipe de F-2, a Project Four. Poderia ter levado o nome de sua escuderia e enterrado a McLaren —o fundador havia morrido em 1970 e seu sócio, Tyler Alexander, renunciaria ao posto de chefe de equipe conjunto e venderia suas ações em 1982. Manteve o nome do neozelandês em uma equipe que contava com não mais que um punhado de funcionários daquela época. Mas é de lá que vem o prefixo “MP4” dos modelos McLaren desde então.

Foi de Dennis a iniciativa de chamar John Barnard para o time, o engenheiro que se tornou artífice do retorno da McLaren às vitórias. E o resto é história.

Mais que uma equipe vencedora, Dennis montou um conglomerado de esporte e tecnologia que produz e exporta tecnologia em diversas áreas, de carros de rua à indústria farmacêutica.

Outras equipes também eram clientes. No início dos anos 2000, Dennis se orgulhava do fato de seu crachá não dar acesso a todas as salas da fábrica do time, em Woking, para não ferir os acordos de venda de componentes para seus concorrentes na pista. A McLaren também chegou a produzir as ECUs (centralinas que comandam processos eletrônicos no motor dos carros) padronizadas para todo o grid da categoria.

Quem descobriu a F-1 em 2013, porém, conhece outra McLaren —que viu as relações com a Mercedes se deteriorarem e está presa, hoje, a um motor Honda sofrível. Pensando no futuro, os sócios de Dennis (que possui 25% das ações do grupo; o restante está nas mãos de Mansour Ojjeh e de um fundo barenita) decidiram afastá-lo do comando da empresa, contra a sua vontade.

Dennis já não comandava a equipe em pista. Ele retém sua posição no conselho do grupo.

Ron Dennis se despede da F-1 pela porta dos fundos

O inglês Ron Dennis foi forçado a renunciar à sua posição de CEO do time após o GP do Brasil. Zak Brown assumiu parte das funções de Dennis na empresa, como diretor executivo.

 

Ron Dennis assiste aos treinos do GP do Bahrein de 2016 (Andrej Isakovic/AFP)

Ron Dennis assiste aos treinos do GP do Bahrein de 2016 (Andrej Isakovic/AFP)

É uma despedida pouco honrosa para a biografia que Dennis, 69, construiu na categoria.

(Fonte: http://grid.blogfolha.uol.com.br/2016/11/22 – GRID/ POR DANIEL MÉDICI – 22/11/2016)

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